quinta-feira, 28 de maio de 2009

estadios de desenvolvimento segundo Piaget

Estádios do desenvolvimento segundo Piaget
Estádio sensório motor – 0 a 2 anos
Representa a conquista,através da percepção e dos movimentos, de todo o universo prático que cerca a criança.
Tem três estágios:O dos reflexos, o da organização das percepções e hábitos e o da inteligência sensoro motor propriamente dita.
• Construção de esquemas para assimilar o meio;
• Inteligência prática até o aparecimento da linguagem;
• Noções de tempo e espaço construídas pela ação;
• Contato com o meio direto e imediato;
• O sujeito não se conhece nem como fonte de suas ações;
• Começa a se conhecer como fonte de suas ações ou mesmo senhor de seus movimentos,fazendo uma reação circular onde o exercício em lugar de se repetir, incorpora novos elementos, constituindo com eles totalidades organizadas mais amplas, por diferenciações progressivas.Basta que os movimentos atinjam a um resultado interessante para que o sujeito reproduza logo esses movimentos.
• Tendências instintivas;
• Acontecem processos como construções de categorias o objeto e do espaço, da causalidade e do tempo,como ação pura e não como noções de pensamento.
Estádio pré-operatório - 2 a 7 anos
Desdobra-se em dois períodos:simbólico e intuitivo , suplementando a lógica pelo mecanismo da intuição.A característica das intuições primárias é a rigidez e a irreversibilidade.Acontecem novidades afetivas como o desenvolvimento dos sentimentos interindividuais,aparição dos sentimentos morais intuitivos e as regularizações de interesses e valores.
• Período simbólico, a função simbólica se manifesta sob formas distintas – imitação deferida,desenho,imagem mental,jogo simbólico,sonhos e devaneios;
• Pensamento egocêntrico,não é capaz de lidar com idéias diferentes das suas em relação a um determinado tema, permanece inconscientemente centralizado em si mesmo;
• Aparecimento da linguagem através da capacidade de pensar;
• Começa a representação da realidade;
• A socialização das ações,aparição do pensamento propriamente dito,tendo como base a linguagem interior e o sistema de signos;
• A criança não fala só as outras,fala-se a si própria em monólogos variados;
• Não aceita a idéia do acaso,fase dos “porquês”;
• Se deixa levar por aparências,sem relacionar fatos.
Estádio operatório concreto – 7 a 12 anos
Aqui as discussões tornam-se possíveis,porque comportam compreensão a respeito dos pontos de vista do adversário e procura de justificações ou provas para a afirmação própria.Ao coordenar as articulações e retroações chegam a uma reversibilidade suscetível de trazer retrospectivamente o curso do tempo e garantir a conservação dos pontos de partida.É a passagem da intuição a lógica.
• Conversão do egocentrismo primitivo, tornando-se capaz de novas coordenações, que serão da maior importância,tanto para a inteligência quanto para a afetividade.
• Para a inteligência trata-se do início da construção lógica;conquistas do pensamento de tempo,da causalidade,de conservação e esquemas gerais do pensamento;
• Explicações por identificação;
Estádio operatório formal – a partir de 11 a 12 anos
O sujeito terá à disposição instrumentos oriundos do plano das possibilidades, os quais permitem estabelecer relações entre teorias, produzindo nelas transformações. As construções operatório-formais oferecem “uma teoria das relações entre si. A inteligência operatório-formal, ao contrário, cria um mundo de possibilidades de cujo conjunto o real é apenas um setor limitado. O operatório-formal permite trabalhar com o pensamento hipotético-dedutivo e estabelecer relações entre diferentes teorias.
• As operações lógicas começam a ser transpostas do plano de manipulação concreta para o das idéias,expressas em linguagem qualquer mas sem o apoio da percepção,da experiência,nem mesmo da crença;
• Livre atividade da reflexão espontânea;
• Abstração;
• Idade metafísica:o eu é forte bastante para reconstruir o Universo e suficientemente grande para incorporá-lo;
• O adolescente graças a usa personalidade em formação,coloca-se em igualdade com seus mais velhos,mas sentindo-se outro,diferente deles,pela vida nova que o agita,quer transformar o mundo;
• O conhecimento ultrapassa o próprio real para inserir-se no possível e para relacionar diretamente o possível ao necessário sem a mediação indispensável do concreto.

Referências bibliográficas
• Piaget,Jean. Seis estudos de psicologia. Rio de Janeiro: Forense, 1986.
• ___________.A epistemologia genética.Rio de Janeiro:Vozes,1973.
• Elkind,David. Desenvolvimento e educação da criança.Rio de Janeiro:Zahar,1978.

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