Bom essa semana resolvi escrever sobre esse que tornou-se um grande aliado nas minhas aulas:o livro didático.
Bem, porquê esse tema...Até pouco tempo atrás eu praticamente não entendia o livro didático.Via como um desperdício de dinheiro público, já que não trazia muitas atividades que pudesse aproveitar.Na verdade, há alguns pontos a serem considerados que reverteram minha opinião.Eu é que estava acostumada ou acomodada aos "velhos" livros, com aquela imensidão de atividades clássicas que utilizamos por muitos anos.Não compreendia a lógica que está inserida nos atuais livros, que seguem propostas diversas e que precisamos escolhê-los de forma criteriosa e de acordo com os objetivos que queremos alcançar.Tenho algumas ressalvas ainda,quando fazemos três opções de livros e o governo manda uma alternativa totalmente diferente.E aí acontece como os de ciências por exemplo,que tem uma linguagem muito além da que meus alunos utilizam nessa etapa e assim levamos mais tempo descobrindo o significado delas, e "traduzindo" o texto.Porém os livros de português e matemática tem sido de grande apoio na cosntrução dos conhecimentos porque estão muito inter-relacionados,parecem até ser do mesmo autor,mas não são.A diretriz, a proposta que apresenta proporciona tarefas que induzem a interpretações diversas,compreesnão,coesão,produção,crítica reflexiva,trabalhos com localização,construção de valores,medidas,quantidades,enfim...No entanto, para poder utilizá-los de forma mais proveitosa,busquei pelos objetivos apresentados no "livro do professor" e também pela parte do procedimento, onde os autores indicam o que estavam pretendendo ao elaborar determinado texto ou atividade e ali posso perceber se faz sentido e se tem proveito no trabalho que vou realizar.Ou seja, entrou em ação o meu "professor pesquisador",passei a estudar os livros.
Por fim, os livros didáticos que estou utilizando têm realmente sido um apoio,um recurso a mais na aprendizagem e de forma mais criativa e interativa.O que acontece é que não está tudo ali, pronto,para os alunos lerem e resolverem sozinhos,ou simplesmente copiarem.Exige auxílio,instrução, orientação constante do professor.Dá mais trabalho que antes e talvez por isso alguns ainda tenham resistência:medo do novo ou medo do esforço...
quarta-feira, 26 de maio de 2010
quarta-feira, 19 de maio de 2010
Professor investigador
Essa semana pensei mais sobre as minhas atitudes e diretivas do que propriamente sobre os alunos...Dei-me conta de que a cada dúvida que tenho em relação ao desenvolvimento dos alunos , se não imediatamente mas anotando para depois, faço uma pesquisa prá me embasar melhor.Em outras palavras, procuro através de pesquisas entender o processo de aprendizagem, de que forma está acontecendo e de acordo com o estágio que meus alunos deveriam encontrar-se, se está tudo correndo normalmente ou se precisam de ajuda,se preciso empregar outro método.Por exemplo, percebi a dificuldade deles em entender a passagem dos dias, fazendo confusão entre dias da semana e dias do mês, em utilizar as convenções para as medidas de tempo.Fui pesquisar no livro que tenho me apoiado bastante que é o Estudos Sociais,de Aracy Antunes e fiquei mais tranquila ao ler que é perfeitamente normal nesse estágio os alunos terem essa dificuldade e que a construção das noções de tempo e a quantificação de tempo acontecem gradualmente durante todas as séries iniciais,durante o processo de desenvolvimento no período operatório concreto.
Mas essas ansiedades eu fui acalmando com pesquisa, observação, investigação e muita reflexão.Tudo que ouvia no decorrer dos eixos de nosso curso sobre o propósito de nos tornarmos mais e mais investigativos está se concretizando agora.Segundo Hernandez,"alguém aprende quando está em condições de transferir a uma nova situação de formação (por exemplo, a prática docente) o que conheceu em uma situação de formação, seja de maneira institucionalizada, nas trocas com os colegas, em situações não formais e em experiências da vida diária". E como é importante o professor envolver-se,tratar do que está ensinando não só como conteúdo a ser transmitido mas como conhecimento a ser construído.Porque o conteúdo pode ser esquecido no momento seguinte, mas o conhecimento construído é prá vida toda.E os dois caminham juntos se soubermos trabalhar, buscar estratégias e metodologias que proporcionem essa analogia.E é nesse ponto que vejo como aprendemos com o aluno, quando buscamos entender o que e como acontece a aprendizagem, cada vez que pesquisamos, buscamos, estudamos ,cada vez estamos aprendendo pois esse questionamento sanado transforma-se em experiência enriquecedora que poderemos sempre utilizar e compartilhar.Em tempos de internet, google e tal, o professores precisam dar-se conta de que não são detentores de conhecimentos e que precisam estar sempre se atualizando, pesquisando, aprendendo. E mais, estar buscando atrativos e novidades para exercer a prática docente de forma renovada e aperfeiçoada.
Mas essas ansiedades eu fui acalmando com pesquisa, observação, investigação e muita reflexão.Tudo que ouvia no decorrer dos eixos de nosso curso sobre o propósito de nos tornarmos mais e mais investigativos está se concretizando agora.Segundo Hernandez,"alguém aprende quando está em condições de transferir a uma nova situação de formação (por exemplo, a prática docente) o que conheceu em uma situação de formação, seja de maneira institucionalizada, nas trocas com os colegas, em situações não formais e em experiências da vida diária". E como é importante o professor envolver-se,tratar do que está ensinando não só como conteúdo a ser transmitido mas como conhecimento a ser construído.Porque o conteúdo pode ser esquecido no momento seguinte, mas o conhecimento construído é prá vida toda.E os dois caminham juntos se soubermos trabalhar, buscar estratégias e metodologias que proporcionem essa analogia.E é nesse ponto que vejo como aprendemos com o aluno, quando buscamos entender o que e como acontece a aprendizagem, cada vez que pesquisamos, buscamos, estudamos ,cada vez estamos aprendendo pois esse questionamento sanado transforma-se em experiência enriquecedora que poderemos sempre utilizar e compartilhar.Em tempos de internet, google e tal, o professores precisam dar-se conta de que não são detentores de conhecimentos e que precisam estar sempre se atualizando, pesquisando, aprendendo. E mais, estar buscando atrativos e novidades para exercer a prática docente de forma renovada e aperfeiçoada.
sexta-feira, 30 de abril de 2010
Aprendendo mais um pouco...
Essa semana foi bem cansativa, no sentido de manter a perseverança.Cada vez mais percebo que essa é a palavra de ordem para ser um bom professor, mas como é difícil mantê-la. Digo isso porque quando começa-se um projeto é preciso levá-lo ao máximo de possibilidades e muitas vezes a tendência é desistir ou trocar de foco quando as dificuldades surgem.E aqui não venho falar só das dificuldades de aprendizagem que encontrei nos alunos, mas das que se apresentam para executar o planejamento, as adversidades e imprevistos diários e cotidianos de uma escola pública.Mas a barreira maior está sendo mesmo desenvolver a capacidade de pensar.Como assim, todos pensam não é?Lógico, mas pensam por si, tem idéias próprias, tem senso crítico, distinguem o que querem e sonham do que têm de fazer? A escola reproduz o sistema quando proporciona aos alunos cópias, respostas prontas nos textos, um saber pronto, elaborado, fácil de encontrar e de reproduzir.
É como diz Rubem Alves “Ler só para saber o que o autor do livro está dizendo produz erudição: o texto no livro é transferido para dentro da cabeça.isso aumenta os arquivos da memória, mas não desenvolve a inteligência.Há muitos idiotas que têm memória perfeita.Muitos eruditos são capazes de discorrer sobre tudo, mas são incapazes de pensar pensamentos próprios.”
Assim posso reforçar, o que mais me desgastou essa semana e que por vezes me levou a exercitar minha paciência,foi essa imensa barreira que os alunos têm, alunos inteligentes,capazes e criativos mas que não apresentam suas idéias, não expõem suas opiniões e tem um entrave para interpretar.Mas nada que não possa ser revertido, já que se trata de capacidades e essas podemos desenvolver com planejamento e objetivos adequados.
Fui em busca de fundamentos teóricos, pesquisas para relembrar as etapas por que passa a criança no que diz respeito a noções de espaço e tempo.ocorreu que os meus alunos não tem noções de lateralidade, nem de tempo (horas,dias,meses), e me surpreendi com isso.Então fui pesquisar para entender melhor a questão e tentar auxiliá-los nesse sentido, até porque um dos pontos do projeto envolve localizar-se no tempo e no espaço, perceber-se para depois perceber os com quem convivem e as diferenças que existem entre todos nós.Segundo Aracy Rego “saber ler o mundo social e desvendar a sua lógica; conhecer as regras e as leis que regem a organização e estruturação do espaço, desde o espaço cotidiano da criança até o espaço-nação – isso tudo significa educar-se e educar a criança para saber pensar o espaço, para saber nele se organizar, para saber nele combater”.Nesse sentido a dinâmica realizada foi muito útil e estou pesquisando outras que envolvam localização e utilização de relações espaciais para também desenvolver a lateralidade, embora acredite que poderia ter sido trabalhado em etapas anteriores dos alunos.
