O autismo realmente é um assunto do qual não tinha nenhum conhecimento.O pouco que sabia era através do filme,em que o menino decifra códigos e mesmo tendo visto o assassinato dos pais,não consegue colaborar pois não se comunica com as outras pessoas.Uma característica marcante do menino do filme e que é citada nos textos lidos,assim como o hábito de girar objetos.Conforme o texto,vejo que são características de um pequeno número de autistas,essas capacidades especiais.
Para Kanner o autismo é uma síndrome que começa bem cedo no sujeito, com a interrupção das relações ,tornando-o por isso tão grave.
Não encontrou relação com o mental ,nem neurológico nem genético mas também não faz associação entre a qualidade do relacionamento familiar com o desenvolvimento do autismo.Estudos mais recentes apresentam o autismo também aparecendo após os três anos de idade.
As discussões em torno do termo,sua concepção,sua classificação dentro da medicina são grandes,mas suas características permeiam todas essas noções.Os autistas apresentam comprometimentos no desenvolvimento,e disso não se pode separar a questão afetiva.Ao estabelecer relações com o mundo e perceber-se nele,primeiro estádio de desenvolvimento cognitivo,acontece uma ruptura que ocasiona alterações nas suas relações interpessoais,dificuldades de comunicação e um comportamento típico com atitudes repetitivas e interesses muito particulares.
Tenho procurado conversar com as colegas sobre as leituras que fazemos nessa interdisciplina,porque acho que através do cotidiano posso compreender melhor o que estou absorvendo.Assim foi que uma colega de inglês relatou ter em aula um aluno autista.pelo relato dela pude constatar alguns sintomas da síndrome,por exemplo,o aluno tem dificuldades de comunicar-se,quando a professora faz a chamada e chama seu nome ele apenas levanta a mão mas nem sequer a cabeça.A professora sempre o procura com o olhar antes de chamar seu nome,porque já sabe que ele não vai responder.O normal numa turma de sétima série é que troquem de lugar a cada aula,porém esse aluno não o faz,sentando sempre no mesmo lugar.Surpreendeu-se muito a professora,agora após três meses de aula, quando ao fazer a chamada buscou com o olhar,não o viu no de sempre e ouviu o aluno repetir seu próprio nome porém sentado em outro lugar. Ela acredita que de tanto ver os colegas fazerem isso o aluno também se encorajou e fez.
Em outra ocasião,a professora chamou-o para ver seu exercício e lhe explicou que deveria colocar o verbo “to be” para completar uma frase e nas demais,colocar o equivalente em outras formas.O aluno colocou na primeira frase e a professora elogiou.Então ele ao sentar-se para continuar a tarefa escreveu em todas os outros exercícios “to be,to be,to be”,repetindo várias vezes uma resposta que acredito lhe pareça seguramente estar correta.
O autismo é muito individual e para cada criança pode apresentar variável no seu desencadeamento,não havendo uma causa específica para essa síndrome.Acho que na sala de aula o mais preocupante em relação ao autismo é a dificuldade de relacionar-se com as outras pessoas,que gera uma grande dificuldade de o aluno não ser excluído.Essa mesma colega me contou também que os colegas ficavam fazendo zombarias com o menino autista,dizendo que ele era assim porque estaria “doidão”, “fuma muita maconha sora!”.Então ela resolveu ter uma conversa com a turma pois já sabia do assunto e ficaram todos muito constrangidos com o comportamento que estavam tendo.Alguns até foram buscar na internet informações sobre
Autismo para compreender melhor.Realmente não basta a professora estar disposta a trabalhar com a inclusão,nem as leis garantirem acesso e permanência dos alunos ,mas escola,pais,enfim toda comunidade escolar precisa estar aberta,num pensamento solidário para com aqueles que tem necessidades especiais. Acredito que essas atitudes só se desenvolvam a partir de melhores informações.
terça-feira, 9 de junho de 2009
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