domingo, 7 de dezembro de 2008

Educação de qualidade?

Lendo o texto sugerido,não pude deixar de pensar como até hoje a sociedade acredita que o ensino oferecido pelas redes particulares é de melhor qualidade que o das redes públicas.É fácil entender porque,se na história da nossa educação o ensino particular sempre foi sustentado e direcionado para que o filho dessa sociedade mais economicamente privilegiada tivesse melhores condições de sucesso na vida.Assim criou-se uma cultura de que quem freqüenta escolas particulares está mais bem preparado para a vida que os demais.Isso acontece mais notoriamente nos vestibulares.Quem consegue passar num concurso de universidades públicas,gratuitas,na sua maioria são pessoas que puderam cursar uma escola particular,não precisaram trabalhar e portanto têm mais tempo para preparar-se para e também tiveram condições de freqüentar um curso preparatório.Aqui podemos ver também a influência da igreja não só na história do Brasil como um todo,mas principalmente de sua educação.Mas é preciso analisar porque a rede pública causa essa impressão,de quem tem menos estrutura ou oferece menos qualidade em seu ensino.Chamou-me a atenção o fato de que a educação em sua estrutura depende da condição econômica de seu estado.Mas o RS é com certeza um estado muito bem desenvolvido,temos recursos para garantir uma educação de qualidade,além daqueles que advém da União,a questão é se estão esses recursos sendo devidamente aplicados.

gestão democratica

Para falarmos em gestão democrática escolar é preciso refletir sobre a concepção de democracia que trazemos conosco.A principio pode parecer algo concluído,completo,como se fosse algo estanque.mas a democracia é um processo constante,que acontece gradativa e coletivamente.Depende principalmente da participação efetiva das pessoas enquanto grupo social e organizacional.Assim,estendendo essas noções à escola torna-se mais claro o processo de gestão democrática.Acredito que essa seja a expressão mais adequada para esse processo.
É preciso no entanto para que isso aconteça que a comunidade escolar,com todos seus atores,participe na tomada de decisões,ocupe seus espaços de direito,haja visto quer no sistema educacional que atuamos,esses espaços existem.A presença dessa comunidade,buscando conhecer a escola,estabelecer prioridades e reais necessidades,até pedagógicas,discutindo os problemas e buscando soluções é primordial para o exercício democrático,que depende de ações mediadoras entre a sociedade e a escola.Toda essa reflexão,participação e atuação não significam que os grupos chegarão logo a um consenso.É certo que haverá conflitos,oriundos das diferentes formas de ver,pensar e entender o mundo e afirma como cada um melhor entende como solução.Mas por ser um processo em desenvolvimento constante,quanto mais exercitarmos a democracia e a participação mais nós aprendemos.Ou seja “aprendemos fazendo”,ouvindo com o coração e a mente abertos às opiniões divergentes e diferentes da nossa,num processo progressivo.

realidade,crítica e reflexão

Percebo que instrumentos e caminhos para uma melhor qualidade de ensino,para desenvolver planos de trabalho que direcionem a escola na busca de uma melhor qualidade de vida individual e social para os educandos existem.Mesmo em meio a disputas políticas e de poder,os meios são oferecidos.Precisamos sim estar sempre atualizados,informados,atentos.Não recrimino minhas colegas,pois até bem antes de começar esse curso nem eu tinha noção de todos esses assuntos e opções.Porém,o que me entristece é que muitos não têm vontade de renovar,de mudar e de investir por exemplo,em temas de interesse geral e que poderiam aproximar mais os alunos a escola como os temas transversais,que possibilitariam uma melhor compreensão dos assuntos quando trabalhados de forma interdisciplinar.Ou por que estão em final de carreira,muito cansados,os alunos não merecem,o salário é pouco,perderam as esperanças,entre outras alegações.Assim fica bastante difícil nos apropriarmos desses instrumentos e colocá-los em prática efetiva e útil,não apenas para cumprir resoluções e ordens.Espero ainda poder,em algum, tempo contribuir para que essas reformas e transformações tão necessárias aconteçam em minha escola,porém sei que não é uma realidade só nossa, e que muitas senão a maioria das escolas estaduais funciona e segue assim,alienatóriamente.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

^Pensando sobra a profissão...

Sou professora nomeada para 20 horas da rede estadual de ensino há 15 anos com uma convocação por tempo indeterminado para 20 horas há quatro anos e trabalho numa escola da rede urbana.Sempre ansiei voltar a estudar,fazer um curso que melhorasse e porque não facilitasse meu trabalho através dos conhecimentos adquiríveis.Tenho alcançado meus objetivos nesse curso de PEAD,minhas tarefas tem sido mais prazerosas e criativas,bem como enquanto pessoa me percebo mais paciente,dedicada e generosa.Sempre procuro fazer a relação entre a teoria e a prática,tarefa que aliás é sempre solicitada nas atividades do curso.No que diz respeito à compreensão do universos dos educandos é muito satisfatório entender melhor e saber que caminhos pode-se seguir numa prática efetiva de ensino aprendizagem que talvez até agora fazia com a base que tive no curso de magistério da qual pouca coisa lembra-me.Porém quando confronto essa teoria com a realidade de minha escola e até da educação no estado do Rs,é deprimente.Que autonomia é essa que só existe no papel?Para adquiri qualquer coisa para a escola,até um simples reparo são exigidos 3 orçamentos e CNPJ.Devido às demoras em receber as verbas públicas as empresas que podem fazer esses serviços já não querem,continuando a escola,pelo menos a minha em situação precária fisicamente.Na minha escola está tudo precisando de concerto,inclusive uma parede do segundo piso onde é minha sala,está rachando e chove dentro como fora na da minha colega.A reclamação foi feita há 3 anos e até agora nada foi feito.A minha sala com auxílio dos pais e dos alunos,reformei toda,pintei por dentro,fiz pátina na porta e nos armários,coloquei cortinas,fiz estantes para os livros.E os alunos reclamam porque o servente nunca limpa.Temos uma sala com 8 computadores guardados há mais de ano,sem ser usados.A biblioteca funciona duas vezes por semana quando a professora vai é claro.Agora com o programa Mais Educação estão sendo feitas algumas aquisições e pequenos reparos que tem beneficiado a toda escola.E recebemos uma verba do PDE que nem conseguimos ver como e onde aplicar,porque chegou tudo junto e em meio as minhas 60 horas e das colegas da comissão do PDE não nos sobra tempo para analisar os projetos e priorizar as compras.Devido a essa demora recebemos uma “chamada” da SEC porque ainda não gastamos o dinheiro.E esse é só um dos aspectos que posso citar.Quando fiz o trabalho da teoria de Marx,nossa,fiquei muito triste.Há quantos anos as pessoas percebem,convivem e aceitam a desvalorização da educação e do profissional da mesma?Há quanto tempo servimos todos a interesses políticos?Não temos tempo pra nada realmente,nem para lazer nem para cuidar de nossa própria casa muitas vezes,então falar em fazer um curso ou aprimorar é hilário no mínimo.E ainda entra a questão do “direito à carga horária” do aluno,referendando que é mais importante à quantidade do que a qualidade.Esse curso a distância está sendo a melhor solução para mim, e quando mostro as leituras e trabalhos minhas colegas ficam surpresas pois sempre tiveram a idéia de que seria muito mais fácil do que um curso presencial.Tratamos de assuntos que muitas delas em seus cursos não vivenciaram.Quanto a apoio ,temos uma orientadora que vem de vez em quando,não podemos contar sempre e que fica repetindo que esqueceu o que dissemos,e que só diz que não vê a hora de aposentar-se...A relação entre a direção acontece de forma autoritária e ameaçadora, sempre conduzindo pela pressão e amedrontamento.Os pais poucos participam,as famílias em sua maioria são negligentes ou miseráveis,na maioria dos casos a s duas coisas e muitos alunos só vão para escola porque são obrigados se não os pais perdem o Bolsa Escola.Muitos não vêm nem para buscar o boletim.Assim é óbvio que os conselhos e outros afins sejam meramente figurativos,com pessoas da confiança da direção,que só assinam papéis.Dessa forma acho desnecessário dizer o que penso da minha remuneração ser justa ou não.Acredito que faço muito mais do que recebo,vivo na lei do mais valia,porém meu produto não tem valor comercializável.Meu salário está dentro do valor mínimo apresentado,com as vantagens.Tirando-as não chega a isso.Sem contar o tira e põe dos nossos vale refeição,transporte e outros que recebemos e estornam.Não sou sindicalizada e não acredito pelo que vejo que me sirva para algo,serve sim a interesses políticos.Bem me lembro de nossa Secretária de Educação batendo sineta pelos nossos direitos...