É como diz Rubem Alves “Ler só para saber o que o autor do livro está dizendo produz erudição: o texto no livro é transferido para dentro da cabeça.isso aumenta os arquivos da memória, mas não desenvolve a inteligência.Há muitos idiotas que têm memória perfeita.Muitos eruditos são capazes de discorrer sobre tudo, mas são incapazes de pensar pensamentos próprios.”
Assim posso reforçar, o que mais me desgastou essa semana e que por vezes me levou a exercitar minha paciência,foi essa imensa barreira que os alunos têm, alunos inteligentes,capazes e criativos mas que não apresentam suas idéias, não expõem suas opiniões e tem um entrave para interpretar.Mas nada que não possa ser revertido, já que se trata de capacidades e essas podemos desenvolver com planejamento e objetivos adequados.
Fui em busca de fundamentos teóricos, pesquisas para relembrar as etapas por que passa a criança no que diz respeito a noções de espaço e tempo.ocorreu que os meus alunos não tem noções de lateralidade, nem de tempo (horas,dias,meses), e me surpreendi com isso.Então fui pesquisar para entender melhor a questão e tentar auxiliá-los nesse sentido, até porque um dos pontos do projeto envolve localizar-se no tempo e no espaço, perceber-se para depois perceber os com quem convivem e as diferenças que existem entre todos nós.Segundo Aracy Rego “saber ler o mundo social e desvendar a sua lógica; conhecer as regras e as leis que regem a organização e estruturação do espaço, desde o espaço cotidiano da criança até o espaço-nação – isso tudo significa educar-se e educar a criança para saber pensar o espaço, para saber nele se organizar, para saber nele combater”.Nesse sentido a dinâmica realizada foi muito útil e estou pesquisando outras que envolvam localização e utilização de relações espaciais para também desenvolver a lateralidade, embora acredite que poderia ter sido trabalhado em etapas anteriores dos alunos.
quinta-feira, 29 de abril de 2010
Motivação!
Trabalhamos muito a questão da individualidade de características essa semana.Quando falamos de diferenças foi nítida a concepção de que elas são representadas fisicamente, valorizando o exterior.No entanto quando surgiu a questão da “cor da pele” foi muito difícil citarem os indígenas, e por vezes falaram “os brasileiros”, como se os indígenas fossem estrangeiros ou até seres imaginários, algo assim.Surgiu o questionamento porquê as peles são diferentes e foi uma ótima oportunidade para falarmos de melanina e do surgimento da humanidade possivelmente ter começado na África, que tornou possível a ligação entre os diferentes lugares do planeta terra e as necessidades que foram moldando as culturas e muitas de suas características.
Fiquei muita satisfeita com a curiosidade pelos costumes indígenas, todos queriam ver as gravuras e fotos que trouxe e demonstraram muito interesse pelo filme sobre o Marechal Rondon e suas atitudes intrépidas.Logo o caracterizaram como homem heróico por sua história de vida.
Sinto a confiança dos alunos de forma crescente e cada vez mais afetivos e seguros na minha presença e isso tem sido muito bom.Consegui que me contassem sobre suas vidas o suficiente para que eu compreendesse certas atitudes e formas de pensar.Conseguimos estabelecer conceitos importantes a respeito de diversidade, etnia e cultura.Quanto aos conteúdos, estão sendo alcançados os objetivos gradualmente.Alguns alunos ainda apresentam bastante dificuldade e eu ainda busco apoio.Conseguimos que um aluno fosse encaminhado para oftalmologista pois apresenta sinais de estrabismo, devido aos quais desconfiei que estaria copiando coisas trocadas e também escrevendo respostas equivocadas.
Fiquei bastante emocionada com um aluno que não tinha documento nenhum pois a casa dele recentemente incendiou-se e quando conseguimos uma cópia da certidão de nascimento que estava na secretaria ele ficou muito feliz.
A questão da sala de informática tem sido ainda uma dificuldade para usar mas insistindo consegui.Os alunos estão cada vez mais encantados com o uso do computador e já apresentam progressos significativos, pois alguns também utilizam em turno inverso no projeto “Mais Educação”.
Concluindo, foi uma semana muito produtiva e cada vez mais me entusiasmo.Me vejo mais dedicada a docência, preocupada com a questão da interdisciplinaridade como facilitadora da aprendizagem e também na busca de novidades que tornem o processo mais atraente e
Motivador.As idéias afloram naturalmente e é muito bom lembrar também das atividades que realizamos em semestres anteriores e que agora estão sendo de grande valia.
Fiquei muita satisfeita com a curiosidade pelos costumes indígenas, todos queriam ver as gravuras e fotos que trouxe e demonstraram muito interesse pelo filme sobre o Marechal Rondon e suas atitudes intrépidas.Logo o caracterizaram como homem heróico por sua história de vida.
Sinto a confiança dos alunos de forma crescente e cada vez mais afetivos e seguros na minha presença e isso tem sido muito bom.Consegui que me contassem sobre suas vidas o suficiente para que eu compreendesse certas atitudes e formas de pensar.Conseguimos estabelecer conceitos importantes a respeito de diversidade, etnia e cultura.Quanto aos conteúdos, estão sendo alcançados os objetivos gradualmente.Alguns alunos ainda apresentam bastante dificuldade e eu ainda busco apoio.Conseguimos que um aluno fosse encaminhado para oftalmologista pois apresenta sinais de estrabismo, devido aos quais desconfiei que estaria copiando coisas trocadas e também escrevendo respostas equivocadas.
Fiquei bastante emocionada com um aluno que não tinha documento nenhum pois a casa dele recentemente incendiou-se e quando conseguimos uma cópia da certidão de nascimento que estava na secretaria ele ficou muito feliz.
A questão da sala de informática tem sido ainda uma dificuldade para usar mas insistindo consegui.Os alunos estão cada vez mais encantados com o uso do computador e já apresentam progressos significativos, pois alguns também utilizam em turno inverso no projeto “Mais Educação”.
Concluindo, foi uma semana muito produtiva e cada vez mais me entusiasmo.Me vejo mais dedicada a docência, preocupada com a questão da interdisciplinaridade como facilitadora da aprendizagem e também na busca de novidades que tornem o processo mais atraente e
Motivador.As idéias afloram naturalmente e é muito bom lembrar também das atividades que realizamos em semestres anteriores e que agora estão sendo de grande valia.
Ainda a segunda semana...
Sinto a confiança dos alunos de forma crescente e cada vez mais afetivos e seguros na minha presença e isso tem sido muito bom.Consegui que me contassem sobre suas vidas o suficiente para que eu compreendesse certas atitudes e formas de pensar.Conseguimos estabelecer conceitos importantes a respeito de diversidade, etnia e cultura.Quanto aos conteúdos, estão sendo alcançados os objetivos gradualmente.Alguns alunos ainda apresentam bastante dificuldade e eu ainda busco apoio.Conseguimos que um aluno fosse encaminhado para oftalmologista pois apresenta sinais de estrabismo, devido aos quais desconfiei que estaria copiando coisas trocadas e também escrevendo respostas equivocadas.
Fiquei bastante emocionada com um aluno que não tinha documento nenhum pois a casa dele recentemente incendiou-se e quando conseguimos uma cópia da certidão de nascimento que estava na secretaria ele ficou muito feliz.
A questão da sala de informática tem sido ainda uma dificuldade para usar mas insistindo consegui.Os alunos estão cada vez mais encantados com o uso do computador e já apresentam progressos significativos, pois alguns tem utilizado em turno inverso no projeto “Mais Educação”.
Concluindo, foi uma semana muito produtiva e cada vez mais me entusiasmo.Me vejo mais dedicada a docência, preocupada com a questão da interdisciplinaridade como facilitadora da aprendizagem e também na busca de novidades que tornem o processo mais atraente e
Motivador.As idéias afloram naturalmente e é muito bom lembrar também das atividades que realizamos em semestres anteriores e que agora estão sendo de grande valia.
Fiquei bastante emocionada com um aluno que não tinha documento nenhum pois a casa dele recentemente incendiou-se e quando conseguimos uma cópia da certidão de nascimento que estava na secretaria ele ficou muito feliz.
A questão da sala de informática tem sido ainda uma dificuldade para usar mas insistindo consegui.Os alunos estão cada vez mais encantados com o uso do computador e já apresentam progressos significativos, pois alguns tem utilizado em turno inverso no projeto “Mais Educação”.
Concluindo, foi uma semana muito produtiva e cada vez mais me entusiasmo.Me vejo mais dedicada a docência, preocupada com a questão da interdisciplinaridade como facilitadora da aprendizagem e também na busca de novidades que tornem o processo mais atraente e
Motivador.As idéias afloram naturalmente e é muito bom lembrar também das atividades que realizamos em semestres anteriores e que agora estão sendo de grande valia.
terça-feira, 20 de abril de 2010
Pensando na segunda semana...
