domingo, 20 de abril de 2008

sábado, 19 de abril de 2008

Pensei , já que estou por aqui vou aproveitar e registrar a "febre peadiana" que me pegou.Acho que não foi nenhum mosquito , até porque lá na escola talvez eu seja o próprio mosquito ...

Bem, cansada da sujeira (funcionária aposentou-se,funcionário que ficou enfeita a escola) e da velha sala na qual passo a maior parte do meu dia...
Pensando no desanimo de meus alunos quando entram nessa sala...
Pensando também porque ali não pode ser um lugar mais agradável..Por quê??? Porquê não????
Bem, fui chamada de louca, boba (fazendo obra para o governo)
Mas não lembro da senhora secretária nem da excelentíssima srª Yeda estudarem no Ana Neri, mas...
Enfim...
Lembrei até da atividade que fizemos no primeiro semestre,Com um novo olhar minha sala de aula...
Surtei quando o vírus da matemática me atacou junto com a bactéria da "pedagogia da autonomia",aí a crise foi total! Reuni os alunos.Cada dia um trazia merenda,vendiam.Eram números e mais números,cálculos e mais cálculos.O dinheiro foi crescendo,o valor também.As contas ficaram maiores e a empolgação também!Tudo era motivo de contas!!!!!
Aí veio a febre!A febre da transformação,e o resultado está aí ao lado!!Veja as fotos! passei uma semana inteira tirando móveis do lugar,limpando paredes,lixando...Depois veio a pintura:da sala, da porta ,dos armários.Não contente , troquei a decoração.A sala está cheia de pufs e com cortinas novas.Escolhi tudo com maior amor do mundo!!
Detalhe sórdido,comentou-se a boca pequena que tudo isso fiz almejando a direção! hahahahahahahahahahahahahahahahahahahahah
Que piada!Logo agora que descobri que sou muito mais útil para a humanidade dentro da sala de aula!É colegas,o vírus pegou mesmo,e talvez o povo do Ana Neri tenha razão:estou louca!!
Mas já diziam os Mutantes:Mais louco é quem me diz que não é feliz!!!
bem,mas não terminou aí.Gastei 162 reais e tínhamos 58,50 em caixa (detalhe,arrecadados em 2 semanas)Após (mais) contas os alunos descobriram que falatava dinheiro (eureca) e resolveram voltar a vender merenda semana que vem para cobrir os gastos que tivemos, e depois na outra para arrecadar passagem para aqueles que não tiverem para irmos ao passeio no barco Martim Pescador (viu prof.Edson o senhor também é culpado da virose) onde trataremos de conhecimentos de preservação ambiental e localização do Guaíba e nossa na cidade (Estudos Sociais).gente,estão percebendo?!?
Ah, e depois ,vai ser prá comprar material esportivo para nossas turmas ,como bolas,cordas,bambolês e sei lá mais o quê!Afinal os coitadinhos foram contaminados.Além deles ,os pais é claro.Poucos ,mas o suficiente prá todas essas mudanças.E sei que esses vão contagiar outros,é certo!!!!
Bem ,não consegui dar conta de todas minhas tarefas do PEAD essa semana , inclusive estou atrasada com Seminário e meu plano de estudos e também com Ciências.Paciência,acho que é a primeira vez desde que ingressei no curso,mas com certeza,prá mim vai valer a pena a correria e o atraso.Tive até pena de deixar minha sala na sexta feira.Depois das fotos já houveram outras mudanças - reformas.Agora tem até um pai que vai conseguir uma lixadeira emprestada prá gente passar um sinteko no chão.Planos...
Resumindo,os alunos AMARAM! Estão mais calmos e amáveis,interessados e amigos,meus principalmente!Estou muito feliz!
Bom feriado a todos!
Ah! Olhem as fotos!