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Marx e a educação

“Esperar da sociedade mercantilizada a promulgação ativa – ou mesmo a mera tolerância – de um mandato às suas instituições de educação formal que as convidasse a abraçar plenamente a grande tarefa histórica do nosso tempo: ou seja, a tarefa de romper com a lógica do capital no interesse da sobrevivência humana, seria um milagre monumental. É por isso que, também no domínio educacional, os remédios 'não podem ser formais; eles devem ser essenciais ". Por outras palavras, eles devem abarcar a totalidade das práticas educacionais da sociedade estabelecida.”Mészáros
Bastante atrasada,sem internet,mas vamos lá...
Li todas as postagens das colegas,mas após ter feito uma breve síntese do que mais me marcou ao ler sobre Marx não foi surpresa encontrar pontos em comum,que nos causam inquietações e aflição,já que somos muito críticos.Não pude assim,deixar de me ver dentro do contexto ideológico fundamental da corrente marxista,bem como alguns colegas.Quando estou aqui,na sala de aula,com meus trinta alunos e tentando reler com atenção as partes que grifei sobre o material proposto para poder elaborar minha atividade,é que me sinto oprimida por esse sistema capitalista.Não tenho alternativa,preciso trabalhar essas sessenta horas e quero fazer esse curso.Não seria mais digno e humano trabalhar somente vinte horas sobrando-me assim tempo para dedicar-me a outras tarefas que me permitissem o desenvolvimento de outras áreas?Quando digo que “preciso” vejo nessa afirmação o que Marx dizia sobre a mais-valia ,afinal mesmo não sendo uma operária de fábrica,sou uma assalariada e estou produzindo mais para meu “patrão” do que o meu próprio custo para a sociedade,já que a educação que é oferecida gratuitamente sai também do meu salário,em forma de impostos,isso sem falar dos diversos “bolsa” que o Governo federal oferece.Acho que o que recebo por 60 horas deveria ser pago por 20 horas assim cobrindo minhas despesas de sobrevivência e deixando-me tempo livre para dispor como quisesse.
Ainda me vejo lutando contra a alienação promovida pelo capitalismo,sendo que meu trabalho tornou-se uma mercadoria,que exige cada vez mais tempo dedicado a ele,mas com menos qualidade e produtividade.
Nas palavras de Mészáros “ até as mais nobres utopias educacionais, formuladas no passado a partir do ponto de vista do capital, tiveram que permanecer estritamente dentro dos limites da perpetuação do domínio do capital como um modo de reprodução social metabólica”.
Então “quem educa os educadores” ?se esses não podem dispor de tempo livre nem para isso? Com um salário que não supre as necessidades básicas somos forçados à sobrecarga de trabalho,em condições desumanas,sem apoio de recursos materiais nem muitas vezes dos setores pedagógicos,cada vez mais extintos nas escolas.Como eu posso educar para promover a transformação social,base utópica que conduz muitos educadores a continuarem perseverando em seus propósitos,se eu não consigo nem como classe trabalhadora,mudar a minha própria condição de trabalho? Para melhorar um pouco (e bem pouco) meu salário precisaria atualizar-me,aprimorar meus conhecimentos,ESTUDAR! Mas que tempo resta para que eu possa buscar esSa qualificação?As madrugadas de estafa e cansaço onde não se aplica a mesma qualidade,vontade e disposição?
Mais uma vez cito Mészáros: “é isto o que acontece mesmo quando um reformador social e educacional iluminado, que honestamente tenta remediar os efeitos alienantes e desumanizantes do "poder do dinheiro" e da "procura do lucro" que ele deplora, não pode escapar ao colete-de-força auto-imposto das determinações causais do capital”.
Desculpem o desabafo,culpado disso é Karl Marx!!!
Mas li bastante a respeito do trabalho infantil e suas implicações na tangência do desenvolvimento humano,concordo,realmente há uma regulamentação relativa à idade e a jornada de trabalho que denotam a uma evolução na busca da humanização apregoada por Marx.Hoje já não lidamos só com os filhos dos proletários para quem Marx buscava uma sociedade mais igualitária,porque esses filhos tinham pais trabalhadores e ajudavam no sustento de suas famílias.Hoje temos a herança do avanço de tecnologia,do crescimento populacional desenfreado e conseqüente desemprego.Ainda Mészáros :“o papel da educação é supremo tanto para a elaboração de estratégias apropriadas, adequadas a mudar as condições objetivas de reprodução, como para a automudança consciente dos indivíduos chamados a concretizar a criação de uma ordem social metabólica radicalmente diferente. É isto que se quer dizer com a visão de uma "sociedade de produtores livremente associados". Portanto, não é surpreendente que na concepção marxista a "transcendência positiva da auto-alienação do trabalho" seja caracterizada como uma tarefa inequivocamente educacional.”

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

inclusão , aprendendo

COMPORTAMENTOS INCLUSIVOS
DIANTE DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

Romeu Kazumi Sassaki
São Paulo, dezembro de 2005


Evidências no dia-a-dia nos mostram que existe um interesse, cada vez mais generalizado dentro da população, em conhecer e relacionar-se corretamente com as pessoas que têm uma deficiência.

Palestras, cursos, campanhas, livros, folhetos, revistas – em todas as partes da sociedade constatamos mensagens escritas, faladas, desenhadas e dramatizadas ensinando as formas corretas de se interagir com pessoas cuja deficiência é bastante variada e cuja presença é notada com mais freqüência a cada dia que passa.

Neste artigo, apresento uma síntese desses comportamentos inclusivos diante de pessoas com deficiência, parte deles transcrita e/ou adaptada de inúmeros textos publicados (ver Bibliografia consultada) e parte aprendida em minha experiência profissional dentro do campo da reabilitação profissional, bem como em minha atuação no movimento de direitos, nos últimos 45 anos.

Dicas gerais diante de uma pessoa com qualquer tipo de deficiência

 Converse com ela respeitosamente, sabendo que ambos desejam ser respeitados como seres humanos.
 Comporte-se de igual para igual, ou seja, considerando que vocês dois possuem a mesma dignidade.
 Aceite a outra pessoa como ela é, assim como você espera ser aceito do jeito que você é.
 Ofereça ajuda sempre que notar que a pessoa parece necessitá-la. Pergunte antes de ajudar e jamais insista em ajudar. Se ela aceitar a ajuda, deixe que ela lhe diga como quer ser ajudada.
 Lembre-se de que as pessoas com deficiência têm os mesmos direitos garantidos a todos os povos na Declaração Universal dos Direitos Humanos e na Constituição de cada país.

Diante de uma pessoa com deficiência física

1. Que usa cadeira de rodas

 Não se apóie na cadeira de rodas, nem com as mãos nem com os pés. A cadeira de rodas é uma extensão do corpo da pessoa que a utiliza.
 Não receie em falar as palavras “ande”, “corra” e “caminhe”. As próprias pessoas com deficiência física também as utilizam.
 Se a conversa for demorar, sente-se num banco ou sofá de modo que seus olhos fiquem no mesmo nível do olhar da pessoa em cadeira de rodas. Para uma pessoa sentada, não é confortável ficar olhando para cima durante um período relativamente longo.
 Ao ajudar uma pessoa em cadeira de rodas a descer uma rampa ou degraus, use a marcha à ré, para evitar que, pela excessiva inclinação, a pessoa perca o equilíbrio e caia para frente.
 Ande na mesma velocidade do movimento da cadeira de rodas.
 Ao planejar eventos, providencie acessibilidade arquitetônica em todos os recintos.

2. Que usa muletas

 Tome cuidado para não tropeçar nas muletas.
 Ao acomodar as muletas, após a pessoa sentar-se, deixe-as sempre ao alcance das mãos dela.
 Ande no mesmo ritmo da marcha da pessoa.

3. Que tenha necessidade especial no uso dos braços e mãos e do corpo em geral

 Siga as cinco dicas gerais, acima indicadas.
 Esteja atento às particularidades de cada tipo de deficiência física.

Diante de uma pessoa com deficiência visual

1. Pessoa cega

 Se andar com uma pessoa cega, deixe que ela segure seu braço. Não a empurre; pelo movimento de seu corpo, ela saberá o que fazer.
 Em lugares estreitos para duas pessoas caminharem, ponha o seu braço para trás de modo que a pessoa cega possa seguir você.
 Se estiver com ela durante a refeição, pergunte-lhe se quer auxílio para cortar a carne, o frango ou para adoçar o café, e explique-lhe a posição dos alimentos no prato.
 Num restaurante, é de boa educação que você leia o cardápio e os preços, se a pessoa cega assim o desejar.
 Se for auxiliar a pessoa cega a atravessar a rua, pergunte-lhe antes se ela necessita de ajuda e, em caso positivo, atravesse-a em linha reta, senão ela poderá perder a orientação.
 Se ela estiver sozinha, identifique-se sempre ao aproximar-se dela. Nunca empregue brincadeirinhas como: “Adivinha quem é?”.
 Se for orientá-la a sentar-se, coloque a mão da pessoa cega sobre o braço ou encosto da cadeira, e ela será capaz de sentar-se facilmente.
 Se observar aspectos inadequados quanto à aparência da pessoa cega (meias trocadas, roupas pelo avesso, zíper aberto etc.), não tenha receio de avisá-la discretamente a respeito de sua roupa.
 Se conviver com uma pessoa cega, nunca deixe uma porta entreaberta. As portas devem estar totalmente abertas ou completamente fechadas. Conserve os corredores livres de obstáculos. Avise-a se a mobília for mudada de lugar.
 Se você trabalha, estuda ou está em contato social com uma pessoa cega, não a exclua nem minimize a participação dela em eventos ou reuniões. Deixe que a pessoa cega decida sobre tal participação. Trate-a com o mesmo respeito que você demonstra ao tratar uma pessoa que enxerga.
 Se for orientá-la, dê direções do modo mais claro possível. Diga “direita”, “esquerda”, “acima”, “abaixo”, “para frente” ou “para trás”, de acordo com o caminho que ela necessite percorrer. Nunca use termos como “ali”, “lá”.
 Indique as distâncias em metros. Por exemplo: “Uns 10 metros para frente”.
 Se for a um lugar desconhecido para a pessoa cega, diga-lhe, muito discretamente, onde as coisas estão distribuídas no ambiente, os degraus, meios-fios etc.
 Se vocês estiverem numa festa, diga à pessoa cega quais as pessoas presentes e veja se ela encontra pessoas para conversar, de modo que se divirta tanto quanto você.
 Se for apresentá-la a alguém, faça com que ela fique de frente para a pessoa a quem você está apresentando, impedindo que a pessoa cega estenda a mão, por exemplo, para o lado contrário em que se encontra a outra pessoa.
 Se conversar com uma pessoa cega, fale sempre diretamente, e nunca por intermédio de seu companheiro. A pessoa cega pode ouvir tão bem ou melhor que você. Não evite as palavras “veja”, “olhe” e “cego”; use-as sem receio. As pessoas cegas também as usam.
 Quando se afastar da pessoa cega, avise-a, para que ela não fique falando sozinha.
 A pessoa cega não vive num mundo escuro e sombrio. Ela percebe coisas e ambientes e adquire informações através do tato, da audição e do olfato. Ela pode ler e escrever por meio do braile.
 O computador também é um bom aliado, possibilitando à pessoa cega escrever e conferir os textos, ler jornais e revistas, via internet ou livro digitalizado, usando programas específicos (DosVox, Virtual Vision, Jaws, por exemplo) nos quais se fala o que está escrito na tela.
 Com a bengala ou com o cão-guia, a pessoa cega pode caminhar com autonomia, identificando ou desviando-se de degraus, buracos, meio-fio, raízes de árvores, orelhão, postes, objetos protuberantes nos quais ela possa bater a cabeça etc. O cão-guia nunca deverá ser distraído do seu dever de guiar a pessoa cega.
 Ao planejar eventos, providencie material em braile.

2. Pessoa com baixa visão

 Ao se tratar de pessoa com baixa visão, proceda quase das mesmas formas acima indicadas.
 Ao planejar eventos, providencie material impresso com letras ampliadas.

3. Pessoa surdocega

 Em geral, a pessoa com surdocegueira está acompanhada de um guia-intérprete, que utiliza diversos recursos de comunicação como, por exemplo, a libras tátil (libras na palma das mãos) ou o tadoma (pessoa surdocega coloca a mão no rosto do guia-intérprete, com o polegar tocando suavemente o lábio inferior e os outros dedos pressionando levemente as dobras vocais). Assim, pela vibração das dobras vocais, ela consegue entender o que a outra pessoa está falando. Há pessoas surdocegas que apenas não ouvem, mas falam; portanto, ela pode “ouvir” pelo tadoma e falar com a própria voz. Quando entrar numa conversa com uma pessoa surdocega, que utiliza o tadoma, deixe que ela faça o mesmo com você.