A programação feita para a primeira semana foi cumprida quase que na íntegra.na segunda feira quando fomos à sala de informática, todos literalmente adoraram.Muitos já sabiam usar o computador e demonstraram satisfação em ensinar aos colegas.Foi bem gratificante.
Na quarta feira não conseguimos assistir o vídeo sobre os movimentos da Terra porque houveram mudanças nas salas da escola e o vídeo cassete foi retirado da sala de vídeo,estava guardado.Fui buscá-lo e instalarei para semana que vem.
Nas atividades de pesquisa,coleta de dados, com uso de fontes descobri muitas coisas sobre os alunos.Algumas até com as quais fiquei muito triste em ver as situações em que vivem as crianças, familiares, emocionais e sociais.Mas por outro lado fiquei feliz em perceber que estou conquistando a confiança deles e dos pais, que participam com os alunos nas atividades de pesquisa.Alguns poucos ainda não, mas pretendo vencer essa resistência.O trabalho do mural foi muito interessante,mostravam aos colegas as fotos e trocavam informações sobre os documentos.Aproveitamos datas e utilizamos em matemática de diversas formas,foi muito produtivo.Coloquei fontes e documentos meus também e os alunos admiraram-se com isso.
“Na minha pouca experiência com crianças, adultos, educadores, esotéricos e outros "malucos", fui percebendo que as pessoas adoram biografias. Todo mundo gosta de saber o que o outro já construiu na própria vida, o que ele fez, como conseguiu ser bem-sucedido, como obteve seus títulos, como viveu sua infância... Todos têm muita curiosidade em descobrir o que leva uma pessoa escolher o caminho que hoje trilha. Aprendi com isso que uma das maneiras mais interessantes de falar às pessoas de forma agradável é contar-lhes um pouco de minha história, a fim de que possam pensar na própria vida e do jeito que ela está sendo construída. Desse jeito penso que fazer com que as pessoas percebam que somos a continuação de um fio que se constrói no invisível. Pensem nisso... Somos a continuação de um fio que nasceu há muito tempo atrás... Vindo de outros lugares... Iniciado por outras pessoas... Completado, remendado, costurado e...Continuado por nós. De forma mais simples, poderíamos dizer que temos uma ancestralidade, um passado, uma tradição que precisa ser continuada, costurada, bricolada todo dia.”Mundurucu,Daniel - PREFEITURA DE ALVORADA. Secretaria Municipal de Educação. FAZENDO ESCOLA, vol 02, ano 2002, p. 40-42.
O uso da sala de informática realmente tornou-se um novo desafio.O medo de que os computadores sejam estragados pelos alunos é grande por parte de membros da equipe diretiva então agora será elaborado um horário onde um oficineiro do projeto “Mais Educação” ficará presente e receberemos esse horário pronto e de maneira fixa.Estou aguardando para conhecer essa pessoa e fazer combinações que permitam o andamento do meu projeto da forma que planejei e com auxílio dele.
Na quarta feira não conseguimos assistir o vídeo sobre os movimentos da Terra porque houveram mudanças nas salas da escola e o vídeo cassete foi retirado da sala de vídeo,estava guardado.Fui buscá-lo e instalarei para semana que vem.
Nas atividades de pesquisa,coleta de dados, com uso de fontes descobri muitas coisas sobre os alunos.Algumas até com as quais fiquei muito triste em ver as situações em que vivem as crianças, familiares, emocionais e sociais.Mas por outro lado fiquei feliz em perceber que estou conquistando a confiança deles e dos pais, que participam com os alunos nas atividades de pesquisa.Alguns poucos ainda não, mas pretendo vencer essa resistência.O trabalho do mural foi muito interessante,mostravam aos colegas as fotos e trocavam informações sobre os documentos.Aproveitamos datas e utilizamos em matemática de diversas formas,foi muito produtivo.Coloquei fontes e documentos meus também e os alunos admiraram-se com isso.
“Na minha pouca experiência com crianças, adultos, educadores, esotéricos e outros "malucos", fui percebendo que as pessoas adoram biografias. Todo mundo gosta de saber o que o outro já construiu na própria vida, o que ele fez, como conseguiu ser bem-sucedido, como obteve seus títulos, como viveu sua infância... Todos têm muita curiosidade em descobrir o que leva uma pessoa escolher o caminho que hoje trilha. Aprendi com isso que uma das maneiras mais interessantes de falar às pessoas de forma agradável é contar-lhes um pouco de minha história, a fim de que possam pensar na própria vida e do jeito que ela está sendo construída. Desse jeito penso que fazer com que as pessoas percebam que somos a continuação de um fio que se constrói no invisível. Pensem nisso... Somos a continuação de um fio que nasceu há muito tempo atrás... Vindo de outros lugares... Iniciado por outras pessoas... Completado, remendado, costurado e...Continuado por nós. De forma mais simples, poderíamos dizer que temos uma ancestralidade, um passado, uma tradição que precisa ser continuada, costurada, bricolada todo dia.”Mundurucu,Daniel - PREFEITURA DE ALVORADA. Secretaria Municipal de Educação. FAZENDO ESCOLA, vol 02, ano 2002, p. 40-42.
O uso da sala de informática realmente tornou-se um novo desafio.O medo de que os computadores sejam estragados pelos alunos é grande por parte de membros da equipe diretiva então agora será elaborado um horário onde um oficineiro do projeto “Mais Educação” ficará presente e receberemos esse horário pronto e de maneira fixa.Estou aguardando para conhecer essa pessoa e fazer combinações que permitam o andamento do meu projeto da forma que planejei e com auxílio dele.
terça-feira, 13 de abril de 2010
reflexão sobre a prática
O que pude observar nesses primeiros dias é que os alunos estão mais próximos a mim, mais interessados e muito mais participativos.Claro que antes do estágio iniciar já estava fazendo um trabalho de sondagem no qual senti a necessidade de ter muita paciência e percebi que seria um crescimento lento, trabalhoso e com muita persistência.Porém em poucos dias com as atividades propostas e sempre com muita atenção, principalmente aqueles que estavam apresentando maiores dificuldades e que trazem poucos conhecimentos “pré requisitos” para esse ano, pude notar uma grande mudança.Os alunos literalmente estão “abrindo a boca”.Participam, dão suas opiniões e não tem mais tanto medo de errar, parecem muito mais seguros. Creio que será possível atender a escola, quanto aos conteúdos programáticos, e a proposta pedagógica que optei, de construir com eles, passo a passo os conhecimentos novos que surgirão.Mas principalmente vejo mudanças nas capacidades, principalmente na criatividade e na criticidade, na formação de opiniões.Alguns vão precisar de mais apoio e talvez, de exercícios diferenciados.penso inclusive que tenho dois alunos que seriam para atendimento em sala de recursos, já os encaminhei ao SOE da escola e aguardo retorno....
Iniciando o estagio
Nessa semana darei início ao projeto que inclui dois desafios: os alunos auto conhecerem-se e também trabalharem com tecnologia de computador. Seguindo a proposta didática de Comenius o respeitando o estágio de desenvolvimento da criança no processo de aprendizagem, a construção do conhecimento por meio da experiência, da observação e da ação, e de uma educação sem punição, mas com diálogo,exemplo e ambiente adequado,buscarei trabalhar de forma interdisciplinar, empregando minha afetividade e criatividade.
Escolhi o livro didático citado por entender que vem de encontro a forma como quero trabalhar,permitindo que o aluno haja sobre esse material porque lhe será significativo.Embora seja um livro para primeira série ele trata os assuntos que proponho de forma coerente, investigativa e proporcionando uma auto análise dos alunos.A partir daí que o aluno faça suas reflexões a partir dos conhecimentos que traz consigo e dos questionamentos apresentados, formulando novos conhecimentos.
“O que me interessa agora, repito, é alinhar e discutir alguns saberes fundamentais à prática educativo-crítica ou progressista e que, por isso mesmo, devem ser conteúdos obrigatórios a organização programática da formação docente. Conteúdos cuja compreensão, tão clara e tão lúcida quanto possível, deve ser elaborada na prática formadora. É preciso, sobretudo, e aí já vai um destes saberes indispensáveis que o formando, desde o princípio mesmo de sua experiência formadora, assumindo-se como sujeito também da produção do saber, se convença definitivamente de que ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua produção ou a sua construção.”
Escolhi o livro didático citado por entender que vem de encontro a forma como quero trabalhar,permitindo que o aluno haja sobre esse material porque lhe será significativo.Embora seja um livro para primeira série ele trata os assuntos que proponho de forma coerente, investigativa e proporcionando uma auto análise dos alunos.A partir daí que o aluno faça suas reflexões a partir dos conhecimentos que traz consigo e dos questionamentos apresentados, formulando novos conhecimentos.
