segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Capoeira lúdica sim!

Pude observar que a capoeira utilizada para a educação tem os elementos do jogo, quando busca trocar interações com os colegas.Capoeira se joga “com” o outro e não “contra” o outro. Lembrei dos estudos feitos com ludicidade e no aprender brincando, sentindo satisfação em descobrir o novo e sem a pressão de que está “estudando”.E se para jogar o aluno precisa do colega, começa a desenvolver-se uma estreita relação de cooperação, um dos fatores da construção da autonomia. As lições da capoeira mostraram-se plenamente extensíveis a vida cotidiana, porque precisamos dos outros para vivermos, não podemos viver sozinhos no mundo. Dentro do jogo da capoeira encontramos muitos aprendizados morais utilizados de forma simbólica, demonstrando sua ambigüidade com o jogo: é preciso estar sempre atento, o cuidado com nossa interferência em relação ao outro, o respeito que queremos e que precisamos ter, saber porque e como estou fazendo algo. Pude empregar todoas essas reflexões quando relacionei a capoeira com a ludicidade tão importante na construção dos novos aprendizados.

O professor e a autonomia

O professor que educa para a autonomia é a própria realização do que pretende, ele sustenta sua argumentação na prática exemplar, ou seja, age de acordo com aquilo que fala, demonstra sua própria autonomia em seu dia-a-dia e busca cumprir o que fala. Numa educação para autonomia não há espaço para preconceitos ou discriminações, e a capoeira atende fielmente esse princípio pois na roda de capoeira são todos iguais , tem os mesmos direitos, e qualquer indivíduo pode jogar capoeira, sem nenhum tipo de restrição .
A autonomia presume que se respeite a todos em sua dignidade, como ser humanos que somos, em busca de uma melhor qualidade de vida. Mas acima de tudo, é importante que todos sejam tratados de forma igualitária, porém com compreensão de que temos, cada um, especificidades, histórias, saberes próprios e únicos e que, portanto necessitamos estar atentos para não retornarmos aos tempos da ditadura doutrinadora de indivíduos sem pensamento próprio.

Pôr em prática um tipo de educação que provoca criticamente a consciência do estudante necessariamente trabalha contra alguns mitos, que nos deformam. Esses mitos deformadores vêm da ideologia dominante na sociedade. Ao contestarmos esses mitos também contestamos o poder dominante.(FREIRE,1987,p.67)

Marx e a educação

Quando estudei Marx, tocou-me profundamente as suas idéias e críticas a respeito da sociedade capitalista e como nós enquanto educadores temos responsabilidade na constituição dos cidadãos e na elaboração de seus objetivos de vida.Na sociedade analisada por Marx, a perspectiva era de mulheres e crianças levadas a trabalhar, onde a condição humana foi suplantada e a miséria não só material, mas ética e moral, estabelecida. A escola reprodutora desse sistema conduziu os alunos como um produto a ser elaborado pelo empregado-professor, sem levar em consideração o universo sócio cultural desses alunos, cabendo aqui apenas uma educação que os estagnasse em sua fase de heteronomia, sem procurar desenvolver sua autonomia, provando-os assim de perceber mais tarde, quando adultos os interesses de sua classe. Marx através dessa sua reflexão teórico prática me levou a pensar na necessidade de uma educação com responsabilidade social, humanizadora, respeitadora dos diferentes modos de pensar e de se expressar, ou seja, uma educação para a autonomia.
A doutrina materialista relativa à mudança de circunstâncias e à educação esquece que elas são alteradas pelo homem e que o educador deve ser ele próprio educado. Portanto, esta doutrina deve dividir a sociedade em duas partes, uma das quais (os educadores) é superior à sociedade. A coincidência da mudança de circunstâncias e da atividade humana ou da auto-mudança pode ser concebida e racionalmente entendida apenas como prática revolucionária. (MEZSAROS, 2005) 
Fiz para meu trabalho uma pesquisa profunda sobre os propósitos da educação no passar dos tempos e para quem estão voltados , a que interesses estaria atendendo.A partir daí fiz um questionamento interno e um paralelo das transformações evolutivas que a capoeira também passou para resistir e não ser “dominada”.Há o questionamento de que a capoeira foi “embranquecida” para atender interesses da época, mas na verdade ela mantendo sua autonomia, preservou sua essência e transpôs obstáculos mantendo seus princípios , fundamentos e tradições , ou seja manteve os saberes populares que a originaram.