Diante de uma pessoa com deficiência auditiva

1. Pessoa surda

 Se quiser falar com uma pessoa surda, sinalize com a mão ou tocando no braço dela. Enquanto estiverem conversando, fique de frente para ela, mantenha contato visual e cuide para que ela possa ver a sua boca para ler os seus lábios. Se você olhar para o outro lado, ela pode pensar que a conversa terminou.
 Não grite. Ela não ouvirá o grito e verá em você uma fisionomia agressiva.
 Se tiver dificuldade para entender o que uma pessoa surda está dizendo, peça que ela repita ou escreva.
 Fale normalmente, a não ser que ela peça para você falar mais devagar.
 Seja expressivo. A pessoa surda não pode ouvir as mudanças de tom da sua voz, por exemplo, indicando gozação ou seriedade. É preciso que você lhe mostre isso através da sua expressão facial, gestos ou dos movimentos do corpo para ela entender o que você quer comunicar.
 Em geral, pessoas surdas preferem ser chamadas “surdos” e não “deficientes auditivos”.
 Se a pessoa surda estiver acompanhada de um intérprete da língua de sinais, fale olhando para ela e não para o intérprete.
 É muito grosseiro passar por entre duas pessoas que estão se comunicando através da língua de sinais, pois isto atrapalha ou impede a conversa.
 Se aprender a língua de sinais brasileira (libras), você estará facilitando a convivência com a pessoa surda.
 Ao planejar um evento, providencie avisos visuais, materiais impressos e intérpretes da língua de sinais.

2. Pessoa com baixa audição

 Ao se tratar de pessoa com baixa audição, proceda quase das mesmas formas indicadas para relacionar-se com pessoas surdas.
 Em geral, as pessoas com baixa audição não gostam de ser chamadas “surdos” e sim “deficientes auditivos”.

Diante de uma pessoa com deficiência da fala

 Existem diversas alterações de fala, variando desde as mais simples, como a dificuldade em pronunciar os sons de maneira correta, até as mais complexas, como a perda total da voz, as gagueiras mais graves e os transtornos causados por um problema neurológico, que podem prejudicar tanto a fala como a compreensão.
 Todas estas alterações podem trazer um prejuízo ou até mesmo um impedimento para a comunicação oral.
 Mantenha a calma quando falar com alguém que apresenta alguma dificuldade de comunicação oral. Não tente adivinhar o que ela quer dizer e não a deixe sem resposta.
 Procure olhar no rosto de quem fala; fale pausadamente; use poucas palavras de cada vez; espere a sua vez de falar e só comece quando tiver certeza de que o outro terminou o que tinha a dizer.
 Se não entendeu o que foi falado, não tenha receio de pedir que o outro repita ou escreva. A maior parte das pessoas com dificuldade na fala tem consciência disso e não se incomoda em repetir, desde que encontre alguém realmente interessado em ouvi-la.
 Preste mais atenção no conteúdo da fala do que em sua forma e, principalmente, não discrimine alguém pela maneira dele de falar.

Diante de uma pessoa com deficiência intelectual

 Ao dirigir-se a uma pessoa com deficiência intelectual, aja com naturalidade, como você faria com qualquer outra pessoa.
 Não confunda “deficiência intelectual” (deficiência mental) com “transtorno mental” (doença mental).
 A pessoa com deficiência intelectual é, em geral, muito carinhosa e disposta a conversar.
 Procure dar-lhe atenção e tratá-la de acordo com a faixa etária: criança, adolescente, adulta.
 Não a ignore durante conversação. Cumprimente-a e despeça-se dela, como você o faria com outras pessoas.
 Não a superproteja, nem use linguagem infantilizada.
 Deixe que ela tente fazer sozinha tudo o que ela puder. Ajude apenas quando for realmente necessário.
 Entenda que a pessoa com deficiência intelectual aprende mais lentamente. Se você respeitar o ritmo dela e lhe oferecer oportunidade, ela pode desenvolver habilidades, tornar-se produtiva e participar do mundo com dignidade e competência.

Diante de uma pessoa com outras deficiências

 Existem pessoas que apresentam uma deficiência que não foi mencionada até aqui. Por exemplo, a deficiência múltipla, que se caracteriza pela presença simultânea de dois ou mais tipos de deficiência acima citados.
 Também existem pessoas com paralisia cerebral, com síndrome de Down, com hiperatividade, com ostomia, com dislexia e assim por diante. Mas, paralisia cerebral, síndromes diversas, hiperatividade, ostomia, dislexia etc. não são tipos de deficiência; são condições que acarretam alguma deficiência.
 Por outro lado, existem pessoas com epilepsia, com hanseníase, com transtorno mental, com autismo, com transtorno de déficit de atenção (TDA) etc. Porém, epilepsia, hanseníase, transtorno mental, autismo, TDA etc. também não constituem tipos de deficiência; são doenças que podem acarretar alguma deficiência.
 Há casos em que uma doença e uma condição estão presentes juntas. Por exemplo, transtorno de déficit de atenção com hiperatividade (TDAH).
 Podemos, então, comportar-nos diante de uma pessoa com deficiência resultante dessas condições ou doenças, seguindo todas as dicas gerais e algumas das dicas específicas, de acordo com cada caso.
 A questão das condições e doenças como causas de deficiências é polêmica e não encontra um consenso entre especialistas. Por exemplo, a ostomia e a paralisia cerebral foram colocadas como formas de deficiência física, e não como causas, no Decreto nº 5.296, de 2/12/04.

Bibliografia consultada

AGETRAN/SAS. Alerta ao cidadão (cartilha “Viva Seu Bairro – Projeto Multissetorial Integrado”). Campo Grande: Agência Municipal de Transporte e Trânsito / Secretaria Municipal de Assistência Social, c.2005.
BRASIL. Decreto nº 5.296, de 2 de dezembro de 2004 (Lei da Acessibilidade).
CAPOVILLA, F. C., & RAPHAEL, W. D. Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngüe da língua de sinais brasileira. São Paulo, SP: Edusp, 2001. E-mail: capovila@usp.br.
CEPRED. Como você deve se comportar diante de uma pessoa que... Salvador, BA: Centro Estadual de Prevenção e Reabilitação de Deficiências, c.2004 (folheto adaptado do livreto Handicapés, escrito pelo Movimento de Mulheres Jovens, de Paris, em 16/11/82). E-mail: cepred@saude.ba.gov.br.
CLEMENTE, Carlos Aparício. Conviva com a diferença. Osasco: Espaço da Cidadania, 2003 (cartilha disponível em http://ecidadania.cjb.net, e-mail: espaco.cidadania@ig.com.br).
CJGG. Manual para inclusão social das pessoas portadoras de deficiência. Planaltina, DF: Comissão Jovem Gente como a Gente, 2000 (folheto adaptado do livreto Handicapés, escrito pelo Movimento de Mulheres Jovens, de Paris, em 16/11/82). E-mail: comissão.jovem@zaz.com.br
DUTRA, Luiz Carlos. Pastoral da inclusão: pessoas com deficiência na comunidade cristã. São Paulo: Loyola, 2005.
FDNC. O que você pode fazer quando encontrar uma pessoa cega. São Paulo: Fundação Dorina Nowill para Cegos, c.2005 (folheto). Site: www.fundacaodorina.org.br, e-mail: info@fundacaodorina.org.br.
SASSAKI, R. K. Atualizações semânticas na inclusão de pessoas: deficiência mental ou intelectual? Doença ou transtorno mental? Jornal do Sinepe-RJ, ano XIV, n. 88, jul./set. 2005, p. 10-11 e Revista Nacional de Reabilitação, São Paulo, ano V, n. 24, jan./fev. 2002, p. 6-9.
_____. Nomenclatura na área da surdez. São Paulo, 2004. (texto não-publicado disponível pelo e-mail: romeukf@uol.com.br).
_____. Como chamar as pessoas que têm deficiência. In: Vida Independente. São Paulo: RNR, 2003, p. 12-15.
_____. Terminologia sobre deficiência na era da inclusão. In: Mídia e deficiência, Brasília: Agência de Notícias dos Direitos da Infância e Fundação Banco do Brasil, 2003, p. 160-165.
_____. Terminologia sobre deficiência na era da inclusão. Revista Nacional de Reabilitação, São Paulo, ano V, n. 24, jan./fev. 2002, p. 6-9.
SEAD. Dicas para conviver valorizando as diferenças. Recife: Superintendência Estadual de Apoio à Pessoa com Deficiência / Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Social, c.2003 (folheto disponível pelo e-mail: sead@fisepe.pe.gov.br).

C:\Romeu Kazumi Sassaki\Arquivos\Textos de word\Sensibilização - conscientização\
Comportamentos inclusivos diante de pessoas com deficiência.doc

Inclusão

O que é inclusão
A educação inclusiva é um movimento mundial fundamentado nos princípios dos direitos humanos e da cidadania,tendo por objetivo eliminar a discriminação e a exclusão,para garantir o direito à igualdade de oportunidades e à diferença,transformando os sistemas de ensino,de modo a propiciar a participação de todos os alunos,com foco específico naqueles que são vulneráveis à marginalização e a exclusão.
.A educação inclusiva acolhe todas as pessoas sem exceção.Historicamente,o atendimento educacional a crianças com deficiência era realizado apenas em escolas especiais,fato que trouxe conseqüências negativas e segregacionistas,pois se imaginava que elas eram incapazes de conviver com crianças sem deficiência.Todas as estratégias e argumentos pelos quais a escola tradicional resiste à inclusão refletem a sua incapacidade de atuar diante da complexidade,diversidade,do que é real nos seres e nos grupos humanos.
A escola tem que ser o reflexo da vida do lado de fora.O grande ganho para todos,é viver a experiência da diferença.Se os estudantes não passam por isso na infância,mais tarde terão muita dificuldade de vencer os preconceitos.A inclusão possibilita aos que são discriminados pela deficiência,pela classe social ou pela cor que,por direito, ocupem o seu espaço na sociedade.Se isso não ocorrer,essas pessoas serão sempre dependentes e terão uma vida cidadã pela metade.O motivo principal de elas estarem na escola é que lá vão encontrar um espaço genuinamente democrático,onde partilhem o conhecimento e a experiência com o diferente. Todos ganham ao exercitar a tolerância e o respeito.As crianças também percebem o quanto é necessário observar e respeitar as necessidades dos amigos.Esse senso de responsabilidade pelo outro é um exercício constante nas escolas inclusivas.
Para nós professores o maior ganho está em garantir a todos o direito à educação. Hoje a Educação Especial é entendida como a modalidade de ensino que tem como objetivo quebrar a barreiras que impedem a criança de exercer a sua cidadania.O atendimento educacional especializado é,então, apenas um complemento da escolarização e não um substituto.