“O que me interessa agora, repito, é alinhar e discutir alguns saberes fundamentais à prática educativo-crítica ou progressista e que, por isso mesmo, devem ser conteúdos obrigatórios a organização programática da formação docente. Conteúdos cuja compreensão, tão clara e tão lúcida quanto possível, deve ser elaborada na prática formadora. É preciso, sobretudo, e aí já vai um destes saberes indispensáveis que o formando, desde o princípio mesmo de sua experiência formadora, assumindo-se como sujeito também da produção do saber, se convença definitivamente de que ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua produção ou a sua construção.”
domingo, 4 de abril de 2010
Análise da turma...
Como sou titular da turma que vou estagiar,iniciei o ano letivo pensando numa proposta a longo prazo,perpassando o estágio mas indo além. Como um dos pontos do meu planejamento é trabalhar em grupos porque é estratégia para um dos objetivos,o principal para dizer a verdade,que é melhorar a convivência,estou buscando orientações de como organizar e melhorar essa forma de trabalho.Observei algo que me preocupa mais ainda.Gostaria de organizar os grupos de forma que exista uma boa circulação das informações,uma troca.Mas tenho visto que poucos conseguem expressar suas idéias,interagir mesmo.Estão acostumados ou habituados a cópias,procurar em textos as respostas prontas...Quando tento fazer uma intervenção e questiono prá verificar o que já sabem,não obtenho muitas respostas.Sinto que será um trabalho lento e gradual,o qual terei que iniciar do zero, partindo para estratégias de formação de opiniões,talvez depois em duplas,trios e assim até poder trabalhar em grupos maiores de forma construtiva e produtiva para a maioria.
Ainda estou procurando a melhor forma de agrupar os alunos...ou distribuí-los na sala.Iniciamos com 38 alunos,e agora a escola conseguiu retornar abertura da turma da manhã,dividindo a turma.Já os coloquei em duplas,trios,quartetos,fileiras...Essa última forma tem sido a mais produtiva e proporcionando a troca de informações com colegas dos dois lados.Mas ainda me preocupo com aqueles que não se adaptaram em nenhuma das formações e também em modificar mais uma vez para não ficar na mesmice.
"Em 1930,o psicólogo bielo-russo Lev Vigotsky (1896-1934) já chamava a atenção para a importância da interação entre a criança e o professor e entre a criança e os colegas em situações de aprendizagem.Em a formação social da mente, ele afirma que o bom aprendizado é aquele que foca o potencial que o aluno pode desenvolver com a ajuda dos outros.Trabalhar em grupo,então,não é apenas importante, mas fundamental para ele".¹
estou buscando informações e sugestões para melhorar a participação da turma, são crianças amáveis e cooperativas mas muito apáticas.Como se estivessem anestesiadas.A primeira impressão é que tem medo de manifestar suas idéias.Além disso chegaram com poucos pré requisitos para o quarto ano,alguns em fase silábica,com muita dificuldade para construir uma simples frase...não conhecem sistema decimal,não conseguem fazer adições com transporte e subtrações então...Esse diagnóstico fiz após o período de sondagem,que terminou agora dia 31 de março e a partir daí vou elaborar minhas estratégias.Tenho dois alunos que gostaria de encaminhar ao SOE porque acredito que tenham algum tipo de necessidade especial e precisam de um acompanhamento mais específico.
No momento essas são minhas reflexões, resultado de um diagnóstico inicial e ponto de partida para o trabalho do ano letivo.
referências:
http://revistaescola.abril.com.br/planejamento-e-avaliacao/interacoes/como-agrupo-meus-alunos-427365.shtml
Ainda estou procurando a melhor forma de agrupar os alunos...ou distribuí-los na sala.Iniciamos com 38 alunos,e agora a escola conseguiu retornar abertura da turma da manhã,dividindo a turma.Já os coloquei em duplas,trios,quartetos,fileiras...Essa última forma tem sido a mais produtiva e proporcionando a troca de informações com colegas dos dois lados.Mas ainda me preocupo com aqueles que não se adaptaram em nenhuma das formações e também em modificar mais uma vez para não ficar na mesmice.
"Em 1930,o psicólogo bielo-russo Lev Vigotsky (1896-1934) já chamava a atenção para a importância da interação entre a criança e o professor e entre a criança e os colegas em situações de aprendizagem.Em a formação social da mente, ele afirma que o bom aprendizado é aquele que foca o potencial que o aluno pode desenvolver com a ajuda dos outros.Trabalhar em grupo,então,não é apenas importante, mas fundamental para ele".¹
estou buscando informações e sugestões para melhorar a participação da turma, são crianças amáveis e cooperativas mas muito apáticas.Como se estivessem anestesiadas.A primeira impressão é que tem medo de manifestar suas idéias.Além disso chegaram com poucos pré requisitos para o quarto ano,alguns em fase silábica,com muita dificuldade para construir uma simples frase...não conhecem sistema decimal,não conseguem fazer adições com transporte e subtrações então...Esse diagnóstico fiz após o período de sondagem,que terminou agora dia 31 de março e a partir daí vou elaborar minhas estratégias.Tenho dois alunos que gostaria de encaminhar ao SOE porque acredito que tenham algum tipo de necessidade especial e precisam de um acompanhamento mais específico.
No momento essas são minhas reflexões, resultado de um diagnóstico inicial e ponto de partida para o trabalho do ano letivo.
referências:
http://revistaescola.abril.com.br/planejamento-e-avaliacao/interacoes/como-agrupo-meus-alunos-427365.shtml
quinta-feira, 25 de março de 2010
Estágio...
Na beira da praia...
Começando a etapa final...Antagônico e real ao mesmo tempo.Mas com certeza nem começando, nem final.Penso que nosso estágio desenvolveu-se ao longo do curso mesmo sem percebermos, sem sentirmos.Em cada experimentação suscitada pelas interdisciplinas que se entremearam tão plenamente, fomos materializando as teorias que estudamos.Em cada atividae que criamos, cada ideia nova que surgia, a cada sensação de confiança no que fazemos foi se construindo a aprendizagem e se concretizando o nosso novo conhecimento.Se não estamos aptos a exercer a docência, como conseguimos então vencer etapas tão exigentes, em que a cada momento precisamos oferecer e porque não, encontrar o melhor de nós...
Vencemos o desafio do trabalho a distância, aliás para muitas de nós um imenso desafio.Acredito que agora é só deixar vir a tona toda essa "navegação" que fizemos, umas remando, outras em motor possante, algumas à nado...Mas chegamos e com certeza:
NÃO VAMOS MORRER NA BEIRA DA PRAIA!
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
Educação para surdos:uma conquista
Na verdade, não podemos pensar numa escola para surdos que trabalhe somente com a cultura surda.Dessa forma acredito que estaríamos sim, segmentando mais ainda esse grupo da sociedade como um todo.Penso que é preciso sim, um programa educacional que vislumbre as diversas culturas existentes e que trabalhe de forma bilíngüe.Dessa forma prepara-se a comunidade surda para participar mais ativamente das lutas pelos seus direitos com equidade e imparcialidade.
Essa luta vem acontecendo há anos é parte da história dos surdos no mundo, e já enfrentou grandes batalhas políticas.Como sabemos, política é negociação, então quando convém ao lado do poder, são feitas “concessões” e consegue-se legalizar aquilo que numa sociedade democrática e igualitária deveria ser um direito natural. Os surdos não fogem a essa batalha sócio política que se trava há anos, e como a educação está intimamente ligada à política, temos nela seu reflexo.Não há, portanto, motivo para alguém ver os surdos como coitadinho ou incapacitado, isso passou a ser uma visão ignorante.
As mudanças que vem acontecendo são fruto da união dos surdos, assumindo sua identidade e valorizando-se, assim fazendo-se respeitar e conseguindo novas conquistas.Quanto mais próximos e coesos estiverem, mais serão “vistos”, mas primeiro precisam se enxergar, aprender LIBRAS, exigir em grupo e organizadamente seus direitos e entre eles a melhoria do sistema educacional para surdos.Hoje em dia já está bastante solidificada essa participação, as pessoas ficam encantadas de verem os surdos conversando em LIBRAS, e tem vontade de aprender para poder comunicar-se com eles, já considero uma grande mudança dentro do que estudamos que vinha acontecendo em nossa sociedade através dos séculos.Conheço instituição de surdos só de ouvir falar, aqui na Zona Norte temos uma escola específica e sempre nas paradas encontramos pessoas surdas saindo da aula e conversando fluentemente.Poderia haver um incentivo para as pessoas ouvintes aprenderem LIBRAS, cursos gratuitos, algo assim.Mas acho também que é preciso prática para aprender essa língua, e para isso o convívio é fundamental.Por isso a participação dos surdos em meio aos ouvintes é cada vez mais e importante, fazendo-se presente e mostrando a necessidade de aprendermos a nos comunicar uns com os outros.