dificuldades ao ensinar cálculos



registro essa atividade de matemática porque me chamou atenção a várias mudanças que vem ocorrendo em minhas aulas após o início desse curso.
Como vocês trabalham as quatro operações com seus alunos?
Sempre começava o ano com as quatro operações ao mesmo tempo.Fui percebendo a grande dificuldade dos alunos em relação há alguns processos “básicos” necessários em sua compreensão para realização de outros cálculos.Então, faz dois anos que parto do que os alunos sabem, ou que tem como pré-requisito.Então antes de iniciar a multiplicação e/ou divisão, retomo a adição por um bom tempo e a subtração.Percebendo que a maioria consegue efetuar variados tipos dessas operações, passo as outras duas.
Quais são as maiores dificuldades apresentadas por eles?A primeira dificuldade que percebo é no momento de armar a conta.O valor relativo do algarismo não está assimilado então cinco unidades podem passar a ser colocada na “casinha” das centenas.Aliás, a concepção das ordens raramente está clara para os alunos que recebo na turma, por vezes nem o sistema de numeração.Gera outra dificuldade, a noção de por onde iniciar a operação, por qual ordem.
Perceber que do zero não se pode tirar nada, porque ele não tem, é a representação do próprio nada faz com que eles invertam a conta, diminuindo de baixo para cima, por exemplo.
Noto com isso, que os alunos não tem noções básicas assimiladas, algumas consideradas pré-requisitos na 3ª e 4ª séries para poder seguir o que me indica o currículo dessas séries.
Outra dificuldade se apresenta na hora de “pedir emprestado” nas subtrações, ás vezes eles fazem como no zero, subtraem de baixo para cima.Outras vezes eles somam.Agora estudando os processos de aprendizagem, as formas de ajudar o raciocínio matemático e todo esse material sobre campo aditivo, vejo como é desperdício ficar colocando os conteúdos para cumpri o currículo, se não aprendem o essencial, fazer contas de cabeça, usar o raciocínio dedutivo, encontrar hipóteses e possíveis soluções.
Como vocês as "contornam"?
Procuro utilizar material concreto como palitos, tampinhas, mas não tinha usado como apresentado no vídeo.Gosto de usar o dominó de contas, de um lado as operações e no outro dominó se procura a ponta com a resposta para poder encaixar.O bingo também, uso “cantando” a operação e o número da cartela deve ser a resposta.
Além disso, retomo toda noção de cada ordem.Procurava usar o caderno para esse conteúdo e quando comecei com material concreto, houve uma resistência porque a maioria trabalha com reciclagem, aproveitando financeiramente quase todo tipo de sucata.
Também utilizo um livro didático.Não era muito adepta de livros que recebíamos, afinal nunca era nenhum dos que havíamos escolhido previamente.Mas esse ano consegui compreender esse de matemática que tenho utilizado bastante, pois acredito que os exercícios são bastante adequados e de acordo com a forma que tento ensinar as ordens e trabalhar o sistema decimal.Esse livro simula o uso do material dourado (que infelizmente só temos um exemplar na escola). A partir daí, começo a armar as contas dentro das “casinhas” ( QVL ).
Para trabalhar o entendimento de que o zero representa o nada, utilizo tudo que estiver a disposição. Esvazio estojo, mostro folha em branco, peço que façam o mesmo, tiro todos da sala ou pergunto se estão todos na sala quantos na fila e depois representamos essas situações com o zero.Também utilizo uma música que encontrei num cd de tabuadas, cantando eles vão gravando a informação.
Além disso, para resolver a s operações digo que contem onde der, na cabeça, nos dedos, nos palitinhos.Que podem juntar, tirar, agrupar, enfim, que tentem resolver.

quarta-feira, 9 de abril de 2008

NÚMEROS E OPERAÇÕES

Números e operações – Atividade 2
Para uma turma de terceira série

ATIVIDADE ELABORADA
Como estamos trabalhando com regras de convivência, temos na sala um quadro-mural, onde estão listados os itens sugeridos pelos alunos para serem observados no dia-a-dia.Cada item tem um símbolo que representa uma avaliação que é feita por eles mesmos todos os dias da semana.
Resolvi adaptar segundo as referências que li² para fazer essa atividade de matemática, colocando em cada símbolo um número (valor).

Na final de cada dia, somamos a pontuação recebida em cada item, trocando mentalmente o símbolo por seu valor de pontos.Após essa dedução inicial foram surgindo outros questionamentos.Quanto preciso para chegar ao máximo de pontos possível de alcançar se eles conseguissem todos itens com corações, por exemplo.O mesmo vale para se conseguirem todos com estrelas.
Alguns sugeriram que refizéssemos os cálculos analisando quanto estamos perto do pior conceito, sendo tudo zero.Eles mesmos deduziram que ficariam com o mesmo valor, pois zero sendo representação de nada, não teríamos nada para tirar, resultando sempre o número de partida.Então propus que calculassem a partir do concito “triângulo”, pontuação 4 em todos os itens.
No final, somada a pontuação, ficou anotada no mural e na sexta-feira serão somadas notas de todos os dias da semana.Colocarei fotos no meu blog.