O que faz uma escola ser inclusiva?
Em primeiro lugar um bom projeto pedagógico que começa pela reflexão,elaborado coletivamente,entre as instituições educativas,a família e os profissionais especializados.Inclusão é mais do que ter rampas e banheiros adaptados.A equipe da escola inclusiva deve discutir o motivo de tanta repetência e indisciplina,de os professores não darem conta do recado e de os pais não participarem.Atualmente muitas escolas diversificam o programa mas esperam que no fim das contas todos tenham os mesmos resultados.A escola organizada como está,produz a exclusão.Os conteúdos curriculares são tantos que tornam alunos,professores e pais reféns de um programa que abre pouco espaço para o talento das crianças.Os alunos estão enturmados Por séries,o currículo é organizado por disciplinas e o conteúdo é selecionado por coordenações pedagógicas,pelos livros didáticos,enfim,por uma “inteligência” que define os saberes úteis e a seqüência em que devem ser ensinados.
Na escola que não valoriza a diversidade o conteúdo é determinante.
Além de fazer adaptações físicas a escola precisa oferecer atendimento educacional especializado paralelamente às aulas regulares,de preferência no mesmo local.². “A maior demanda encontra-se na esfera das atitudes,posturas,formas de lidar com a diversidade e a diferença significativa de cada aluno.Essa não deve ser responsabilidade só do professor,mas do coletivo escolar.” Profissionais especializados podem orientar professores,pais e diretores no trabalho de inclusão e realizar adaptações curriculares de tal forma que os alunos especiais possam ser contemplados.Projetos fora do horário escolar,como oficinas de artes e desenvolvimento de talentos específicos,até um convênio com a APAE auxiliam a avaliar as dificuldades das crianças e oferecer terapia ocupacional fora do horário regular. Assim uma criança cega,por exemplo,assiste às aulas com os colegas que enxergam e,treina mobilidade,locomoção,uso da linguagem braile no outro turno. O professor porém é a peça chave da implantação da educação inclusiva e precisa ter melhor formação,em um processo contínuo e permanente.Essa formação não acontece meramente por cursos de graduação,pós-graduação ou de aperfeiçoamento. A formação continuada com cursos de curta e média duração,é o caminho para garantir a aquisição de competências relevantes para atuar junto a essas crianças.È urgente à necessidade de mudanças nos cursos de formação de professores em geral,com destaque para os cursos da área de educação infantil e seus currículos,os quais devem incluir conteúdos que favoreçam as práticas pedagógicas inclusivas.
O fisioterapeuta,o psicólogo ou o médico colabora com seus conhecimentos mas quem cuida do conteúdo pedagógico é o professor.
¹ “Quem pode dizer onde terminam as possibilidades de aprendizagem de quem tem deficiência?Só com as portas da escola abertas é que poderemos saber.Por isso ela é tão importante.”

Estudantes com deficiência mental severa podem estudar em uma classe regular.A inclusão não admite qualquer tipo de discriminação,e os mais excluídos são sempre os que têm deficiências graves.Há casos entretanto em que a criança não consegue interagir porque está em surto e precisa ser tratada.Para que o professor saiba o momento adequado de encaminhá-lo a um tratamento é necessário manter vínculos com os atendimentos clínico e especializado.


A avaliação de alunos com deficiência mental não deve ser diferenciada porque uma boa avaliação é planejada para todos,aquela em que o aluno aprende a analisar a sua produção de forma crítica e autônoma.Muitas vezes as avaliações servem para ver quem se encaixa nos padrões de aluno ideal do que para medir o progresso de cada um,dentro de suas possibilidades.A função da avaliação não é medir se a criança chegou a um determinado ponto,mas se ela cresceu.Esse mérito vem do esforço pessoal para vencer as suas limitações,e não da comparação com os demais.




Um professor sem capacitação pode ensinar alunos com deficiência.O papel do professor é ser regente de classe e não especialista em deficiência.por exemplo,para ser alfabetizada em língua portuguesa para surdos,conhecida como L2,a criança é atendida por um professor de língua portuguesa capacitado para isso.A função do regente é trabalhar os conteúdos,mas as parcerias entre os profissionais são muito produtivas.
No caso de se ter um cego na turma,o professor não precisa dominar o braile,porque quem escreve é o aluno.

As redes de ensino não estão dando às escolas e aos professores o que é necessário para um bom trabalho com inclusão.Mas como já foi dito a Constituição garante o acesso de todos ao ensino fundamental,sendo que alunos com necessidades especiais devem receber atendimento especializado – preferencialmente – na escola,que não substitui o ensino regular.Entendida a lei,a discussão deve ser a qualidade da educação para todos,e não só para crianças com deficiência. ³ “A inclusão faz parte de um grande movimento pela melhoria do ensino.” Mas é uma inclusão silenciosa.
Mesmo depois de tanto tempo dessa promulgação,alguns diretores e professores ainda acreditam que estudantes com deficiência não conseguem aprender e,em classe,devem apenas brincar ou passar o tempo.Há ainda pais que não aceitam os filhos se relacionando ou estudando com “retardados”,pois acham que isso baixa a qualidade de ensino.Outros acreditam que a deficiência é doença e que os “anormais” devem ser evitados. Muitas escolas privadas não podem manter os custos do atendimento educacional especializado e as públicas não recebem recursos e capacitação.Mas recusar a matrícula é crime.Quando a estrutura não oferece o básico,as parcerias são fundamentais,pois as crianças não podem esperar a escola se preparar.Por isso,na rede pública,feitas as adaptações físicas adequadas e estabelecidas às parcerias,o passo seguinte é cobrar do poder público verba e apoio pedagógico.A escola pública que não recebe apoio pedagógico ou verba tem como opção fazer parcerias com entidades de educação especial,disponíveis na maioria das redes.
O MEC contribui com programas,através da Seesp (Secretaria de Educação Especial do MEC) como o Programa educação inclusiva:direito à diversidade,desenvolvido em todos os Estados e no Distrito Federal,envolvendo 144 municípios-pólo que atuam como multiplicadores para outros municípios de sua área de abrangência.O objetivo é formar gestores e educadores para efetivar a construção de sistemas educacionais inclusivos,tendo como princípio garantir o direito de acesso e permanência com qualidade dos alunos com necessidades educacionais nas escolas de ensino regular.O programa disponibiliza aos sistemas de ensino equipamentos,mobiliários e material pedagógico para implantação de salas de recursos e organização da oferta de atendimento.E tem implantado um conjunto de ações e programas em parceria com dirigentes estaduais e municipais da educação,bem como apoiado a formação continuada dos professores,em diversas áreas,como deficiência mental,auditiva,visual,superdotação/altas habilidades,entre outras.

³.¹“Nós professores temos dificuldades para romper com a idéia de homogeneidade em que fomos formados:a criança ideal,abstrata,que se desenvolve e aprende de uma forma única.Este é o grande desafio que a inclusão impõe à escola:lidar com a diversidade e buscar respostas para as diferentes necessidades educacionais.Trabalhar com o nível de conhecimento,adaptar o ensino ao interesse e ao ritmo de aprendizagem de cada aluno e ajudá-lo a progredir a ater experiências significativas de aprendizagem são a chave da questão.”



Referências bibliográficas:
1.Revista Nova Escola,maio de 2005 – matéria com Maria Teresa Mantoan.
2.Revista Nova Escola,outubro de 2006 – A sociedade em busca de mais tolerância,por Meire Cavalcante.
3.Revista Nova Escola,maio de 2005 – A escola que é de todas as crianças,por Meire Cavalcante.
4.Revista Criança,junho de 2008 – A inclusão de crianças com deficiência cresce,por Rita de Baggio.

Citações:
1.Meire Cavalcante
2.Professora Francisca roseneide Furtado do Monte,consultora do Seesp/MEC.
3.Letícia Santos,produtora de cinema.
1.1 Dorian Mônica Arpini,departamento de Psicologia da UFSM.
2.1.Claudia Dutra Pereira,secretaria de Educação Especial do Ministério da Educação.
3.1 Marilda Bruno,consultora para publicação do MEC,da Universidade Federal de Grande Dourados (MS)

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

sem medo de ser feliz,Maturana

Na concepção de Maturana, quando coloca a questão do linguajar relacionado com o emocionar pude fazer uma ligação com as fases apresentadas por Erikson, da vida adulta.
Quanto mais “amadurecemos” mais passamos por experiências que esperamos nos permitam controlar melhor nossas emoções e assim lidar mais “adultamente” em nossas relações.Assim é possível entender e visualizar esse turbilhão de emoções na forma rebelde e muitas vezes contestadora manifestada no comportamento dos adolescentes.
O adulto após os 40 anos que já vivenciou muitas experiências consegue, quando numa construção positiva, vislumbrar que cada pessoa tem as suas características, e que podem estar relacionadas ao meio em que se formou e por isso é mais paciencioso e amoroso.
Já o adolescente não vê além de sua própria verdade, condenando as formas diferentes daquilo que lhe agrada, ou seja, “concebe sua realidade como única”.
Erikson definiu as fases da vida adulta em acordo com o desenvolvimento e os acontecimentos do físico e no encaminhamento para a velhice e conseqüentemente para a morte.Maturana fundamenta suas conclusões no conhecimento das emoções, na maneira que elas se manifestam de acordo com quem e onde convivemos.
Identifiquei muitos meus pensamentos com Maturana, concordo quanto à importância de nossos atos no mundo e para sua construção.As emoções se manifestam em nossas relações escolares quando, por exemplo, vemos o reflexo do estado emocional do professor nos alunos e na aula.Quanta vez está nervosa ou triste e mesmo não transparecendo nem querendo transferir, percebemos que o contexto está mais agitado, os alunos mais inquietos que o normal...
Aprendendo e vivendo, segundo Erikson...
Vivendo e aprendendo segundo Maturana...

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Tipos de dominação a que estamos sujeitos

Weber descreve três tipos de dominação que se fundamentam em razões diferentes. Dominação legal,tradicional e carismática.
Nós servidores públicos nos encontramos em mais de uma instância submissos a dominação legal. Como profissionais que prestamos um concurso,no qual aceitamos regras e subordinação aos órgãos que nos contrataram e o fizemos por livre e própria vontade , estamos sujeitos a ordens e funções que devemos cumprir.
E mesmo havendo eleições para direção, nem sempre os candidatos que gostaríamos são os eleitos, vencendo o maior número de votos e a partir daí, estamos submissos às determinações desse grupo, fundamentadas na legitimidade instituída por regras que aceitamos previamente, ao nos inscrevermos para exercer nosso cargo.
A dominação tradicional está presente em minha escola através das famílias, hoje nem sempre na figura da mãe.
Na realidade com a qual trabalho ficou me questionando, se o “patrão”, o líder do tráfico na Vila, não é um exemplo desse tipo de dominação?Haja vista que exerce controle até “sem freios”, porque não dizer, com tirania, onde as decisões são tomadas unicamente por essa pessoa baseadas em sua visão dos fatos e os que lhes servem, o fazem como forma de adquirir privilégios, status e lhe tem fidelidade até quando lhes convém.
Já a dominação carismática, eu como professora de capoeira a percebo claramente, na relação com meus alunos e na minha relação com meu mestre. Apegamos-nos ao líder, ao mentor e nos tornamos claramente discípulos. Seguimos recomendações,ordens e ensinamentos,enquanto nada contradizer aquilo que ele apregoa assim seguiremos,não existindo para isso um motivo lógico ou racional.Apenas acreditamos no que ele diz.A presença de outros discípulos que evidenciam o sucesso dos ensinamentos do mestre e a ele demonstram submissão,disciplina e obediência também fortalecem esse tipo de dominação.
Acredito que as dominações acontecem porque existem submissos a elas, que os fatores que levam a essa submissão podem ser legais, legitimados por livre acordo firmado entre as partes ou sem registro, por tradição ou devoção. De toda forma estão fundamentados e presentes nas sociedades de todos os tempos e geraram transformações que marcaram história.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