Essa luta vem acontecendo há anos é parte da história dos surdos no mundo, e já enfrentou grandes batalhas políticas.Como sabemos, política é negociação, então quando convém ao lado do poder, são feitas “concessões” e consegue-se legalizar aquilo que numa sociedade democrática e igualitária deveria ser um direito natural. Os surdos não fogem a essa batalha sócio política que se trava há anos, e como a educação está intimamente ligada à política, temos nela seu reflexo.Não há, portanto, motivo para alguém ver os surdos como coitadinho ou incapacitado, isso passou a ser uma visão ignorante.
As mudanças que vem acontecendo são fruto da união dos surdos, assumindo sua identidade e valorizando-se, assim fazendo-se respeitar e conseguindo novas conquistas.Quanto mais próximos e coesos estiverem, mais serão “vistos”, mas primeiro precisam se enxergar, aprender LIBRAS, exigir em grupo e organizadamente seus direitos e entre eles a melhoria do sistema educacional para surdos.Hoje em dia já está bastante solidificada essa participação, as pessoas ficam encantadas de verem os surdos conversando em LIBRAS, e tem vontade de aprender para poder comunicar-se com eles, já considero uma grande mudança dentro do que estudamos que vinha acontecendo em nossa sociedade através dos séculos.Conheço instituição de surdos só de ouvir falar, aqui na Zona Norte temos uma escola específica e sempre nas paradas encontramos pessoas surdas saindo da aula e conversando fluentemente.Poderia haver um incentivo para as pessoas ouvintes aprenderem LIBRAS, cursos gratuitos, algo assim.Mas acho também que é preciso prática para aprender essa língua, e para isso o convívio é fundamental.Por isso a participação dos surdos em meio aos ouvintes é cada vez mais e importante, fazendo-se presente e mostrando a necessidade de aprendermos a nos comunicar uns com os outros.
alfabetização ,só no segundo ano?
Nas leituras, da entrevista com Magda Soares, por exemplo, pra mim que não tenho experiência com alfabetização e tenho ainda bastante receio quanto a trabalhar com essa etapa da escolarização, achei muito interessante quando ela coloca que os fonemas das vogais nem sempre são equivalentes, como a de avião e a de anta, anasalado pelo n. Como isso é importante ser levado em consideração quando realizarmos um projeto de alfabetização.
Acredito ser importante também, a questão que Magda levanta sobre o livro didático. Nossa realidade é que os livros didáticos em sua grande maioria não atendem as necessidades regionais da escolarização,são feitos para alunos do Rio de Janeiro ou São Paulo e na maioria das vezes não levam em consideração as diversidades existentes.Além do grau de dificuldades e até o tamanho dos textos ser muito complexo,fazendo com que o usemos muito pouco no propósito a que se destina.Começa pela escolha desses livros,passamos turnos escolhendo,mandamos três opções e recebemos uma edição completam,ente diferente das propostas!
Em minha escola, quando trouxe gibis ara os alunos eles na maioria nunca tinham visto um. Papel pra eles é para reciclar e vender...
Não sei se gostaria de alfabetizar porque ainda não tive essa experiência, talvez venha a gostar e dessa forma possa ser uma “boa alfabetizadora”. A verdade é que é preciso muuuuuita paciência,doação e amor.
Acredito ser importante também, a questão que Magda levanta sobre o livro didático. Nossa realidade é que os livros didáticos em sua grande maioria não atendem as necessidades regionais da escolarização,são feitos para alunos do Rio de Janeiro ou São Paulo e na maioria das vezes não levam em consideração as diversidades existentes.Além do grau de dificuldades e até o tamanho dos textos ser muito complexo,fazendo com que o usemos muito pouco no propósito a que se destina.Começa pela escolha desses livros,passamos turnos escolhendo,mandamos três opções e recebemos uma edição completam,ente diferente das propostas!
Em minha escola, quando trouxe gibis ara os alunos eles na maioria nunca tinham visto um. Papel pra eles é para reciclar e vender...
Não sei se gostaria de alfabetizar porque ainda não tive essa experiência, talvez venha a gostar e dessa forma possa ser uma “boa alfabetizadora”. A verdade é que é preciso muuuuuita paciência,doação e amor.
terça-feira, 17 de novembro de 2009
Alfabetização e letramento
Ainda me assusta bastante a alfabetização, por isso recuso a oferta que já me foi feita algumas vezes aqui na escola. Justamente por refletir a cerca de qual método utilizar para tal aprendizagem.Encontrei no texto de Magda Soares uma explicação para esse meu receio,além de achar que não entendo bem ainda o processo e de que é uma grande responsabilidade como ela diz “a etapa da alfabetização é a mais desafiadora do ensino”.Passei a perceber que o mais importante não é como ensinar mas observar como a criança aprende, e cada um pode aprender em tempo diferente e por caminhos diferentes.A partir daí se utiliza método(s), sempre acompanhados de conhecimentos prévios que o professor (nós) precisa buscar,sobre as etapas e o como acontece o aprendizado da língua escrita.Percebo também que as crianças aprender a ler e escrever de forma sistemática,mecânica por assim dizer,e quando vão avançando as séries como não sabem compreender o que estão lendo, acabam não conseguindo construir novos conhecimentos,os quais dependem do que chamamos de interpretação.Lendo sobre consciência fonológica foi possível entender melhor o que acontece quando as crianças respondem as nossas solicitações de palavras e como se processa o raciocínio delas nesse sentido,a necessidade de levar-se a criança a perceber que palavras são sons que emitimos e depois ir “desmembrando” esses sons.E depois ainda partir para a consciência fonêmica que realmente,é muito mais difícil para as crianças,mas que se percebe nitidamente o alcance dessas etapas no decorrer do trabalho.
Assim considero que meu plano de aula,embora simples,esteja de acordo com as leituras realizadas, com a teoria sugerida.Mesmo não sendo feito para uma classe de alfabetização, eu pude contextualizar as experiências de meus alunos, trazer isso para a sala de aula e transformar em assunto de interesse incentivando a leitura, produção de texto, crítica reflexiva, e ainda trabalhar com algumas palavras, seus significados sua escrita correta.Procurei usar de criatividade e de recursos que estão disponíveis aos alunos.
Assim considero que meu plano de aula,embora simples,esteja de acordo com as leituras realizadas, com a teoria sugerida.Mesmo não sendo feito para uma classe de alfabetização, eu pude contextualizar as experiências de meus alunos, trazer isso para a sala de aula e transformar em assunto de interesse incentivando a leitura, produção de texto, crítica reflexiva, e ainda trabalhar com algumas palavras, seus significados sua escrita correta.Procurei usar de criatividade e de recursos que estão disponíveis aos alunos.
terça-feira, 3 de novembro de 2009
Importância dos temas geradores
Quando iniciei minha carreira no magistério, recebi todos os conteúdos programáticos pré determinados e a partir dele elaborava meus planejamentos.Até aí não vejo nada demais ainda se pensarmos que precisamos partir de um objetivo para depois nos organizarmos.De lá pra cá,vinte anos depois,pouca coisa mudou na realidade das escolas,continuamos trabalhando com os famosos conteúdos mínimos e colocando no caderno,porque duvido que fique na mente,dos alunos aquilo que já se determinou.A grande questão é que esses conteúdos em pouco dizem na realidade dos educandos,a maioria desses assuntos não tem efetivo valor para eles e nós passamos anos a fio repetindo como se fosse algo extremamente indispensável.Dessa forma acabamos exercendo aquilo que Paulo Freire chama de função bancária ,fazendo dos alunos depósitos de conhecimentos que eles sequer retêm por muito tempo.Apesar das lutas em prol de uma educação crítica e formadora de cidadãos participativos ,continuamos presos as culturas dominantes e seus saberes ditos ideais.Aqui é preciso colocar a necessidade de valorizar os saberes que cada aluno e suas experiências como pessoas.
É aqui que se encaixa a importância dos temas geradores,e o cuidado que devemos ter ao trabalhar com eles,para não fazermos repetidamente o papel de depositários,procurando doutrinar nossos alunos como se só houvesse a verdade que se ensina na escola.Na proposta de temas geradores os alunos podem expandir suas possibilidades enquanto seres humanos,enriquecidos por suas experiências e vivências pessoais,não mais se esgotando nos conhecimentos padronizados.É preciso que estabeleçamos esse diálogo,que passemos a aprender com nossos alunos,sua cultura,suas habilidades e esse aprendizado acontece no desenvolver de temas geradores pois que passamos a conviver com os saberes dos outros e não somos mais os únicos detentores de tal sabedoria.
O trabalho baseado em temas geradores permite a reflexão e a busca de opções,alternativas de como resolver certas questões.Ao tentar encontrar essas soluções os alunos acabam buscando as informações necessárias para isso e assim integrando os conhecimentos científicos que possam utilizar,num aprender contínuo e crescente,a partir de suas necessidades.A base dessa proposta são os sujeitos de nosso trabalho,que são vistos como sujeitos sociais,culturais,capazes e precisando apenas de orientação para se descobrirem.
