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sexta-feira, 20 de novembro de 2009

alfabetização ,só no segundo ano?

Nas leituras, da entrevista com Magda Soares, por exemplo, pra mim que não tenho experiência com alfabetização e tenho ainda bastante receio quanto a trabalhar com essa etapa da escolarização, achei muito interessante quando ela coloca que os fonemas das vogais nem sempre são equivalentes, como a de avião e a de anta, anasalado pelo n. Como isso é importante ser levado em consideração quando realizarmos um projeto de alfabetização.
Acredito ser importante também, a questão que Magda levanta sobre o livro didático. Nossa realidade é que os livros didáticos em sua grande maioria não atendem as necessidades regionais da escolarização,são feitos para alunos do Rio de Janeiro ou São Paulo e na maioria das vezes não levam em consideração as diversidades existentes.Além do grau de dificuldades e até o tamanho dos textos ser muito complexo,fazendo com que o usemos muito pouco no propósito a que se destina.Começa pela escolha desses livros,passamos turnos escolhendo,mandamos três opções e recebemos uma edição completam,ente diferente das propostas!
Em minha escola, quando trouxe gibis ara os alunos eles na maioria nunca tinham visto um. Papel pra eles é para reciclar e vender...
Não sei se gostaria de alfabetizar porque ainda não tive essa experiência, talvez venha a gostar e dessa forma possa ser uma “boa alfabetizadora”. A verdade é que é preciso muuuuuita paciência,doação e amor.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Alfabetização e letramento

Ainda me assusta bastante a alfabetização, por isso recuso a oferta que já me foi feita algumas vezes aqui na escola. Justamente por refletir a cerca de qual método utilizar para tal aprendizagem.Encontrei no texto de Magda Soares uma explicação para esse meu receio,além de achar que não entendo bem ainda o processo e de que é uma grande responsabilidade como ela diz “a etapa da alfabetização é a mais desafiadora do ensino”.Passei a perceber que o mais importante não é como ensinar mas observar como a criança aprende, e cada um pode aprender em tempo diferente e por caminhos diferentes.A partir daí se utiliza método(s), sempre acompanhados de conhecimentos prévios que o professor (nós) precisa buscar,sobre as etapas e o como acontece o aprendizado da língua escrita.Percebo também que as crianças aprender a ler e escrever de forma sistemática,mecânica por assim dizer,e quando vão avançando as séries como não sabem compreender o que estão lendo, acabam não conseguindo construir novos conhecimentos,os quais dependem do que chamamos de interpretação.Lendo sobre consciência fonológica foi possível entender melhor o que acontece quando as crianças respondem as nossas solicitações de palavras e como se processa o raciocínio delas nesse sentido,a necessidade de levar-se a criança a perceber que palavras são sons que emitimos e depois ir “desmembrando” esses sons.E depois ainda partir para a consciência fonêmica que realmente,é muito mais difícil para as crianças,mas que se percebe nitidamente o alcance dessas etapas no decorrer do trabalho.
Assim considero que meu plano de aula,embora simples,esteja de acordo com as leituras realizadas, com a teoria sugerida.Mesmo não sendo feito para uma classe de alfabetização, eu pude contextualizar as experiências de meus alunos, trazer isso para a sala de aula e transformar em assunto de interesse incentivando a leitura, produção de texto, crítica reflexiva, e ainda trabalhar com algumas palavras, seus significados sua escrita correta.Procurei usar de criatividade e de recursos que estão disponíveis aos alunos.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Falar e escrever:o que é certo e o que é errado???

Lendo o texto lembrei-me de uma saída que fiz com os alunos de quarta série ao Planetário. Na avenida Ipiranga,comentei com os alunos a questão da pichação,num prédio colocado em estado lastimável,porque faziam isso,se não tinha mensagem nenhuma,afinal não dava para entender o que queria dizer.os alunos me revelaram significado,que havia sido feito naquele lugar para chamar a atenção e que essa era a mensagem.Então tornei a questionar mensagem pra quem se a maioria das pessoas não entendia,como eu e de forma tão feia.A resposta foi convicta:”feia para quem não entende,para os pichadores quanto mais difícil o lugar mais moral entre eles,essa é a mensagem principal,a gente existe e vence os obstáculos para dizer isso”.Não preciso dizer que fiquei surpresa e mais uma vez aprendi com meus alunos.
“Texto e discurso (e in¬cluiríamos também oralidade) passam a ser vistos como artefatos produtivos, construtivos de formações sociais, comunidades e identidades sociais dos sujeitos. Nesse sentido, a própria construção do conceito de sujeito é cultural e toda prática social tem seu caráter discursivo”. (Luke, 1996).
A questão de linguagem ou da forma de comunicar-se está sim ligada ao contexto sócio cultural que a pessoas se encontra.Se é certo ou errado,depende de quem avalia.Encontro sempre dificuldades em construir combinações entre verbos,pessoas e mais ainda quando envolvem os tempos verbais.Conversando com as famílias dos alunos pude perceber o quê.Eles falam “errado”,consequentemente os filhos aprendem e falam também.E prá que falar certo?Suas vidas começam e terminam dentro da Vila,e lá todos se entendem falando daquele jeito.Nós mesmos,gaúchos,na grande maioria ao conversarmos omitimos o plural de várias palavras “que frio no meus pé”.Enquanto no Rio de Janeiro por exemplo,usa-se o plural corretamente mas muitas pessoas trocam o l pelo r,”pranta,Framengo” e por aí vai.A diversidade linguística de nosso país é tão grande que é preciso aprender novas palavras e/ou expressões ao sairmos de noso estado.
“Sob o nosso ponto de vista, a escola enfrenta o desafio de incorporar ao currículo essas demandas sociais e culturais e de articular mei¬os para responder a elas. É a era das interlocuções mais amplas.”
E além disso vivemos à época do “internetês” onde troca-se qu por k,x por ch,tudo prá acompanhar a velocidade da vida moderna,pois agora além do tempo não parar,ele também voa.Todos tem muita urg~enia em tudo,até para se comunicar.
Assim vejo que existem muitas diferenças entre o que os alunos falam e aquilo que escrevem,mais ainda com aquilo que leem.E talvez essa diferença é que ause a distância tão grande entre os alunos e as disciplinas,resulktando em desinteresse e cada vez menos produções construtivas.
“A ideia do significado e da provisoriedade dos conhecimentos selecionados e de projetos didáticos diferenciados/articulados/contextualizados para cada aluno e para o coletivo da sala de aula, entre outros aspectos evidentemente, parece uma estratégia pedagógica adequada para fomentar políticas educacionais de inclusão.”

Fonte: A leitura, a escrita e a oralidade como artefatos culturais (DALLA ZEN; TRINDADE, 2002).