Quem vive a realidade cotidiana da escola pública sabe como bem se aplica esse “capítulo” do texto. Todos os dias são reclamações de colegas e de alunos, que uns não atendem aos anseios dos outros.Continuamos insistindo num currículo inflexível e dissociado entre as disciplinas, com conteúdos para os alunos na maioria sem a menos relevância e utilidade.Impomos a forma correta de falar e de escrever e continuamos ainda repetindo a forma como estudávamos como se a sociedade não tivesse se transformado e como se os alunos estejam sendo criados pelo mesmo tipo de família e no mesmo contexto histórico que nós.
A escola realmente tem sido um grande campo de batalha, os professores cada vez mais desgastados e cansados, os alunos mais e mais descomprometidos. Eles não tem voz nem vez, aquilo que são e representam em sua comunidade, o que sua família é ou faz, para a escola e seus “mestres” não é suficiente, não é digno e não tem valor.Precisam “estudar para ser alguém na vida”,então são ninguém?
Nós professores não vamos ao desespero, pois que conhecemos muitos que já estão quando dizem que desistem, não vão mais insistir, não tem jeito mesmo.E mesmo percebendo que não está funcionando dessa forma, continuam repetindo monotonamente as mesmas estratégias repressivas e inferiorizastes em relação a cultura dos alunos.Preparando os alunos para o mercado de trabalho, para a vida “lá fora”, num doutrinamento considerado ideal e garantia de sucesso, assim vamos repetindo aos resmungos os mesmos currículos, ideologias e práticas que não queremos para nós mesmos, pois são consideradas opressoras.
Me vem uma frase muito adequada a essa reflexão: “Penso,logo existo”.Pois é preciso orientar nossos alunos a pensar, refletir, saber analisar criticamente o que é possível realizar em termos de melhorias , tanto na vida própria quanto como participante de uma comunidade que pode e sabe dizer o que pensa, por isso existe,deve ser ouvida e respeitada.
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
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