É aqui que se encaixa a importância dos temas geradores,e o cuidado que devemos ter ao trabalhar com eles,para não fazermos repetidamente o papel de depositários,procurando doutrinar nossos alunos como se só houvesse a verdade que se ensina na escola.Na proposta de temas geradores os alunos podem expandir suas possibilidades enquanto seres humanos,enriquecidos por suas experiências e vivências pessoais,não mais se esgotando nos conhecimentos padronizados.É preciso que estabeleçamos esse diálogo,que passemos a aprender com nossos alunos,sua cultura,suas habilidades e esse aprendizado acontece no desenvolver de temas geradores pois que passamos a conviver com os saberes dos outros e não somos mais os únicos detentores de tal sabedoria.
O trabalho baseado em temas geradores permite a reflexão e a busca de opções,alternativas de como resolver certas questões.Ao tentar encontrar essas soluções os alunos acabam buscando as informações necessárias para isso e assim integrando os conhecimentos científicos que possam utilizar,num aprender contínuo e crescente,a partir de suas necessidades.A base dessa proposta são os sujeitos de nosso trabalho,que são vistos como sujeitos sociais,culturais,capazes e precisando apenas de orientação para se descobrirem.
Quem é o aluno da EJA
O aluno da EJA tem mais interesse em aproveitar o tempo que estão na escola, pois tem objetivos nítidos e concretos para sua escolarização. A linguagem utilizada pelos alunos da EJA pode modificar-se para alcançar determinados objetivos,como fazer-se entender e ser valorizado por a quem se dirige. Todos são inteligentes e tem capacidade de aprender e trazem conhecimentos, competências e habilidades necessários e adquiridos em suas vivências pessoais. Os jovens e adultos que freqüentam a EJA buscam inserção na comunidade,melhoria da condição de vida e respeito da família.
Podem ter dificuldade de operação com categorias abstratas, dificuldade de utilização de estratégias de planejamento e controle da própria atividade cognitiva, bem como pouca utilização de procedimentos meta cognitivos,mas isso não é uma regra e ainda, desenvolvem grandes habilidades e competências que se bem trabalhadas e orientadas, com temas significativos á sua realidade podem desenvolver essas áreas do pensamento.
A escola tem propostas e metodologias que se baseiam num ideal de sociedade, de comunicação e de valores que é próprio da instituição e todos acreditam estar lá para receberem esses conhecimentos, desvalorizando muitas vezes (na maioria delas) outras formas de saber e os conhecimentos trazidos pelos alunos, sua cultua, seus saberes. Por isso a escola tem uma linguagem própria também,e os alunos jovens e adultos muitas das vezes não completaram seus estudos por não compreenderem bem essa linguagem,já chegam frustrados e inseguros com essa condição.O aluno vem de uma jornada de trabalho exaustiva,muitas vezes sem alimentação,cansado e desestimulado quando adulto e se jovem,vem com estigma de indisciplinado e incapaz de aprender.Os conteúdos pré determinados da escola não tem significado efetivo para esses alunos.Os professores muitas vezes empregam metodologias estanques e não percebem a realidade dos alunos,seus interesses e necessidades.O aluno da EJA apresentado pela autora encontra algumas semelhanças em nosso estado, mas não acredito que seja a maioria. Realmente a maioria dos pais dos nossos alunos são trabalhadores rurais,mas que migraram para a cidade em busca de uma vida melhor e acabaram instalando-se nas vilas,em casas com pouco conforto e muitas vezes na miséria.Esses tornam-se recicladores,catadores de lixo,carroceiros.Assim,seus filhos não tem grande incentivo para seguir nos estudos,preferindo que trabalhem para ajudar no sustento da família,o que muitas vezes causa o abandono da escola no tempo hábil e que depois ocasiona a freqüência da EJA.Com certeza não são mais crianças,mas compõem-se em grupos diferentes,os adultos que buscam aprender para melhorar a qualidade de vida e os adolescentes que de geralmente por problemas disciplinares e/ou de aprendizagem acabam sendo literalmente expulsos do diurno e também freqüentando a EJA.
O adulto que freqüenta a EJA geralmente já formou sua própria família e provê seu sustento, tem experiência maior de vida e valoriza mais o aprendizado, toda conquista é uma vitória, consegue perceber que o conhecimento transforma e melhora a perspectiva de vida.
Na questão do pensamento, mais propriamente da aprendizagem a autora diz que todos somos capazes de aprender, independentemente da idade cronológica, diferenciando-se esse aprendizado de acordo como fomos criados, em que meio, qual formação cultural recebemos, mas principalmente que essas diferenças são saberes que podem ser partilhados entre alunos e professores.Nesse ponto concordo na forma como aprendemos,o que foi prioritário em termos de conhecimentos e na valorização que aprender e crescer como ser humano foi inserida em nossa mente.
Podem ter dificuldade de operação com categorias abstratas, dificuldade de utilização de estratégias de planejamento e controle da própria atividade cognitiva, bem como pouca utilização de procedimentos meta cognitivos,mas isso não é uma regra e ainda, desenvolvem grandes habilidades e competências que se bem trabalhadas e orientadas, com temas significativos á sua realidade podem desenvolver essas áreas do pensamento.
A escola tem propostas e metodologias que se baseiam num ideal de sociedade, de comunicação e de valores que é próprio da instituição e todos acreditam estar lá para receberem esses conhecimentos, desvalorizando muitas vezes (na maioria delas) outras formas de saber e os conhecimentos trazidos pelos alunos, sua cultua, seus saberes. Por isso a escola tem uma linguagem própria também,e os alunos jovens e adultos muitas das vezes não completaram seus estudos por não compreenderem bem essa linguagem,já chegam frustrados e inseguros com essa condição.O aluno vem de uma jornada de trabalho exaustiva,muitas vezes sem alimentação,cansado e desestimulado quando adulto e se jovem,vem com estigma de indisciplinado e incapaz de aprender.Os conteúdos pré determinados da escola não tem significado efetivo para esses alunos.Os professores muitas vezes empregam metodologias estanques e não percebem a realidade dos alunos,seus interesses e necessidades.O aluno da EJA apresentado pela autora encontra algumas semelhanças em nosso estado, mas não acredito que seja a maioria. Realmente a maioria dos pais dos nossos alunos são trabalhadores rurais,mas que migraram para a cidade em busca de uma vida melhor e acabaram instalando-se nas vilas,em casas com pouco conforto e muitas vezes na miséria.Esses tornam-se recicladores,catadores de lixo,carroceiros.Assim,seus filhos não tem grande incentivo para seguir nos estudos,preferindo que trabalhem para ajudar no sustento da família,o que muitas vezes causa o abandono da escola no tempo hábil e que depois ocasiona a freqüência da EJA.Com certeza não são mais crianças,mas compõem-se em grupos diferentes,os adultos que buscam aprender para melhorar a qualidade de vida e os adolescentes que de geralmente por problemas disciplinares e/ou de aprendizagem acabam sendo literalmente expulsos do diurno e também freqüentando a EJA.
O adulto que freqüenta a EJA geralmente já formou sua própria família e provê seu sustento, tem experiência maior de vida e valoriza mais o aprendizado, toda conquista é uma vitória, consegue perceber que o conhecimento transforma e melhora a perspectiva de vida.
Na questão do pensamento, mais propriamente da aprendizagem a autora diz que todos somos capazes de aprender, independentemente da idade cronológica, diferenciando-se esse aprendizado de acordo como fomos criados, em que meio, qual formação cultural recebemos, mas principalmente que essas diferenças são saberes que podem ser partilhados entre alunos e professores.Nesse ponto concordo na forma como aprendemos,o que foi prioritário em termos de conhecimentos e na valorização que aprender e crescer como ser humano foi inserida em nossa mente.
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
Porque projetos
O trabalho por Projetos tem início com a escolha dos assuntos e/ou temas pelos alunos. Assim já começa com satisfação em realizar-se partindo do interesse deles, o que torna a aprendizagem muito mais significativa. Ao fazerem essa escolha desenvolvem a autonomia e aprendem a trabalhar com democracia, mostrando sua opinião e respeitando a dos colegas. Dentro dos aspectos positivos coloco ainda o aprendizado por construção, a cada nova descoberta um novo conhecimento e o desenvolvimento de capacidades como pesquisa, produção de textos, criatividade.
Os desafios estão presentes, principalmente na hora da escolha do tema, conseguir administrar essa escolha e mesmo assim manter o envolvimento e interesse de todos em participar. Temos ainda a questão dos recursos, que vai desde apoio familiar até biblioteca aberta, opções de pesquisa como Internet, jornais, revistas e outras que muitos alunos não tem. A aceitação desse tipo de proposta pelos colegas, pela família também ainda é difícil, pois a maioria está arraigada nas avaliações sob forma de provas e as notas.