gestão e democracia nos sistemas

Selecionei aqui,algumas das questões sobre as quais escrevi que mais me chamaram atenção,sendo que a gestão democrática é uma grande ansiedade minha...
Consta na Constituição Federal do Brasil , de 1988 ,a República Federal como sendo umas uniões indissolúveis dos Estados e Municípios , constituindo essa união um Estado democrático de direito e tendo como fundamentos além de outros,a livre iniciativa ,
o direito a escolher seus representantes ou organizações representativas e a utilização de processos de descentralização.Esses mecanismos proporcionam maior participação dos cidadãos exercendo sua cidadania e buscando assim garantir a democracia.
Se todos esses direitos estão assegurados pela CF , qual a dificuldade em executarmos a real democracia, principalmente na educação? Existem ainda estratégias que impedem a descentralização do poder e que diminuem a autonomia dos Estados e Municípios na implementação de políticas próprias.É o caso dos ajustes fiscais e o estabelecimento de regras mais rígidas para o uso dos recursos em programas sociais.
As três esferas de governo unem-se no planejamento,financiamento,gestão e avaliação e são coordenada pela União que por sua vez, não tem meios articuladores suficientes para obter uma maior funcionalidade dessa colaboração entre os governos.Mas em apoio à articulação dos governos podemos encontrar os Conselhos Nacionais de Educação, que atinge todos os sistemas de ensino,inclusive estaduais e municipais em suas competências e na sua jurisdição.
A LDB/96 vem referendar os direitos assegurados na CF,pois em seus artigos propicia a participação da comunidade escolar no planejamento escolar e no controle do orçamento da educação,deixando assim que os estabelecimentos de ensino descentralizem as decisões, administrando seus recursos materiais e financeiros,escolhendo seus dirigentes,elaborando Projeto Pedagógico e consultando a comunidade escolar e local através de instrumentos como Conselho Escolar e outros, desde que observadas as normas gerais de direito financeiro público.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Ser professor

O que mais me comove enquanto faço essa reflexão, é perceber o quanto aprendi a ouvir os meus alunos.Não só ouvir suas perguntas referentes à aprendizagem , mas ouvir suas idéias,seus saberes,ouvir aquilo que não me dizem diretamente ,mas querem que eu saiba,o seu modo de ser , de viver ,suas angústias e alegrias, ouvir quando preciso improvisar e modificar a aula prevista porque não é para aquele momento...Quando comecei a desenvolver essa qualidade pude extravasar o prazer e o amor em ensinar.Aí está algo que acho indispensável para ser professor: amor.Sem esse sentimento , fica impossível vencer as adversidades de nossa profissão.Além disso o amor nos impulsiona,fornece coragem,vontade,dedicação,persistência e paciência.
O sistema que tente nos dominar através do poder e tenta oprimir nossa liberdade de expressão e de pensamento crítico não quer que ajudemos a formar cidadão desse mesmo ideal.E nesse momento precisamos dessa coragem , dessa perseverança em ajudar a desenvolver a capacidade de analisar, criticar,escolher...
Ser professor é também respeitar,conviver e aceitar que somos diferentes (graças a Deus) e portanto nossos alunos não são protótipos e nem sempre serão como gostaríamos que fossem.É necessário aprender a conviver com esse fato e saber lidar com nossas ansiedades e expectativas para que se canalizem em atitudes na busca de melhorias para nossos alunos e nossa satisfação pessoal em estar com eles.
Percebo que estudar, procurar embasamento, tem me tornado mais confiante,mais seguira para defender meu ideal de democracia,solidariedade e convivência.Procuro sempre trabalhar com harmonia ,sem perder o equilíbrio nem o autocontrole, tentando oferecer aos outros o mesmo respeito com que gosto de ser tratada.Estabelecer limites sem ser autoritário,vivenciar os valores humanistas,perceber que a disciplina auxilia na aprendizagem,não ser acomodada e ser grata por cada dia que passamos.Ser professor é ter ética,é acreditar no que diz aos outros e praticar o que diz,ser avesso a hipocrisia ,a falsidade e opressão.Claro que não temos motivação externa para tudo isso,o salário não permite que trabalhemos somente o quanto podemos,sempre precisamos fazer mais para viver melhor.Não temos apoio para estudar ou fazer cursos ,por isso precisamos estar unidos entre nós e com a comunidade.Procurar construir um saber que parta do coletivo,das necessidades reais de nossa comunidade para que possamos obter resultados verdadeiros e vitoriosos, mas principalmente,resultados transformadores.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

conceitos estruturantes

Até então não havia parado para pensar nesses conceitos apresentados.Sempre usamos os termos,mas sem aprofundamento de suas concepções.Tive bastante dificuldade para preencher o primeiro quadro , principalmente no conceito de neoliberalismo.
Os conceitos estão presentes na construção histórica de nosso país e no desenvolvimento de nossa educação, que vem em busca de qualidade, acompanhando essa trajetória. Na maioria do tempo a educação vem atendendo os interesses de quem tem a dominação, o interesse econômico é quem dita as diretrizes , ou seja , a globalização interfere diretamente nos propósitos da educação e não é só no Brasil.
Porém a gora percebe-se a necessidade de desvincular as políticas educacionais em sua execução pelo Estado , para que assim elas não acabem mais uma vez atendendo objetivos econômicos e realmente venham trazer melhoria em sua qualidade, sendo elaboradas , dirigidas e aplicadas por quem realmente por ela em seu objetivo maior se interessa: a comunidade educacional.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Planos para o Eixo V

No semestre que se inicia tenho alguns objetivos em mente. primeiramente pretendo entregar meus trabalhos pontualmente, o que vinha fazendo até o Eixo III e não consegui mais cumprir no IV.Claro, tive diversos empecilhos, fiz um curso de extensão, fiquei sem internet porque mudei de residência e ainda a CPU do meu micro deu pane.Alguns foram resolvidos, no entanto continuo sem internet devido ao lugar onde moro não ter alcance para cabeamento.mas foi assim que comecei o curso e consegui superar.Para resolver já contatei empresa que pode oferecer o serviço , só dependendo de um comprovante de residência que ainda não tenho.Além disso pretendo organizar melhor meu tempo, deixando um horário fixo para o PEAD.
Eu espero nesse semestre compreender melhor como funciona e se organiza o sistema educacional e de que forma pode interagir e contribuir para a melhoria da educação como um todo. O que me chamou a atenção foi a interdisciplina de Projeto Pedagógico em Ação. Estudamos o que é e como pode ser utilizado um Projeto desse mas agora acredito que poderemos partir para uma participação mais efetiva , pelo menos no meu caso, bem mais.Minha escola tem um PP porém não apropriou-se dele , muitas colegas acham-no dissociado do cotidiano dos alunos e de suas expectativas.Portanto acredito que será um ótimo momento para aliar a teoria e a prática,um dos princípios norteadores desse curso.teremos reuniões para elaborar um PP , onde poderei levar as contribuições advindas desse curso e ao mesmo tempo, trazer nosso trabalho para contribuir como forma de análise.
E a psicologia sempre é um campo interessante, até porque muitas vezes nos identificamos e até nos compreendemos melhor ao abordá-la. pelo prazer que tive no Eixo I ao estuda-la, espero que essa interdisciplina continue me auxiliando , agora no trabalho com jovens e adultos.
Para todas as minhas expectativas, vejo as mesmas atitudes para alcançá-las: determinação. disposição,otimização de tempo, empenho, dedicação,participação,integração,humildade e amor ao que faço.
É com esses atributos que pretendo se Deus quiser vencer mais essa etapa.

quarta-feira, 25 de junho de 2008

importância de Estudos Sociais

Importância de Estudos Sociais no currículo escolar

Nas séries iniciais a disciplina de Estudos Sociais compreende o estudo da geografia e da história regionais, ampliando-se conforme a série ou ano em que se trabalha.
Dessa forma encontram-se inseridos aspectos locais, que são vistos como conteúdos, englobando hidrografia, clima, vegetação, relevo, história, entre outros. Observando sob essa ótica pode passar despercebido a real importância de termos, inserido em nosso currículo programático, os Estudos Sociais. Acredito que essa disciplina pode contemplar muito maios do que somente conteúdos. Estes servem de orientação para trabalharmos competências e habilidades necessárias e muito úteis em outras disciplinas também.
Inúmeras possibilidades se apresentam ao pensarmos na dimensão que Estudos Sociais podem alcançar. É através dessa disciplina que podemos levar os alunos a conscientizarem-se de seu lugar no mundo, que fazem parte de uma comunidade e que esta tem uma história construída ao longo do tempo, mas que pode ser modificada por eles. Quando observam o seu dia-a-dia , com suas atividades rotineiras , seus costumes , seu ambiente , podem ser orientados a buscar a memória de sua comunidade , fatos e hábitos que servem como registros históricos.Aí estamos trabalhando tempo e espaço com as habilidades de observar , interpretar , analisar e registrar .É importante nesse campo valorizar os relatos pessoais , a memória oral , como bem maior da comunidade , aqui trabalhando questões como etnia , religiosidade , tradição , cultura. Num momento em que se fala tanto em globalização, é natural fazermos ligações desses dados colhidos com a sua participação e/ou inserção na região e no mundo. Mas é partindo do espaço em que vive e onde tem suas experiências cotidianas que ficará mais fácil compreender essa relação com o contexto maior que estão inseridos.Não podemos mais viver como se fossemos os detentores do saber e o aluno um receptáculo desses conhecimentos.A sociedade mudou , as famílias mudaram .