Freire e o meu TCC

Através das leituras sobre as idéias de Paulo Freire, pude me interessar pelas questões relacionadas ao desenvolvimento da autonomia como princípio básico para a liberdade. E no estágio observei que a capoeira pode ser um importante fator na constituição da autonomia, exatamente por sua ligação essencial com a educação afetiva na qual acredito fielmente, já que a capoeira é trabalhada numa permanente relação de respeito do professor por seus educandos e seus saberes. Essa a idéia principal de Freire, o respeito ao que o indivíduo traz como bagagem cultural adquirida no seu cotidiano, anterior a sua entrada na escola.Entendo que havendo a possibilidade de utilizarmos atividades, técnicas, metodologias que sejam propulsoras dessa autonomia, não podemos deixar de fazê-lo porque se trata realmente de comprometimento com nossa tarefa, nossa proposta de vida que é a docência como agente de transformação, capaz de desenvolver a cooperação e a solidariedade. E assim determinei como objetivo do meu tcc investigar as possíveis contribuições que a capoeira poderia oferecer para a construção dessa autonomia.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Finalizando o TCC

Utilizando Comênio no TCC
1. A consideração do aluno: Este elemento é da maior importância, até porque em muitas pedagogias tradicionais, o aluno, suas necessidades e suas capacidades não são
consideradas, o enfoque da pedagogia se concentra no professor e nos conteúdos a serem trabalhados. Ao contrário disso, Comênio chama a atenção para respeitar a capacidade de compreensão do aluno (cap. 162), não sobrecarregar as aulas, progredir do fácil para o difícil, cuidar da motivação dos alunos (cap. 17), animar os alunos a ensinarem uns aos outros (cap. 18) e alterar o trabalho com descanso através de conversa, brincadeira ou música (cap. 15).

Este parágrafo de um texto que estudamos em didática tem mesmo tudo a ver com meu TCC. Embora não o tenha utilizado como fundamentação teórica elel foi inspiração para a pesquisa relativa a capoeira. Considerei meus alunos e suas necessidades: de conviveverem, de melhorarem suas relações, de saírem de uma realidade tão violenta e sem oportunidades de serem crianças e que através da capoeira poderiam ser sanadas. A capoeira com toda sua riqueza pode ser utilizada dentro das considerações de Comenio. Nas atividades que a envolvem o aluno e suas capacidades são estritamente considerados, respeita-se os limites e se trabalha de forma que ele faça o que pode da melhor maneira e não que faça a melhor execução. As aulas dessa forma não são sobrecarregadas, os alunos trabalham a parte motora e também interagem com conteúdos associados, tudo de forma lúdica e prazerosa. A condição de jogo que pode ser empregada a capoeira permite que o aluno seja constantemente motivado, e naturalmente como para jogar precisam uns dos outros passam a ensinar os colegas naquilo que tenham alguma dificuldade. Esse relacionamento acaba gerando uma grande cooperação entre eles e torna-se mais uma brincadeira em forma de aula ou vice-versa.
E todo esse contexto acabou me despertando para as possibilidades de utilizar a capoeira para desenvolver a autonomia com os alunos, já que é extremamente propício para isso, quando envolve pensar no outro, respeito mútuo e situações para resolver onde se tem que pensar no quê e porquê se vai fazer algo.

2. O ensino igual para todos: Como Comênio já explica no prefácio, a importância da
educação para o ser humano exige uma educação para homens e mulheres e para todos os grupos sociais.
Qual prática física pode ser mais igualitária que a capoeira, não se restringe a sexo, religião, ou qualquer outra distinção social. Qualquer um pode aprender capoeira e participar da roda e do jogo. Um espaço completamente democrático e inclusivo.

3. O realismo do ensino: A aprendizagem deve começar, segundo Comênio, a partir dos sentidos, da percepção, da experiência do aluno, e não a partir de teorias abstratas. Neste sentido, Comênio acusa as escolas de formarem alunos que normalmente só conseguem repetir nomes e conceitos sem compreenderam do que estão falando. Contra isso, ele propõe que os alunos façam experiências por conta própria e aprendam a partir das próprias observações e não somente repetindo o que outras pessoas disseram (cap. 18).
Aqui pude aplicar toda metodologia da minha pesquisa, poderia até apresentar meu trabalho iniciando com essas palavras de Comênio. Na capoeira e nas atividades que fizemos foi necessário o tempo todo utilizarem ao máximo suas percepções, seus sentidos. As experiências e vivências de cada um puderam ser aproveitadas e algumas até trabalhadas, como as questões de violência, insegurança, tolhimento da infância. Dentro da roda não tem como fazer o que alguém lhe diz, é preciso pensar por si e tomar uma decisão, considerando tudo ao seu redor.Comênio já era um defensor do incentivo à autonomia muito antes de Piaget e Paulo Freire.