Podemos perceber semelhanças no trabalho com projetos aplicado nas diferentes etapas da escolarização,partem de um tema de interesse dos alunos. A partir daí são orientados pela professora a ampliar os conhecimentos que já possuem sobre esse tema, fazendo dessa proposta um projeto de estudos. Quando o tema começa a se desenvolver vão surgindo novas questões que permitem interligar diversas disciplinas e áreas de conhecimento e suas realidades. É necessário em qualquer etapa de ensino,para o sucesso de um projeto que ele seja devidamente organizado mas que seja flexível permitindo alterações ao longo de seu desenvolvimento. O envolvimento dos alunos é enorme, querem manifestar o que sabem, sentem-se satisfeitos e orgulhosos em contribuir, melhorando sua confiança e auto estima, o que acredito de suma importância para um aprendizado efetivo. Pode-se nos projetos, explorar os mais diferentes recursos, a criatividade se expande. A diferença que vejo é mais relevante quanto à condição social que não permite tantos recursos, do que a etapa de escolarização, ficando bem nítido nos dois vídeos assistidos, e que faz com que precisemos oferecer mais diversificada gama de opções quanto à criatividade.
Os desafios estão presentes, principalmente na hora da escolha do tema, conseguir administrar essa escolha e mesmo assim manter o envolvimento e interesse de todos em participar. Temos ainda a questão dos recursos, que vai desde apoio familiar até biblioteca aberta, opções de pesquisa como Internet, jornais, revistas e outras que muitos alunos não tem. A aceitação desse tipo de proposta pelos colegas, pela família também ainda é difícil, pois a maioria está arraigada nas avaliações sob forma de provas e as notas.
Podemos perceber semelhanças no trabalho com projetos aplicado nas diferentes etapas da escolarização,partem de um tema de interesse dos alunos. A partir daí são orientados pela professora a ampliar os conhecimentos que já possuem sobre esse tema, fazendo dessa proposta um projeto de estudos. Quando o tema começa a se desenvolver vão surgindo novas questões que permitem interligar diversas disciplinas e áreas de conhecimento e suas realidades. É necessário em qualquer etapa de ensino,para o sucesso de um projeto que ele seja devidamente organizado mas que seja flexível permitindo alterações ao longo de seu desenvolvimento. O envolvimento dos alunos é enorme, querem manifestar o que sabem, sentem-se satisfeitos e orgulhosos em contribuir, melhorando sua confiança e auto estima, o que acredito de suma importância para um aprendizado efetivo. Pode-se nos projetos, explorar os mais diferentes recursos, a criatividade se expande. A diferença que vejo é mais relevante quanto à condição social que não permite tantos recursos, do que a etapa de escolarização, ficando bem nítido nos dois vídeos assistidos, e que faz com que precisemos oferecer mais diversificada gama de opções quanto à criatividade.
História da educação dos surdos
Não pude deixar de me emocionar com a história de Helen Keller e sua professora Anne Sullivan, ao perceber como uma pessoa pode modificar beneficamente a vida de outra e nesse caso, com tantas dificuldades, porque se o surdo não ouve, como diria Sócrates qual outra forma de comunicar-se que não seja usando os sinais do corpo e para tanto precisam da visão.
Casualmente (ou não), essa semana peguei uma revista na casa de minha mãe que falava em Helen Keller, como exemplo que pais de trigêmeas viram no filme que conta sua história junto a Anne Sullivan, de como ela “estimulou o sentido do tato para reconectar sua aluna com o mundo”. O interesse dos pais advém do fato das trigêmeas serem todas surdas e cegas, as únicas do mundo. Fiquei surpresa em saber que nos EUA existem 45 mil pessoas surdas cegas e dessas 11 mil são crianças. A história da família é muito bonita, o pai separou-se e a mãe estava em desespero quando encontrou outro companheiro que até hoje acompanha sua luta cotidiana e faz de tudo por sua nova família. O exemplo de Anne foi estímulo para o casal buscar uma “educadora especial” e aqui entra a relação que faço com a história dos surdos. Embora tenha feito grandes evoluções na área da compreensão dos surdos como pessoas que apenas tem uma deficiência, mesmo nos EUA, país de primeiro mundo, ainda existem as dificuldades burocráticas, financeiras e sociais que são empecilho para alguns surdos conseguirem aprender cada vez mais.
Acredito que as comunidades surdas são de suma importância para que possam se fortalecer, encontrando sociabilidade e independência para mim é a grande mola propulsora da auto estima dos surdos, poderem manter sua identidade, com liberdade e auto confiança.Ainda temos curiosidade sim, em relação ao universo dos surdos, não sou hipócrita dizer que não. Mas de forma nenhuma acredito que as pessoas o façam como antes , se estivm vendo aberrações e sim com admiração e certa comoção, principalmente ao vê-los como outro dia, em conversação. Tamanha habilidade em processar, mostrar e desvendar os sinais que utilizam, quando nós não conseguimos nem acompanhar a mudança de um sinal para outro, bem diferente do menino selvagem Victor do filme,O menino selvagem, que vivia isolado e animalizado por sua condição e por sua imagem frente à sociedade e que pela visão evolutiva de Jean Itard é trazido de volta a dignidade.
Casualmente (ou não), essa semana peguei uma revista na casa de minha mãe que falava em Helen Keller, como exemplo que pais de trigêmeas viram no filme que conta sua história junto a Anne Sullivan, de como ela “estimulou o sentido do tato para reconectar sua aluna com o mundo”. O interesse dos pais advém do fato das trigêmeas serem todas surdas e cegas, as únicas do mundo. Fiquei surpresa em saber que nos EUA existem 45 mil pessoas surdas cegas e dessas 11 mil são crianças. A história da família é muito bonita, o pai separou-se e a mãe estava em desespero quando encontrou outro companheiro que até hoje acompanha sua luta cotidiana e faz de tudo por sua nova família. O exemplo de Anne foi estímulo para o casal buscar uma “educadora especial” e aqui entra a relação que faço com a história dos surdos. Embora tenha feito grandes evoluções na área da compreensão dos surdos como pessoas que apenas tem uma deficiência, mesmo nos EUA, país de primeiro mundo, ainda existem as dificuldades burocráticas, financeiras e sociais que são empecilho para alguns surdos conseguirem aprender cada vez mais.
Acredito que as comunidades surdas são de suma importância para que possam se fortalecer, encontrando sociabilidade e independência para mim é a grande mola propulsora da auto estima dos surdos, poderem manter sua identidade, com liberdade e auto confiança.Ainda temos curiosidade sim, em relação ao universo dos surdos, não sou hipócrita dizer que não. Mas de forma nenhuma acredito que as pessoas o façam como antes , se estivm vendo aberrações e sim com admiração e certa comoção, principalmente ao vê-los como outro dia, em conversação. Tamanha habilidade em processar, mostrar e desvendar os sinais que utilizam, quando nós não conseguimos nem acompanhar a mudança de um sinal para outro, bem diferente do menino selvagem Victor do filme,O menino selvagem, que vivia isolado e animalizado por sua condição e por sua imagem frente à sociedade e que pela visão evolutiva de Jean Itard é trazido de volta a dignidade.
domingo, 18 de outubro de 2009
pensando sobre o curso
Hoje resolvi fazer uma reflexão de como está sendo esse momento/semestre na minha vida.Tenho tido muitas dificuldades devido não ter mais computador nem Internet, e assim estou sempre "atrás" com as atividades mas principalmente com as inbterações.Acho que esse é o eixo dos trabalhos em grupo,pois todos professores resolveram adotar essa metodologia, mas talvez não levaram em conta que alguns poderiam estar passando pelas dificuldades que estou.Sinto-me muito frustrada em poder contribuir tão pouco com os colegas , embora estes se mostrem muito solidários e não exerçam nenhum tipo de pressão ou de repressão...Mas não acho justo , a forma como acontecem as conclusões acabam sendo sempre de uma ou duas pessoas e com a qual eu muitas vezes não concordo e se tivesse tido oportunidade de opinar talvez tivesse escrito de outra forma.
Realmente a tecnologia é um serviço grandioso na vida das pessoas mas quando se precisa dela sem poder utilizá-la torna-se um entrave.Por alguns momentos senti até falta de meus velhos cadernos e das reuniões na biblioteca da escola.
Tenho intercalado momentos de frustração com de orgulho , quando consigo realizar uma atividade e postá-la em tempo.Mas a qualidade vem depois do limite?Vendo o quadro de acompanhamento , não tenho nada registrado e no entanto participei (com muito sacrifício) de todos os fóruns!Me sinto perdida e um pouco atrapalhada,embora sabendo que tenho colegas com dificuldades tão ou maiores que as minhas,que envolvem família, saúde, condições psicológicas.
Minha preocupação vai além por que ao conviver diariamente na minha escola cada vez mais percebo que a gestão da mesma não está nem perto do que tenho idealizado após começar esse curso.isso é bom e ruim.Bom por que tenho noção de que podemos fazer muito melhor do que atualmente.Ruim porque o poder está sistematizado e as cartas marcadas já se projetam para uma próxima gestão...