O aluno hoje em dia tem mais recursos à sua disposição do que há algum tempo atrás. Faz-se necessário buscar seu interesse , atraí-los para a escola , despertar o gosto pelo saber , a curiosidade.
“Tem=se então que o conhecimento é construído cognoscente em uma relação com seu mundo exterior, encarado como objeto cognoscível. Entre a realidade e o conhecimento há, portanto, uma elaboração fecunda do aprender. ¹
Nesse ponto de vista o professor é agora um orientador, um facilitador, que através de atividades educativas, propostas e experiências, conduz os alunos a reelaborarem a sua realidade. Processo no qual o professor torna-se também um aprendente.
“Aprender é reconstruir pela descoberta.” ²
E o que se propõe em Estudos Sociais é que essa descoberta parta do espaço do aluno, daquilo que ele já sabe ou que já conhece ampliando esse conhecimento até que consiga elaborar uma noção maior de tempo e espaço, de acordo com o estágio em que se encontra.
Além disso, as matérias da escola, ou disciplinas, não podem ser consideradas de forma individualizada. não se pode compreender o espaço por exemplo , sem trabalhar com outras áreas como a biologia , a hidrografia , a geologia , flora , fauna , etc.Língua portuguesa engloba os trabalho diversos com textos ,seja para leitura , compreensão ou interpretação , como na produção individual , coletiva , elaboração de análises , pesquisas , reflexões.Em Matemática abrangemos amplas possibilidades , como trabalhos com escalas , elaboração de gráficos , de linhas de tempo , usando figuras e sólidos geométricos , grandezas e medidas , frações , algarismos romanos , etc.Podemos relacionar Estudos Sociais ainda com Artes na confecção de maquetes ,trabalhos com argila , desenhos , conhecimentos de artes , esculturas , gravuras , literaturas diversas , expressões artísticas de época e características de grupos sociais variadas , música , etc.
Mais ainda, tratando de assuntos relativos ao próprio aluno englobados por essa disciplina, de sua brida em sociedade, seus hábitos, podemos tratar de temas transversais como ética, saúde, meio ambiente, diversidade cultural. A cada vez que pensarmos em espaço que se ocupa podemos falar da questão ambiental e o que aconteceu com o meio ambiente de determinada região durante sua ocupação ou um certo período de tempo.Estando o espaço sempre mudando o que lhe dá significado e lhe traz sentido podem ser as sensações e experiências que o indivíduo traz na memória , resgatados através de lembranças e fatos relevantes para ele.Assim percebem que as mudanças ocorridas não impediram que o passado existisse e que seja lembrado.”Espaço é tempo acumulado , é história geografizada”³.Mais um motivo para tratarmos assuntos relativos ao espaço e ao tempo integradamente , ou seja , em Estudos Sociais , como por exemplo ao fazer uma linha do tempo do aluno e de sua família e/ou comunidade.
Por fim, baseando-se no autoconhecimento e reconhecendo o valor da sua comunidade acredito que o aluno fortalecerá sua auto – estima e vai consolidando uma ética necessária para se tornar cidadão, aprendendo a respeitar e valorizar também as diferenças e diversidades existentes. Mas não devemos


deixar de ampliar esses conhecimentos , pois ninguém vive em território isolado e é necessário entender como o restante do universo e da sociedade interagem e afetam nossa vida e nosso espaço , de um modo geral.
Ao estruturamos nosso trabalho partindo do conhecimento prévio de nossos alunos, suas realidades e interesses, poderemos tornar nossas aulas muito mais produtivas, eficazes e os objetivos alcançados, porque ocorrerá uma identificação dos alunos com os assuntos, lhes parecendo muito mais coerentes, relevantes e interessantes.
E trabalhar com o cotidiano com o cotidiano, com as vivências e experiências pessoais não é fator limitante para o trabalho que pode ser feito em aula. A proposta é analisar , fazer uma reflexão crítica , pensar sobre o que está tão imbuído internamente.Precisamos para efetivar essa proposta , realmente conhecer o contexto sócio cultural de nossos alunos , de suas famílias , e levá-lo a entender como o passado e a história de sua família e de sua comunidade o levaram a chegar nesse momento , dessa forma , nessas circunstâncias , compreendendo o tempo como uma sucessão de fatos.Ainda aqui a importância de Estudos Sociais estar incluído no programa curricular , pois acredito seja desejo de todo educador , propiciar aos alunos opções , visões de vida e de mundo , esclarecer , formar cidadãos adeptos de uma sociedade igualitária e democrática , sem preconceitos , onde conscientemente exerça seus deveres e saiba exigir seus direitos com responsabilidade e ética , construindo uma vida digna e contribuindo para o bem comum.Que melhor disciplina para trabalharmos esses princípios que através de Estudos Sociais , com seu caráter formador , com tantos subsídios , estratégias e recursos disponíveis para auxiliar nossos alunos a construírem sua identidade como indivíduos e como cidadãos de bem.
Simone Ribeiro – 23/06/2008

Referências bibliográficas:
1. Pilletti,Felipe - História do Rio Grande do Sul , Ed.Atica, 2006 (pensamento Piaget/Emilia Ferreiro)
2. Moreira , Igor – geografia do Rio Grande do Sul,Ed.Atica, 2006 ( frase de Paulo Freire)
3. Frase de Milton Santos, http://www.youtube.com/watch?v=IzTjR_X47pc

problemas??

Problemas não convencionais
Os problemas não convencionais no meu entendimento são aqueles que exigem do aluno uma análise mais crítica de seus dados e de seu contexto. Em sua resolução desenvolve-se a criatividade, trabalha-se com diversidade de opções e é por onde podemos conduzir o aluno a buscar várias possibilidades para solucioná-los. Não é simples exercício com objetivo de reforçar as operações matemáticas e algoritmos.Os problemas não convencionais tem significado , despertam curiosidade pela descoberta dos caminhos que o levem até a solução.Para isso serve utilizarmos fatos do dia-a-dia dos alunos , instigando-os através de situações desafiadoras que sejam incentivo na busca de diferentes estratégias para resolução desses problemas.
Ao trabalhar com esses problemas desenvolverão, porque necessitarão a criatividade e a autonomia. O professor precisa ficar atento as formas com que as crianças vão resolvendo , encontrando soluções , observando de que maneiras raciocinam , quais suas alternativas , dificuldades e habilidades , para trabalhar com e a partir delas , servindo como orientador e mediador no desenvolvimento de novas capacidades.São problemas que podem apresentar diversas características:nem todos os dados mostrados necessariamente serão empregados na sua resolução , nem sempre terão solução , o que desenvolve o senso crítico através da habilidade de duvidar , a análise reflexiva e a dedução lógica.Um problema não convencional pode ainda , oferecer várias alternativas de soluções , que o aluno descobrirá por investigações que pode ser a mais correta.
EXEMPLO DE PROBLEMA NÃO CONVENCIONAL
Numa festa de aniversário encontraram-se duas amigas que não se viam há anos. Márcia e Ana contaram de suas vidas uma para outra.Márcia disse que trabalha as terças , quintas-feiras e sábados.Ana trabalha as segundas , quartas e sextas-feiras .As duas descansam e se divertem nos dias em que não trabalham.
Em qual dia elas se encontraram nessa festa de aniversário?
Simone Ribeiro

domingo, 22 de junho de 2008

Material citado em matemática






















Descobrir frações equivalentes a partir de uma outra fração.

frações e medidas

Antes de falarmos em frações, seu conceito e significação é importante termos trabalhado com as medidas e grandezas. Dessa forma os alunos conseqüentemente chegarão à dedução da necessidade de conhecerem os números racionais e de sua utilização,porque poderão perceber que precisarão representar partes de alguma coisa.Para essa representação,os números naturais que estão acostumados a utilizar,não são suficientes para o que precisará, resolver situações envolvendo pedaços , porções do todo.
Também ao introduzirmos as frações associando a idéia de medida, estaremos unindo essas duas idéias, o que ajudará as crianças mais além, a reconhecer as frações como números também.
Acho importante também, propiciar situações em que possam surgir diversas soluções vindas dos alunos e depois conversas sobre essas soluções e a forma como chegaram até elas.
No começo podemos relacionar o uso das frações a momentos do cotidiano, mostrando situações em que o uso dos números naturais não representa a quantidade que se quer. Todos os dias lidamos com pedaços , partes , porcentagens ; em contextos os mais variados e podemos aproveitar esses exemplos para tentar mostrar seu uso da forma mais variada possível.


* Algumas atividades como sugestão
a) usando uma régua cada aluno traça o seu contorno no caderno. Tentar dividir o desenho / contorno em partes iguais. Fazer vários desenhos, dividindo em 5, 6, 4, 3... partes iguais.

b) Com apoio do material de sucata (palitos de picolé, de fósforo, tampinhas) colocado em cima da mesa: cada aluno reparte o total em grupos semelhantes que visualmente pareçam ter ficado do mesmo tamanho. Contar a quantidade de material e relatar se continha a mesma, se estava muito ou pouco perto dos grupos serem iguais.

c) Em um pedaço de barbante de 50 cm darmos vários nós na tentativa de dividi-lo em seis partes iguais. Depois a professora orienta-os a dobrar o barbante para que fique dobrado em seis partes iguais. Então conferem se coincidem as dobraduras com os nós feitos anteriormente.

d) usar o Tangran (jogo chinês com partes de uma figura geométrica) antes de iniciar com frações podem “brincar” com o Tangran juntamente com outros jogos e até nos momentos de lazer. Pedir que os alunos tentassem formar figuras com as peças do jogo.

http://www.projetos.unijui.edu.br/matematica/amem/cabri_2/cabri2/area_peri_polig/tangran/recortar_quadrado.htm

e) Organizar a turma em grupos de três alunos e dar a cada grupo um conjunto de círculos, divididos em diferentes quantidades de partes, em número igual. Pedir que montassem o círculo utilizando peças/partes do mesmo tamanho. Contar quantas partes usou. Ir anotando no caderno o que está fazendo.

f) Distribuir pizzas, bolos, chocolates, enfim, torna-se a época da comilança. Utilizando as partes para levar à compreensão de que fazem parte de um todo que foi repartido igualmente.
Enquanto fazemos as divisões, desenhar o alimento e os “alunos” no quadro. Daí , vai-se fazendo variados tipos de desenhos.

g) Fazer vários desenhos e experimentações perguntando aos alunos, por exemplo, se é mais ou menos da metade.
* Dois copos com diferentes medidas de água, um cheio, outro mais ou menos que a metade.


















































Representar 15 na primeira figura e depois nas demais pintar na mesma proporção.
Como vamos ler?

Perguntas ???????

Fiquei muito satisfeita comigo ao refletir sobre o assunto sugerido: trabalhar com perguntas com os alunos. Esse sentimento veio porque por intuição já há algum tempo venho agindo em busca de um caminho melhor para a aprendizagem de meus alunos. tenho procurado aproveitar ao máximo as perguntas que surgem e criar um clima favorável para que surjam muitas mais.
Quando me fazem perguntas, não lhes dou prontamente a resposta. Procuro sempre levá-los a raciocinar sobre o que me perguntam.Devolvo a resposta sob forma de outra pergunta e assim sucessivamente até que cheguem a resposta que procuram por si mesmos.Sempre me questionei a respeito das “decorebas” , de gravar as informações por obrigação.Acho útil decorar as tabuadas , mas de nada servirão se não compreenderem o que é , como funciona e prá que serve o processo da multiplicação ,por exemplo. Nessa linha de pensamento que conduzo meu trabalho. Já consigo ouvir meus alunos, suas inquietações, seus anseios. E meu objetivo tem sido alcançado gradualmente. Procuro esforçar-me para melhorar minha relação com eles. Meu exemplo vem apoiado na sinceridade e na ética.
Falo daquilo que acredito e acredito naquilo que falo. tento criar um ambiente propício para as perguntas surgirem.evito ao máximo tornar seus questionamentos desnecessários.Em todas minhas aulas procuro levar a um pensamento crítico , à reflexão e a liberdade de expressão.Às vezes não é nada fácil , pois a maioria já está doutrinada no sistema do “cala a boca,quem manda sou eu”.
Um exercício que tenho praticado é buscar até nas perguntas mais descabidas (aquelas que alguns alunos fazem sem pensar, que não tem sentido naquele momento, ou só para atrapalhar a aula, chamar atenção...) algo que possa conduzir a uma reflexão, ou que se torne instigante, para formular novas perguntas ou novas argumentações.
E como estou sempre perguntando, querendo saber algo, acredito que incentivo isso nos meus alunos.
Procuro sim, ler as sugestões contidas nos rodapés e cantos dos livros didáticos de professor, e acredito que me auxilia bastante na forma de conduzir as discussões.
O mais importante é que aprendi a conversar com meus alunos, dar-lhes espaço, ouvir suas colocações.
Tudo que eles expõem tem importância para mim. Eles percebem isso , o que os torna mais confiantes e desafiadores de suas próprias limitações.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

atividade de matemática com papel quadriculado

ATIVIDADE EF 5
ATIVIDADE PARA SER DESENVOLVIDA COM USO DO PAPEL QUADRICULADO

I PARTE:
Distribuir para manuseio um mapa dop RS confeccionado em folha de RX.
Distribuir folhas de papel quadriculado e ensinar a colocar as referências , números e letras , indicando as linhas.