4. Finalmente queremos destacar a importância que Comênio atribui ao bom relacionamento entre professor e aluno como fundamento para a aprendizagem do aluno (cap.19).
Obviamente por saberem que dou aulas de capoeira há tanto tempo, por conseguir utilizar os instrumentos da capoeira e pelo respeito que demonstrei com a forma e o tempo de executarem os movimentos de cada um, nosso relacionamento se tornou muito mais restrito, desenvolvi a confiança com os alunos de uma forma surpreendente e tudo isso foi muito importante nas observações que fiz para minha pesquisa pois mostraram-se autênticos e seguros para manifestarem o que estava sentido e ou pensando.



Obs> Demorei muito porque além de ter o TCC para concluir ainda estava com a mãe no Hospital Dom João Becker, em Gravataí sendo que moro em POrto Alegre.Fiquei a maior parte da internação dela acompanhando-a.
Obrigada

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Pedagogia da autonomia

Nos eixos quatro\cinco, o que mais está me auxiliando na construção do TCC sem dúvida é a leitura que fiz sobre Paulo Freire. Todos seus questionamentos e reflexões a cerca da importância de auxiliarmos nossos alunos na transição da heteronomia para a autonomia são a grande influência no meu trabalho.Embora Freire tenha direcionado seus estudos mais as classes adultas fica muito explícito que o desenvolvimento da autonomia é que se que em sua totalidade , responsabilidade do professor.Os pais em casa, educam os filhos para obedecê-los inquestionavelmente e eles o fazem por medo,respeito, afeto.Dificilmente pais vão instigar os filhos a questionar o porque das regras, a buscar decidir se devem ou não segui-la e se o fizerem será para benefício de quem.A escola e os educadores tem meios e incentivo para isso.A não ser que queiramos ser aqueles professores do tempo da ditadura que consideravam o seu detrimento do saber como fonte de status, que não queriam alunos perguntando,criticando ou conflitando seu saber, precisamos estar atentos para as palavras de freire! Logicamente como meu trabalho é sobre as contribuições da capoeira para o desenvolvimento da autonomia, é a capoeira um imenso mar de saber popular, uma das formas de conhecimento mais citadas e valorizadas por Freire não poderia deixar de citá-lo em minhas teorias. Ele ainda fala de ética e transparência, amor ao trabalho, curiosidade como combustível para aprender mais, a importância do ensino pelo exemplo,a humildade que precisamos ter para respeitar o que nossos alunos nos trazem, saber escutá-los, respeitar seu modo de vida, sua linguagem, suas competências e valorizá-los.Enfim, para desenvolver a autonomia nos outros precisamos estar preparados antes desenvolvendo e vivendo a nossa própria autonomia.

domingo, 26 de setembro de 2010

Aprendizagens iniciais...

A aprendizagem que mais marcou meu início nesse curso foi sem dúvida a relação aluno-professor.Todas as questões que envolvem o aprendizado da criança.A partir do momento que passei a me colocar no lugar de meu aluno, lembrar de como é estar na escola em diversas etapas de nossa vida e de como era bom brincar, divertir-se e ainda: que mesmo brincando e na maioria das vezes, brincando é que aprendemos.O brincar que envolve divertimento,prazer,satisfação.Quando passei a olhar meus alunos sob essa ótica pude perceber como estreitamos nossos laços e como essa confiança facilita a aprendizagem.Outra coisa marcante foi estudar as fases do desenvolvimento das crianças através das pesquisas de Piaget.Nossa, diminuiu muito a ansiedade em relação ao "não aprender " de alguns alunos, passando a buscar novas metodologias e técnicas para auxiliá-los a passar seus estágios.São aprendizagens que estou utilizando o tempo todo e que vem facilitando muito meu trabalho, além de claro , me ajudar a desenvolver uma pedagogia muito mais afetiva.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Contribuições do eixo II

