domingo, 26 de setembro de 2010

Aprendizagens iniciais...

A aprendizagem que mais marcou meu início nesse curso foi sem dúvida a relação aluno-professor.Todas as questões que envolvem o aprendizado da criança.A partir do momento que passei a me colocar no lugar de meu aluno, lembrar de como é estar na escola em diversas etapas de nossa vida e de como era bom brincar, divertir-se e ainda: que mesmo brincando e na maioria das vezes, brincando é que aprendemos.O brincar que envolve divertimento,prazer,satisfação.Quando passei a olhar meus alunos sob essa ótica pude perceber como estreitamos nossos laços e como essa confiança facilita a aprendizagem.Outra coisa marcante foi estudar as fases do desenvolvimento das crianças através das pesquisas de Piaget.Nossa, diminuiu muito a ansiedade em relação ao "não aprender " de alguns alunos, passando a buscar novas metodologias e técnicas para auxiliá-los a passar seus estágios.São aprendizagens que estou utilizando o tempo todo e que vem facilitando muito meu trabalho, além de claro , me ajudar a desenvolver uma pedagogia muito mais afetiva.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Contribuições do eixo II

No Eixo II encontrei o grande referencial teórico para dar suporte a minha investigação e que comporá o primeiro capítulo de meu TCC. Trata-se de Jean Piaget com sua epistemologia genética, através de seus estudos sobre os estágios de desenvolvimento intelectual das crianças. Comecei meu estudo nesse aspecto, do desenvolvimento mental/intelectual, pois quero relacionar com a idade dos alunos, objetos da pesquisa que estão no período operatório concreto. Mas ainda estou estudando e creio que me será de grande valia os textos que estudamos sobre o desenvolvimento moral, em que descreve o que Piaget estudou e onde diferenciou a conduta moral do juízo moral, investigando a avaliação das crianças do certo e errado. Aqui é muito importante a questão dos estágios em relação a construção das regras, já que envolve etapas onde a criança revela comportamentos de anomia,heteronomia e finalmente de autonomia.Essa autonomia é considerada por Piaget a última etapa da fase de construção de regras, mas que precisa ser incentivada e que é construída justamente a partir da idade em que as crianças estão entrando no período operatório concreto.A autonomia é a base do meu referencial teórico ,assim entendo que esse eixo traz grandes contribuições ao meu TCC já que também na interdisciplina Escolarização, Espaço e Tempo na Perspectiva Histórica tratamos das funções da educação no transcorrer dos tempos e de como ela estava direcionada a construir “mentes obedientes” , numa verdadeira submissão e heteronomia induzida por padrões de ditaduras que governaram as sociedades de uma forma ou outra.Postura que a educação da nova escola questionou e que atualmente não é mais aceitável nem possível, e que Mariano Norodowski nos traz como elementos que constituem e diferenciam as infâncias relacionados aos interesses e necessidades que a educação atendeu na história da humanidade e das sociedades.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Revendo eixo I

Meu tem de TCC: >Uma Pedagogia em Movimento: Contribuições da Capoeira na Construção da Autonomia no Período Operatório Concreto
Escolhi nos textos do Eixo I , um que trata da educação e seus direcionamentos através dos tempos e das sociedades,onde encontrei algumas colocações interessantes para o meu TCC.Por exemplo, quando Durkhein diz "A educação tem variado infinitamente, como tempo e o meio.Nas cidades gregas e latinas, e a educação conduzia o indivíduo a subordinar-se cegamente à coletividade, a tornar-se uma coisa da sociedade.Hoje, esforça-se em fazer dele personalidade autônoma", em que me fez repensar os propósitos da educação.Para cada sociedade e portanto para cada necessidade a educação procura moldar seus educandos, "preparando-os" para serem incluídos e principalmente partícipes no convívio social.Hoje em dia,precisamos de pessoas que tenham senso crítico,disposição para seguir em busca de um objetivo, determinação,vontade de crescer como ser humano e de tomar decisões baseadas numa análise crítica e igualitária e portanto , a educação volta-se para o desenvolvimento de pessoas autônomas.Ainda Durkhein diz que "há pois, a cada momento, um tipo regulador de educação do qual não podemos separar sem vivas resistências, e que restringem as veleidades dos dissidentes."Então para melhor compreendermos os fins a que se destina a educação precisamos conhecer os fatos históricos da humanidade, por que momentos passamos e que situações enfrentamos, pois cada indivíduo está inerente mente a sua vontade, inserido num contexto social coletivo.Além disso, há de se entender que existem os interesses de cada grupo dentro da sociedade, familiar, de crenças morais e idéias coletivas ,religioso e que esses grupos induzem também o propósito com que encaminham as crianças para serem educadas,constituindo a formação de um ser social, tendo assim forte influência na sua educação. Entendo que a educação é então, a busca pela harmonia evolutiva, e que perpassa tempos e contextos mas sempre é necessária para melhorar a condição de vida do indivíduo, mas não pode-se deixar de colocar objetivos que o insiram no meio social de forma que possa desenvolver-se e sobreviver de forma digna.Esse é o princípio da autonomia, quepoderáserusado como reflexão no meu trabalho e como ainda Durkhein diz " desejando melhorar a sociedade, o indivíduo deseja melhorar a si mesmo.Por sua vez a ação exercida pela sociedade, especialmente através da educação não tem por objeto, ou por efeito, comprimir o indivíduo, amesquinhá-lo, desnaturá-lo,mas ao contrário engrandecê-lo e torná-lo criatura verdadeira humana" e essa constante busca e esforço em desenvolver-se precisa ser incentivada através do fortalecimento da autonomia.Em outro momento Durkhein fala " ao invés de se dissipar, todas as vezes que uma geração se extingue e é substituída por outra, a sabedoria humana vai sendo acumulada e revista dia a dia, e é essa acumulação indefinida que eleva o homem acima do animal e de si mesmo" , pensamento que vem bem a corroborar a importância da capoeira enquanto saber popular criado na coletividade, oriundo da necessidade de uma sociedade marginalizada que encontrou nessa arte tão brasileira uma forma de manter suas tradições e de sobreviver nas adversidades que enfrentava e por isso mesmo, contribuir para o desenvolvimento do pensamento autônomo.