II PARTE
Escrever no quadro verde as "coordenadas" a serem seguidas.Sugerir nessa primeira vez,que marquem com pontinhos onde as linhas se encontram.Em outras oportunidades pedir que inventem suas maneiras de ir marcando o trajeto.
Cada pontinho deve ser ligado ao outro na ordem colocada.
O produto final deve ser muito parecido com o mapa que manusearam e sugerir que confiram.

III PARTE
Poderão colorir os quadradinhos e meios quadradinhos que tiverem percorrido.Solicitar que escolham um número e localização de quadrados para representar a lagoa dos patos e a Mirim.


trabalhando com papel quadriculado

Fotos da atividade EF% que não consegui publicar no pbwiki.

ATIVIDADE EF 5
ATIVIDADE PARA SER DESENVOLVIDA COM USO DO PAPEL QUADRICULADO

I PARTE:
Distribuir para manuseio um mapa dop RS confeccionado em folha de RX.
Distribuir folhas de papel quadriculado e ensinar a colocar as referências , números e letras , indicando as linhas.

terça-feira, 3 de junho de 2008

atividade tempo e espaço de estudos sociais

ESTÁGIOS DO PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DE TEMPO 1º - Sensório motor: ligado as ações e experiências imediatas,passa pelo antes e pelo depois do que ele fez e depois para ações de outras pessoas. 2º - Intuitivo: Apóia-se na percepção espacial para calcular o tempo ( 9-10 anos) organiza os fatos pela sua dedução.3º - Operatório: Organiza os fatos baseado na compreensão de conjunto das relações de sucessão,simultaneidade e intervalos,ou seja, das durações.Ligação entre egocentrismo e reversibilidade numa relação inversa

ATIVIDADE COM CRIANÇAS Fiz a atividade sugerida na página 83 do livro : ANTUNES, Aracy do Rego; MENANDRO, Heloisa Fesch; PAGANELLI, Tomoko Iyda. Estudos Sociais: Teoria e Prática. Rio de Janeiro, ACCESS, 1999.


GIOVANNI:






· Giovanni Salvatori, 12 anos, 6ª série. Fez os desenhos muito mais rapidamente, não entendendo porque pedi tarefa tão simples.Quando separei os desenhos de recipientes e misturei, agiu rapidamente para ordená-los.Percebi que encontra-se claramente no estágio operatório pois utilizou sua compreensão dos fatos apresentados , estava concentrado e consciente da noção de que ao tempo que um recipiente esvaziava , enchia o outro.
LOUISE:



Louise Azambuja, 7 anos, 2º ano.
Fez os desenhos naturalmente , inclusive achando muito fácil a tarefa. Ordenou corretamente os copos e as jarras, primeiramente na sequência que foi feita realmente e depois de recortadas as duplas, também conseguiu , ordenar os desenhos.Analiso como estando Lousie no estágio sensório – motor , pois pelo que percebi usou o que lembrava,sua experiência,o que tinha feito para organizar os seus desenhos.





sábado, 3 de maio de 2008

Plano de estudos - versão final

Link para:
plano de estudos
Versão final

Rio Grande do Sul X MatemáticaXpedagogia da autonomia

Resolvi não só fazer um levantamento dos assuntos, mas também colocar o porque os acho desafiadores.Adoro trabalhar com Estudos Sociais, porém vejo muita dificuldade em levar assuntos às vezes muito além do imaginável ou da realidade dos alunos.E alguns passaram a ser verdadeiros desafios no sentido de que métodos e estratégias eu usaria para torná-los interessantes.Gosto muito desses livros¹ com que trabalho há dois anos, porém em alguns momentos o vocabulário sai muito do usual dos alunos e torna difícil a compreensão.No entanto o que mais me chama atenção neles é o encarte do manual do professor.De lá retirei algumas questões para colocar nessa atividade.
Foi a primeira vez que olhei com atenção o manual de um livro didático (que feio!)e me dei conta quantas vezes criticamos esse recurso sem estudá-lo na íntegra.O livro didático de matemática me parece muito mais útil,adequado e sensato depois que passei a estudar os materiais indicados na disciplina do PEAD e a partir dali comecei a entender a proposta do mesmo.

Livros didáticos de Estudos Sociais:

1. Referências bibliográficas:
Moreira, Igor-Geografia: Rio Grande do Sul, São Paulo, Ática, 2004.
Piletti, Felipe – História:Rio Grande do Sul,São Paulo,2004.

“Dessas considerações resulta que em ciência, não há verdades absolutas nem conhecimento definitivo; ele deve estar em permanente reelaboração. Isso vale para alunos e professores, cada qual em seu nível de domínio cognitivo da matéria tratada”.

De tudo isso ainda posso relacionar com o começo do livro que estou lendo Pedagogia da autonomia.E preciso ter ética para ensinar,mas uma ética que parta de dentro,que seja verdadeira em seu propósito.Não adianta abrir um livro,mandar ler ou copiar.Repetir a matéria como um gravador.É preciso que façamos daquele discurso,o nosso autêntico discurso.Ter firmeza e acreditar no que estamos dizendo,conscientes de nosso papel e de nossa influência no ensino aprendizagem,senão viveremos num vazio e numa insatisfação eternos.

domingo, 20 de abril de 2008

sábado, 19 de abril de 2008

Pensei , já que estou por aqui vou aproveitar e registrar a "febre peadiana" que me pegou.Acho que não foi nenhum mosquito , até porque lá na escola talvez eu seja o próprio mosquito ...

Bem, cansada da sujeira (funcionária aposentou-se,funcionário que ficou enfeita a escola) e da velha sala na qual passo a maior parte do meu dia...
Pensando no desanimo de meus alunos quando entram nessa sala...
Pensando também porque ali não pode ser um lugar mais agradável..Por quê??? Porquê não????
Bem, fui chamada de louca, boba (fazendo obra para o governo)
Mas não lembro da senhora secretária nem da excelentíssima srª Yeda estudarem no Ana Neri, mas...
Enfim...
Lembrei até da atividade que fizemos no primeiro semestre,Com um novo olhar minha sala de aula...
Surtei quando o vírus da matemática me atacou junto com a bactéria da "pedagogia da autonomia",aí a crise foi total! Reuni os alunos.Cada dia um trazia merenda,vendiam.Eram números e mais números,cálculos e mais cálculos.O dinheiro foi crescendo,o valor também.As contas ficaram maiores e a empolgação também!Tudo era motivo de contas!!!!!
Aí veio a febre!A febre da transformação,e o resultado está aí ao lado!!Veja as fotos! passei uma semana inteira tirando móveis do lugar,limpando paredes,lixando...Depois veio a pintura:da sala, da porta ,dos armários.Não contente , troquei a decoração.A sala está cheia de pufs e com cortinas novas.Escolhi tudo com maior amor do mundo!!
Detalhe sórdido,comentou-se a boca pequena que tudo isso fiz almejando a direção! hahahahahahahahahahahahahahahahahahahahah
Que piada!Logo agora que descobri que sou muito mais útil para a humanidade dentro da sala de aula!É colegas,o vírus pegou mesmo,e talvez o povo do Ana Neri tenha razão:estou louca!!
Mas já diziam os Mutantes:Mais louco é quem me diz que não é feliz!!!
bem,mas não terminou aí.Gastei 162 reais e tínhamos 58,50 em caixa (detalhe,arrecadados em 2 semanas)Após (mais) contas os alunos descobriram que falatava dinheiro (eureca) e resolveram voltar a vender merenda semana que vem para cobrir os gastos que tivemos, e depois na outra para arrecadar passagem para aqueles que não tiverem para irmos ao passeio no barco Martim Pescador (viu prof.Edson o senhor também é culpado da virose) onde trataremos de conhecimentos de preservação ambiental e localização do Guaíba e nossa na cidade (Estudos Sociais).gente,estão percebendo?!?
Ah, e depois ,vai ser prá comprar material esportivo para nossas turmas ,como bolas,cordas,bambolês e sei lá mais o quê!Afinal os coitadinhos foram contaminados.Além deles ,os pais é claro.Poucos ,mas o suficiente prá todas essas mudanças.E sei que esses vão contagiar outros,é certo!!!!
Bem ,não consegui dar conta de todas minhas tarefas do PEAD essa semana , inclusive estou atrasada com Seminário e meu plano de estudos e também com Ciências.Paciência,acho que é a primeira vez desde que ingressei no curso,mas com certeza,prá mim vai valer a pena a correria e o atraso.Tive até pena de deixar minha sala na sexta feira.Depois das fotos já houveram outras mudanças - reformas.Agora tem até um pai que vai conseguir uma lixadeira emprestada prá gente passar um sinteko no chão.Planos...
Resumindo,os alunos AMARAM! Estão mais calmos e amáveis,interessados e amigos,meus principalmente!Estou muito feliz!
Bom feriado a todos!
Ah! Olhem as fotos!

