quinta-feira, 23 de abril de 2009

Garantido tanto pela LDBE – 96 como pela Resolução CNE/CEB – 2001 o serviço especializado é existente na escola,através da Sala de Recursos,mesmo os alunos com NE freqüentando a aula comum.Tem-se consciência da garantia em Lei de se poder fazer um currículo que contemple inclusive avaliações específicas para esses alunos,com métodos e técnicas de ensino apropriadas,porém, efetivamente não acontece.Os alunos freqüentando a classe comum são atendidos como os demais alunos e também assim avaliados.Esse ano percebo um grande avanço nesse sentido,no meu ponto de vista isso aconteceu porque a professora da SIR estava envolvida com o projeto “Mais educação” no ano passado,assim que chegou à escola.Esse ano tendo mais tempo e disponibilidade tem-se dedicado ao auxílio das professoras das séries iniciais no sentido de construir esses mecanismos de apoio aos alunos com NE,já que na escola por exemplo, temos uma turma com 19 alunos onde 12 foram diagnosticados (mesmo sem laudo médico) como especiais,já não estando distribuídos nas turmas e sim aglomerados na mesma sala .Também o caso de um aluno que coloquei no Dossiê,com 16 anos na quarta série e após várias repetências,esse ano foi encaminhado ao COPA,serviço de atendimento especializado aos portadores de NE.Esse é um dos órgãos que oferece educação especial para o trabalho, visando a sua efetiva integração na vida em sociedade, inclusive condições adequadas para os que não revelarem capacidade de inserção no trabalho competitivo, mediante articulação com os órgãos oficiais afins, bem como para aqueles que apresentam uma habilidade superior nas áreas artística,intelectual ou psicomotora;assim como o CAZON.
Em conversa cotidiana com os colegas,posso concluir que não se sentem capacitados para a integração desses educandos nas classes comuns,pelo contrário,sofrem a angústia de não saber o que fazer ou como agir,mas também não procuram fazer uso dos direitos assegurados na Leis.
A matrícula é garantida aos alunos com NE e isso realmente acontece na escola,até porque as vagas são via SEC,assim já chegam com a freqüência garantida.Realmente fica a critério da escola organizar-se para atender esses alunos,o que não acontece naturalmente.Essa organização tem sido lenta,posso dizer isso porque estou nessa escola há quinze anos e só agora vejo alguma atitude em prol dos alunos com NE,mas principalmente de tanto os professores pedirem auxílio e reclamarem.
Tem-se na escola também uma Sala de Altas Habilidades,que desenvolve um trabalho maravilhoso,porém não era muito bem aceita até então porque os professores consideram mais necessário o atendimento aos alunos com dificuldades de aprendizagem,que é em número muito maior,como já foi citado chegando às vezes a ser a maioria da turma.Então mesmo correndo riscos a SAH é utilizada para auxiliar nos desvios de comportamento também ,o que na escola acontece em grande proporção,principalmente na questão da violência.
Não se vê o apoio dos órgãos estaduais,nem municipais de saúde que deveriam por Lei estar dando assistência.Nos órgãos relacionados à saúde é muito difícil conseguir atendimento,nos postos de saúde,nos hospitais públicos os pais reclamam da demora e da espera por uma simples ficha muitas vezes de triagem.
A escola não tem alunos com deficiência mental ou com graves deficiências múltiplas,nem com necessidades especiais físicas.Não sei se por não haver no entorno ou por ignorância dos pais em seus direitos à escola.Mas a escola possui rampas de acesso nas passarelas,na entrada e nos banheiros e alguns desses são adaptados.

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