Hoje foi o dia do desabafo...
Desculpem...
Abraços afetuosos
Realmente a tecnologia é um serviço grandioso na vida das pessoas mas quando se precisa dela sem poder utilizá-la torna-se um entrave.Por alguns momentos senti até falta de meus velhos cadernos e das reuniões na biblioteca da escola.
Tenho intercalado momentos de frustração com de orgulho , quando consigo realizar uma atividade e postá-la em tempo.Mas a qualidade vem depois do limite?Vendo o quadro de acompanhamento , não tenho nada registrado e no entanto participei (com muito sacrifício) de todos os fóruns!Me sinto perdida e um pouco atrapalhada,embora sabendo que tenho colegas com dificuldades tão ou maiores que as minhas,que envolvem família, saúde, condições psicológicas.
Minha preocupação vai além por que ao conviver diariamente na minha escola cada vez mais percebo que a gestão da mesma não está nem perto do que tenho idealizado após começar esse curso.isso é bom e ruim.Bom por que tenho noção de que podemos fazer muito melhor do que atualmente.Ruim porque o poder está sistematizado e as cartas marcadas já se projetam para uma próxima gestão...
Hoje foi o dia do desabafo...
Desculpem...
Abraços afetuosos
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
Aprendendo com a EJA
Acompanhei toda trajetória de minha mãe que há cinco anos atrás se formou pela EJA no ensino fundamental.Os depoimentos que ela dava relatavam que a turma toda tinha grande interesse me aprender, mas principalmente que os professores traziam muitas atividades diferenciadas e que essas atividades envolviam o cotidiano dos alunos e valorizavam seus saberes.Era lindo de ver a satisfação dela em realizar as tarefas e fazendo suas pesquisas e os comentários que tinha acerca da turma e dos professores. Era nítido o motivo pelo qual estavam naquela escola, crescer pessoalmente!Vejo que em pouco tempo as turmas de EJA mudaram muito.Os relatos que tenho ouvido na mesma escola que minha mãe estudou, coincidem com os que ouço na que trabalho, que agora devido a interdisciplina desse nosso curso, tenho tido mais atenção.Os alunos têm muito medo da violência e contam que colegas pararam de estudar e que um motivo seria esse.Os assaltos, aqueles que vem para escola só para traficar drogas e os alunos que vem do diurno porque os professores já não “agüentam mais” e como solução encaminham para EJA.Com isso as turmas tem sido formadas em por poucas pessoas, os professores também temem a violência, mas procuram resgatar a auto estima dos alunos e proporcionam atividades bem diversificadas e prazerosas, buscando o que prega Freire, ”um processo de aprendizagem dinâmico e ativo”.Torna-se óbvio que não se alfabetiza os adultos da mesma forma que as crianças, os métodos não podem ser tão infantis, pois além da faixa etária ainda e mais importante, os interesse são muito diferentes.Porque não “personalizar” um pouco algum método de alfabetização e utilizá-lo de acordo com a turma e seus interesses, vivências e necessidades?Inicialmente é de suma importância fazer o diagnóstico proposto no texto, para saber quais são os saberes do grupo e tomá-los como ponto de partida...
domingo, 4 de outubro de 2009
Quem é surdo?cultura surda e LIBRAS
Quando era criança acreditava que todo surdo era mudo, pois se não ouvia como poderia falar?Além de ser o que os adultos nos diziam e a forma como as pessoas surdas eram denominadas: surdo mudo. Com o decorrer da minha vida,conhecendo tantas pessoas e observando outras tantas,fui percebendo que era uma inverdade , a expressão surdo- mudo.A mude é uma outra deficiência,não tem relação direta com a surdez.O que penso agora é que o surdo não fala porque não conhece o som das palavras,das letras,das sílabas, talvez.Pois aprendemos a falar , a nos comunicarmos oralmente através daquilo que ouvimos.O surdo tem uma perda de audição que pode ser parcial ou até total,mas consegue produzir sons, ri, chora,etc.Na medicina a pessoa que tem essa perda auditiva é chamada de deficiente auditivo,mas não são necessariamente surdos.O surdo é aquele que se percebe como tal, que tem uma identificação como surdo e busca comunicar-se utilizando a língua de sinais , LIBRAS no Brasil, para aprender,interagir , contribuir, modificar o mundo.
Conheci há pouco, um menino de oito anos, filho de um aluno da capoeira. O menino também pratica a capoeira, o que para mim não é nenhuma surpresa, pois em nossos eventos já vi cegos, cadeirantes e também pessoas com diferentes necessidades especiais jogando capoeira, dentro das suas condições.No caso dos surdos gingavam no ritmo da música, pela vibração dos instrumentos e no chão de madeira pela vibração no chão.
O menino que falo, me foi apresentado pelo pai , no momento ficou bastante retraído e me cumprimentou timidamente.Não sei quem estava mais perdido , pois eu
também, pega de surpresa , não soube nem tentar me comunicar com ele de forma “natural” ,queria um abraço mas não sabia pedir.O pai que se comunica com ele em LIBRAS , pediu mas não teve efeito.Depois disso tivemos aula com a professora Carolina e aprendi alguns sinais que ela passou na aula, e que foram suficientes para mudar todo meu relacionamento com meu novo amiguinho.Quando encontrei com ele nesse domingo, perguntei onde estava o pai dele , usando os Inal do “bigode” e fazendo um “cadê” com as mãos.Da resposta eu só entendi que o pai estava por perto, mas foi muito gratificante.Já estava fazendo outra atividade quando ele me cutucou no ombro,quando virei ele me abraçou tão efusivamente,nossa!!!Pode parecer uma bobagem, mas vi o quanto foi importante para esse menino sentir-se participante naquele mundo da capoeira, onde só quem o entendia na verdade era o pai. E respondendo a pergunta seguinte desse trabalho, não conheço LIBRAS , tenho muita vontade de aprender , mas acho que requer muita prática e um convívio maior com surdos , para aprimorar a compreensão dos sinais interligados.Digo isso porquê me pareceu , ao ver a professora com sua intérprete que é necessário muita atenção para acompanhar os sinais,requer habilidades como aprender a falar em outra língua.Então num primeiro momento tentaria me comunicar com qualquer sinal que pudesse me fazer compreender e vice-versa, ou pela escrita.E o principal aspecto da cultura surda, no meu ponto de vista , é realmente a LIBRAS , que facilita a comunicação, a integração e a participação dos surdos.Pelo menos , nós educadores todos , deveríamos ter um curso de LIBRAS , ou um mínimo de conhecimento nessa língua.
Conheci há pouco, um menino de oito anos, filho de um aluno da capoeira. O menino também pratica a capoeira, o que para mim não é nenhuma surpresa, pois em nossos eventos já vi cegos, cadeirantes e também pessoas com diferentes necessidades especiais jogando capoeira, dentro das suas condições.No caso dos surdos gingavam no ritmo da música, pela vibração dos instrumentos e no chão de madeira pela vibração no chão.
O menino que falo, me foi apresentado pelo pai , no momento ficou bastante retraído e me cumprimentou timidamente.Não sei quem estava mais perdido , pois eu
também, pega de surpresa , não soube nem tentar me comunicar com ele de forma “natural” ,queria um abraço mas não sabia pedir.O pai que se comunica com ele em LIBRAS , pediu mas não teve efeito.Depois disso tivemos aula com a professora Carolina e aprendi alguns sinais que ela passou na aula, e que foram suficientes para mudar todo meu relacionamento com meu novo amiguinho.Quando encontrei com ele nesse domingo, perguntei onde estava o pai dele , usando os Inal do “bigode” e fazendo um “cadê” com as mãos.Da resposta eu só entendi que o pai estava por perto, mas foi muito gratificante.Já estava fazendo outra atividade quando ele me cutucou no ombro,quando virei ele me abraçou tão efusivamente,nossa!!!Pode parecer uma bobagem, mas vi o quanto foi importante para esse menino sentir-se participante naquele mundo da capoeira, onde só quem o entendia na verdade era o pai. E respondendo a pergunta seguinte desse trabalho, não conheço LIBRAS , tenho muita vontade de aprender , mas acho que requer muita prática e um convívio maior com surdos , para aprimorar a compreensão dos sinais interligados.Digo isso porquê me pareceu , ao ver a professora com sua intérprete que é necessário muita atenção para acompanhar os sinais,requer habilidades como aprender a falar em outra língua.Então num primeiro momento tentaria me comunicar com qualquer sinal que pudesse me fazer compreender e vice-versa, ou pela escrita.E o principal aspecto da cultura surda, no meu ponto de vista , é realmente a LIBRAS , que facilita a comunicação, a integração e a participação dos surdos.Pelo menos , nós educadores todos , deveríamos ter um curso de LIBRAS , ou um mínimo de conhecimento nessa língua.
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