OBSERVAÇÕES
Poucos participavam no início, achei até que por dificuldade de efetuar os cálculos mentalmente.Mas depois notei que ao perceberem que os colegas que tinham “coragem” de dar suas respostas normalmente estavam acertando podendo ser idênticas às que guardavam para si e que mesmo se erravam, não tinha nenhum tipo de reprimenda, foram ganhando confiança e aumentou consideravelmente a participação efetiva na atividade.
Na quarta – feira já sabiam os valores da cada símbolo sem olhar na tabela.Alguns contaram nos dedos e outros rabiscaram na classe, ou no caderno, palitinhos, bolinhas.
Quando os valores aumentaram, logo que passaram de quarenta, começaram a pedir para armar no caderno, pois era mais fácil.Então aproveitei para testar a sugestão da revista.Eles me disseram que assim é fácil, porque também, é só desmanchar o número!Estando em partes menores, depois é só juntar de novo (associação na adição).E a partir daí surgiram outras soluções.




ADAPTAÇÕES
Gostaria de mais além, trabalhar com comparações de valores de um dia para o outro, de uma semana para outra.usando diferenças.
Fazer também somas por itens, por exemplo, qual foi à média dessa semana para o item “fila”.Analisar a partir daí se os acontecimentos foram positivos, onde podemos melhorar.
Tentei encontrar uma alternativa no que fazer quando os que têm o raciocínio do cálculo mental mais acelerado e já dizem a resposta antes mesmo da maioria sequer começar a efetuar o processo.Pensei então, em pedir que escrevam a resposta numa folha e que conferimos depois.Tirou um pouco da agitação e da euforia, mas assim todos puderam participar da atividade.

REFERÊNCIAS
1. http://revistaescola.abril.com.br/edicoes/0201/aberto/teoria.pdf
2. http://revistaescola.abril.com.br/edicoes/0200/aberto/teoria.pdf
Quando me dei conta da minha ansiedade anterior à apresentação da minha síntese, ao mesmo tempo me coloquei no lugar dos meus alunos.Aliás, esse tipo de solidariedade tem acontecido bastante desde que iniciei o PEAD.Fiquei pensando se eu tinha feito todas as atividades, preparei meu portfólio e a síntese para apresentá-lo, se eu que todos os dias falo em público e domino a oratória estava naquela insegurança imaginei os meu alunos então...Passei a ver a leitura oral sobre outra ótica.
O melhor de tudo foi o apoio das colegas, incentivando e tentando diminuir a minha insegurança.Fiquei admirada com a apresentação das colegas, pois cada uma trouxe um aspecto estudado no semestre com pouquíssimas repetições de assunto.
Minha maior apreensão era os 10 minutos, os quais achava que não conseguiria preencher, que não teria tanto para falar.
Qual a minha surpresa ao término da apresentação percebo que não falara tudo que tinha anotado e pretendido colocar ao grupo.
Empolguei-me com a s experiências práticas relativas à música, teatro e literatura, as quais fui colocando naturalmente os conhecimentos adquiridos e hoje concluo que foi tão fácil porque assimilei realmente, e por experimentação, por vivência e prática.Ou seja, tudo que estudei e aprendi na teoria, tive a oportunidade de colocar em prática e fazer observações e reflexões à cerca.
Senti mais dificuldade realmente na disciplina de ludicidade, porque gostaria de ter estudado e lido todos os materiais que me dispuseram, mas realmente não tive tempo para isso devido às exigências da escola consegui fazer só o realmente necessário.Se tivesse outro semestre com essa disciplina acharia ótimo, envolve assuntos que me interessam muito.Na disciplina de Artes também gostaria de ter me aprofundado mais, mas vejo que a semente já está brotando, pois tenho trabalhado bem mais com as produções livres, de técnicas variadas e que propiciem as construções pessoais, utilizando a crítica, análise e percepção próprias.
O que me chama atenção, é que, no começo desse semestre 2008, aquilo que realmente aprendi me marcou de tal forma que esses conhecimentos surgem naturalmente conforme as novas disciplinas e suas novas atividades vão surgindo e solicitando-os.