dificuldades ao ensinar cálculos



registro essa atividade de matemática porque me chamou atenção a várias mudanças que vem ocorrendo em minhas aulas após o início desse curso.
Como vocês trabalham as quatro operações com seus alunos?
Sempre começava o ano com as quatro operações ao mesmo tempo.Fui percebendo a grande dificuldade dos alunos em relação há alguns processos “básicos” necessários em sua compreensão para realização de outros cálculos.Então, faz dois anos que parto do que os alunos sabem, ou que tem como pré-requisito.Então antes de iniciar a multiplicação e/ou divisão, retomo a adição por um bom tempo e a subtração.Percebendo que a maioria consegue efetuar variados tipos dessas operações, passo as outras duas.
Quais são as maiores dificuldades apresentadas por eles?A primeira dificuldade que percebo é no momento de armar a conta.O valor relativo do algarismo não está assimilado então cinco unidades podem passar a ser colocada na “casinha” das centenas.Aliás, a concepção das ordens raramente está clara para os alunos que recebo na turma, por vezes nem o sistema de numeração.Gera outra dificuldade, a noção de por onde iniciar a operação, por qual ordem.
Perceber que do zero não se pode tirar nada, porque ele não tem, é a representação do próprio nada faz com que eles invertam a conta, diminuindo de baixo para cima, por exemplo.
Noto com isso, que os alunos não tem noções básicas assimiladas, algumas consideradas pré-requisitos na 3ª e 4ª séries para poder seguir o que me indica o currículo dessas séries.
Outra dificuldade se apresenta na hora de “pedir emprestado” nas subtrações, ás vezes eles fazem como no zero, subtraem de baixo para cima.Outras vezes eles somam.Agora estudando os processos de aprendizagem, as formas de ajudar o raciocínio matemático e todo esse material sobre campo aditivo, vejo como é desperdício ficar colocando os conteúdos para cumpri o currículo, se não aprendem o essencial, fazer contas de cabeça, usar o raciocínio dedutivo, encontrar hipóteses e possíveis soluções.
Como vocês as "contornam"?
Procuro utilizar material concreto como palitos, tampinhas, mas não tinha usado como apresentado no vídeo.Gosto de usar o dominó de contas, de um lado as operações e no outro dominó se procura a ponta com a resposta para poder encaixar.O bingo também, uso “cantando” a operação e o número da cartela deve ser a resposta.
Além disso, retomo toda noção de cada ordem.Procurava usar o caderno para esse conteúdo e quando comecei com material concreto, houve uma resistência porque a maioria trabalha com reciclagem, aproveitando financeiramente quase todo tipo de sucata.
Também utilizo um livro didático.Não era muito adepta de livros que recebíamos, afinal nunca era nenhum dos que havíamos escolhido previamente.Mas esse ano consegui compreender esse de matemática que tenho utilizado bastante, pois acredito que os exercícios são bastante adequados e de acordo com a forma que tento ensinar as ordens e trabalhar o sistema decimal.Esse livro simula o uso do material dourado (que infelizmente só temos um exemplar na escola). A partir daí, começo a armar as contas dentro das “casinhas” ( QVL ).
Para trabalhar o entendimento de que o zero representa o nada, utilizo tudo que estiver a disposição. Esvazio estojo, mostro folha em branco, peço que façam o mesmo, tiro todos da sala ou pergunto se estão todos na sala quantos na fila e depois representamos essas situações com o zero.Também utilizo uma música que encontrei num cd de tabuadas, cantando eles vão gravando a informação.
Além disso, para resolver a s operações digo que contem onde der, na cabeça, nos dedos, nos palitinhos.Que podem juntar, tirar, agrupar, enfim, que tentem resolver.

quarta-feira, 9 de abril de 2008

NÚMEROS E OPERAÇÕES

Números e operações – Atividade 2
Para uma turma de terceira série

ATIVIDADE ELABORADA
Como estamos trabalhando com regras de convivência, temos na sala um quadro-mural, onde estão listados os itens sugeridos pelos alunos para serem observados no dia-a-dia.Cada item tem um símbolo que representa uma avaliação que é feita por eles mesmos todos os dias da semana.
Resolvi adaptar segundo as referências que li² para fazer essa atividade de matemática, colocando em cada símbolo um número (valor).

Na final de cada dia, somamos a pontuação recebida em cada item, trocando mentalmente o símbolo por seu valor de pontos.Após essa dedução inicial foram surgindo outros questionamentos.Quanto preciso para chegar ao máximo de pontos possível de alcançar se eles conseguissem todos itens com corações, por exemplo.O mesmo vale para se conseguirem todos com estrelas.
Alguns sugeriram que refizéssemos os cálculos analisando quanto estamos perto do pior conceito, sendo tudo zero.Eles mesmos deduziram que ficariam com o mesmo valor, pois zero sendo representação de nada, não teríamos nada para tirar, resultando sempre o número de partida.Então propus que calculassem a partir do concito “triângulo”, pontuação 4 em todos os itens.
No final, somada a pontuação, ficou anotada no mural e na sexta-feira serão somadas notas de todos os dias da semana.Colocarei fotos no meu blog.





OBSERVAÇÕES
Poucos participavam no início, achei até que por dificuldade de efetuar os cálculos mentalmente.Mas depois notei que ao perceberem que os colegas que tinham “coragem” de dar suas respostas normalmente estavam acertando podendo ser idênticas às que guardavam para si e que mesmo se erravam, não tinha nenhum tipo de reprimenda, foram ganhando confiança e aumentou consideravelmente a participação efetiva na atividade.
Na quarta – feira já sabiam os valores da cada símbolo sem olhar na tabela.Alguns contaram nos dedos e outros rabiscaram na classe, ou no caderno, palitinhos, bolinhas.
Quando os valores aumentaram, logo que passaram de quarenta, começaram a pedir para armar no caderno, pois era mais fácil.Então aproveitei para testar a sugestão da revista.Eles me disseram que assim é fácil, porque também, é só desmanchar o número!Estando em partes menores, depois é só juntar de novo (associação na adição).E a partir daí surgiram outras soluções.




ADAPTAÇÕES
Gostaria de mais além, trabalhar com comparações de valores de um dia para o outro, de uma semana para outra.usando diferenças.
Fazer também somas por itens, por exemplo, qual foi à média dessa semana para o item “fila”.Analisar a partir daí se os acontecimentos foram positivos, onde podemos melhorar.
Tentei encontrar uma alternativa no que fazer quando os que têm o raciocínio do cálculo mental mais acelerado e já dizem a resposta antes mesmo da maioria sequer começar a efetuar o processo.Pensei então, em pedir que escrevam a resposta numa folha e que conferimos depois.Tirou um pouco da agitação e da euforia, mas assim todos puderam participar da atividade.

REFERÊNCIAS
1. http://revistaescola.abril.com.br/edicoes/0201/aberto/teoria.pdf
2. http://revistaescola.abril.com.br/edicoes/0200/aberto/teoria.pdf
Quando me dei conta da minha ansiedade anterior à apresentação da minha síntese, ao mesmo tempo me coloquei no lugar dos meus alunos.Aliás, esse tipo de solidariedade tem acontecido bastante desde que iniciei o PEAD.Fiquei pensando se eu tinha feito todas as atividades, preparei meu portfólio e a síntese para apresentá-lo, se eu que todos os dias falo em público e domino a oratória estava naquela insegurança imaginei os meu alunos então...Passei a ver a leitura oral sobre outra ótica.
O melhor de tudo foi o apoio das colegas, incentivando e tentando diminuir a minha insegurança.Fiquei admirada com a apresentação das colegas, pois cada uma trouxe um aspecto estudado no semestre com pouquíssimas repetições de assunto.
Minha maior apreensão era os 10 minutos, os quais achava que não conseguiria preencher, que não teria tanto para falar.
Qual a minha surpresa ao término da apresentação percebo que não falara tudo que tinha anotado e pretendido colocar ao grupo.
Empolguei-me com a s experiências práticas relativas à música, teatro e literatura, as quais fui colocando naturalmente os conhecimentos adquiridos e hoje concluo que foi tão fácil porque assimilei realmente, e por experimentação, por vivência e prática.Ou seja, tudo que estudei e aprendi na teoria, tive a oportunidade de colocar em prática e fazer observações e reflexões à cerca.
Senti mais dificuldade realmente na disciplina de ludicidade, porque gostaria de ter estudado e lido todos os materiais que me dispuseram, mas realmente não tive tempo para isso devido às exigências da escola consegui fazer só o realmente necessário.Se tivesse outro semestre com essa disciplina acharia ótimo, envolve assuntos que me interessam muito.Na disciplina de Artes também gostaria de ter me aprofundado mais, mas vejo que a semente já está brotando, pois tenho trabalhado bem mais com as produções livres, de técnicas variadas e que propiciem as construções pessoais, utilizando a crítica, análise e percepção próprias.
O que me chama atenção, é que, no começo desse semestre 2008, aquilo que realmente aprendi me marcou de tal forma que esses conhecimentos surgem naturalmente conforme as novas disciplinas e suas novas atividades vão surgindo e solicitando-os.

domingo, 30 de março de 2008

link para minha linha do tempo

Visitando outros blogs de colegas,acho que uns dez agora à noite, encontrei a linha de tempo da Mara.Bastante diferente da forma que eu fiz,bem mais aplicada a área da informática.Fiquei me perguntando se não deixei o emocional falar alto demais devido às lembranças e acabei esquecendo um pouco da informática...Mas achei ótimo o trabalho da colega,da mais alta qualidade,parabéns!!!
Neuza,comparando nossas linhas de tempo,vi que conseguiste captar mais detalhes,foste mais além do que eu.Achei muito completa e enriquecedora tua descrição dos fatos.Parabéns!
Não consegui ver outras,talvez amanhã,ou depois...De qualquer forma o sono está vencendo a batalha hehehe
Beijos
Minha linha do tempo pode ser visualizada aqui:

http://www.xtimeline.com/timeline/Inform-225-tica-da-educa-231-227-o-no-Brasil-x-minha-vida

linha do tempo-reflexão

Nossa,foi incrível,entrei no túnel do tempo!!!
Li os textos e depois comecei a procurar algum material que me ajudasse a lembrar o que eu fazia naqueles períodos.
Encontrei (bem escondido) um antigo diário desde 1978 até 1989!!
gente,como eu "falava" com Jesus.Eu escrevia cartas e cartas prá ele.Quando foi (e porque foi que eu deixei de fazer isso?
Como as amizades eram importantes na minha adolescêcia,prá elas eu sempre tinha tempo.E como todo adolescente eu me sentia altamente incompreendida.Algumas fases me causaram muita tristeza lembrar.Como quando tive de abandonar a faculdade...Mas com outras eu ri muito sozinha.
Cheguei a pesquisar no you tube os seriados que via quando era criança,de Vila Sésamo,Ultraman,Poderosa Ísis e o Sítio do Pica Pau.Quiz fazer uma comparação com os de agora e suas idéias.
Como eu era feliz e não sabia.
Mas valeu,foi muito bom.Os momentos ruins me fizeram concluir que tudo passa e que não fica sempre ruim!
A minha vida melhorou muito em todos aspectos e eu como pessoa,cresci muito.As transformações na área da informática foram demoradas e de uma luta constante,mas estão aí,cada vez com força maior.Acompanhando as transformações do país e como a própria educação,andando à passos lentos,crescendo na medida que se buscava transformações também na educação,década de 70.Hoje se tornou um dos maiores apoios na área da educação,tudo se busca na internet,e se encontra.Lembro quando surgiram na mídia os primeiros computadores,parecia algo futurista,tão distante...
Só lamento que todas pessoas,principalmente alunos,não tenham acesso à este aliado que é o computador.