quarta-feira, 26 de maio de 2010

o livro didático,novas impressões

Bom essa semana resolvi escrever sobre esse que tornou-se um grande aliado nas minhas aulas:o livro didático.
Bem, porquê esse tema...Até pouco tempo atrás eu praticamente não entendia o livro didático.Via como um desperdício de dinheiro público, já que não trazia muitas atividades que pudesse aproveitar.Na verdade, há alguns pontos a serem considerados que reverteram minha opinião.Eu é que estava acostumada ou acomodada aos "velhos" livros, com aquela imensidão de atividades clássicas que utilizamos por muitos anos.Não compreendia a lógica que está inserida nos atuais livros, que seguem propostas diversas e que precisamos escolhê-los de forma criteriosa e de acordo com os objetivos que queremos alcançar.Tenho algumas ressalvas ainda,quando fazemos três opções de livros e o governo manda uma alternativa totalmente diferente.E aí acontece como os de ciências por exemplo,que tem uma linguagem muito além da que meus alunos utilizam nessa etapa e assim levamos mais tempo descobrindo o significado delas, e "traduzindo" o texto.Porém os livros de português e matemática tem sido de grande apoio na cosntrução dos conhecimentos porque estão muito inter-relacionados,parecem até ser do mesmo autor,mas não são.A diretriz, a proposta que apresenta proporciona tarefas que induzem a interpretações diversas,compreesnão,coesão,produção,crítica reflexiva,trabalhos com localização,construção de valores,medidas,quantidades,enfim...No entanto, para poder utilizá-los de forma mais proveitosa,busquei pelos objetivos apresentados no "livro do professor" e também pela parte do procedimento, onde os autores indicam o que estavam pretendendo ao elaborar determinado texto ou atividade e ali posso perceber se faz sentido e se tem proveito no trabalho que vou realizar.Ou seja, entrou em ação o meu "professor pesquisador",passei a estudar os livros.
Por fim, os livros didáticos que estou utilizando têm realmente sido um apoio,um recurso a mais na aprendizagem e de forma mais criativa e interativa.O que acontece é que não está tudo ali, pronto,para os alunos lerem e resolverem sozinhos,ou simplesmente copiarem.Exige auxílio,instrução, orientação constante do professor.Dá mais trabalho que antes e talvez por isso alguns ainda tenham resistência:medo do novo ou medo do esforço...

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Professor investigador

Essa semana pensei mais sobre as minhas atitudes e diretivas do que propriamente sobre os alunos...Dei-me conta de que a cada dúvida que tenho em relação ao desenvolvimento dos alunos , se não imediatamente mas anotando para depois, faço uma pesquisa prá me embasar melhor.Em outras palavras, procuro através de pesquisas entender o processo de aprendizagem, de que forma está acontecendo e de acordo com o estágio que meus alunos deveriam encontrar-se, se está tudo correndo normalmente ou se precisam de ajuda,se preciso empregar outro método.Por exemplo, percebi a dificuldade deles em entender a passagem dos dias, fazendo confusão entre dias da semana e dias do mês, em utilizar as convenções para as medidas de tempo.Fui pesquisar no livro que tenho me apoiado bastante que é o Estudos Sociais,de Aracy Antunes e fiquei mais tranquila ao ler que é perfeitamente normal nesse estágio os alunos terem essa dificuldade e que a construção das noções de tempo e a quantificação de tempo acontecem gradualmente durante todas as séries iniciais,durante o processo de desenvolvimento no período operatório concreto.
Mas essas ansiedades eu fui acalmando com pesquisa, observação, investigação e muita reflexão.Tudo que ouvia no decorrer dos eixos de nosso curso sobre o propósito de nos tornarmos mais e mais investigativos está se concretizando agora.Segundo Hernandez,"alguém aprende quando está em condições de transferir a uma nova situação de formação (por exemplo, a prática docente) o que conheceu em uma situação de formação, seja de maneira institucionalizada, nas trocas com os colegas, em situações não formais e em experiências da vida diária". E como é importante o professor envolver-se,tratar do que está ensinando não só como conteúdo a ser transmitido mas como conhecimento a ser construído.Porque o conteúdo pode ser esquecido no momento seguinte, mas o conhecimento construído é prá vida toda.E os dois caminham juntos se soubermos trabalhar, buscar estratégias e metodologias que proporcionem essa analogia.E é nesse ponto que vejo como aprendemos com o aluno, quando buscamos entender o que e como acontece a aprendizagem, cada vez que pesquisamos, buscamos, estudamos ,cada vez estamos aprendendo pois esse questionamento sanado transforma-se em experiência enriquecedora que poderemos sempre utilizar e compartilhar.Em tempos de internet, google e tal, o professores precisam dar-se conta de que não são detentores de conhecimentos e que precisam estar sempre se atualizando, pesquisando, aprendendo. E mais, estar buscando atrativos e novidades para exercer a prática docente de forma renovada e aperfeiçoada.