No Eixo II encontrei o grande referencial teórico para dar suporte a minha investigação e que comporá o primeiro capítulo de meu TCC. Trata-se de Jean Piaget com sua epistemologia genética, através de seus estudos sobre os estágios de desenvolvimento intelectual das crianças. Comecei meu estudo nesse aspecto, do desenvolvimento mental/intelectual, pois quero relacionar com a idade dos alunos, objetos da pesquisa que estão no período operatório concreto. Mas ainda estou estudando e creio que me será de grande valia os textos que estudamos sobre o desenvolvimento moral, em que descreve o que Piaget estudou e onde diferenciou a conduta moral do juízo moral, investigando a avaliação das crianças do certo e errado. Aqui é muito importante a questão dos estágios em relação a construção das regras, já que envolve etapas onde a criança revela comportamentos de anomia,heteronomia e finalmente de autonomia.Essa autonomia é considerada por Piaget a última etapa da fase de construção de regras, mas que precisa ser incentivada e que é construída justamente a partir da idade em que as crianças estão entrando no período operatório concreto.A autonomia é a base do meu referencial teórico ,assim entendo que esse eixo traz grandes contribuições ao meu TCC já que também na interdisciplina Escolarização, Espaço e Tempo na Perspectiva Histórica tratamos das funções da educação no transcorrer dos tempos e de como ela estava direcionada a construir “mentes obedientes” , numa verdadeira submissão e heteronomia induzida por padrões de ditaduras que governaram as sociedades de uma forma ou outra.Postura que a educação da nova escola questionou e que atualmente não é mais aceitável nem possível, e que Mariano Norodowski nos traz como elementos que constituem e diferenciam as infâncias relacionados aos interesses e necessidades que a educação atendeu na história da humanidade e das sociedades.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Revendo eixo I

Meu tem de TCC: >Uma Pedagogia em Movimento: Contribuições da Capoeira na Construção da Autonomia no Período Operatório Concreto
Escolhi nos textos do Eixo I , um que trata da educação e seus direcionamentos através dos tempos e das sociedades,onde encontrei algumas colocações interessantes para o meu TCC.Por exemplo, quando Durkhein diz "A educação tem variado infinitamente, como tempo e o meio.Nas cidades gregas e latinas, e a educação conduzia o indivíduo a subordinar-se cegamente à coletividade, a tornar-se uma coisa da sociedade.Hoje, esforça-se em fazer dele personalidade autônoma", em que me fez repensar os propósitos da educação.Para cada sociedade e portanto para cada necessidade a educação procura moldar seus educandos, "preparando-os" para serem incluídos e principalmente partícipes no convívio social.Hoje em dia,precisamos de pessoas que tenham senso crítico,disposição para seguir em busca de um objetivo, determinação,vontade de crescer como ser humano e de tomar decisões baseadas numa análise crítica e igualitária e portanto , a educação volta-se para o desenvolvimento de pessoas autônomas.Ainda Durkhein diz que "há pois, a cada momento, um tipo regulador de educação do qual não podemos separar sem vivas resistências, e que restringem as veleidades dos dissidentes."Então para melhor compreendermos os fins a que se destina a educação precisamos conhecer os fatos históricos da humanidade, por que momentos passamos e que situações enfrentamos, pois cada indivíduo está inerente mente a sua vontade, inserido num contexto social coletivo.Além disso, há de se entender que existem os interesses de cada grupo dentro da sociedade, familiar, de crenças morais e idéias coletivas ,religioso e que esses grupos induzem também o propósito com que encaminham as crianças para serem educadas,constituindo a formação de um ser social, tendo assim forte influência na sua educação. Entendo que a educação é então, a busca pela harmonia evolutiva, e que perpassa tempos e contextos mas sempre é necessária para melhorar a condição de vida do indivíduo, mas não pode-se deixar de colocar objetivos que o insiram no meio social de forma que possa desenvolver-se e sobreviver de forma digna.Esse é o princípio da autonomia, quepoderáserusado como reflexão no meu trabalho e como ainda Durkhein diz " desejando melhorar a sociedade, o indivíduo deseja melhorar a si mesmo.Por sua vez a ação exercida pela sociedade, especialmente através da educação não tem por objeto, ou por efeito, comprimir o indivíduo, amesquinhá-lo, desnaturá-lo,mas ao contrário engrandecê-lo e torná-lo criatura verdadeira humana" e essa constante busca e esforço em desenvolver-se precisa ser incentivada através do fortalecimento da autonomia.Em outro momento Durkhein fala " ao invés de se dissipar, todas as vezes que uma geração se extingue e é substituída por outra, a sabedoria humana vai sendo acumulada e revista dia a dia, e é essa acumulação indefinida que eleva o homem acima do animal e de si mesmo" , pensamento que vem bem a corroborar a importância da capoeira enquanto saber popular criado na coletividade, oriundo da necessidade de uma sociedade marginalizada que encontrou nessa arte tão brasileira uma forma de manter suas tradições e de sobreviver nas adversidades que enfrentava e por isso mesmo, contribuir para o desenvolvimento do pensamento autônomo.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Refletindo sobre TCC

Bem, a atividade é colocar aqui nesse espaço,nossa iniciação ao TCC.Estou muito aflita em relação a esse trabalho,penso que é o mais difícil de tudo que já fiz no curso.No entanto tenho que fazer, por isso , mãos a obra!!Todas as questões colocadas nas aulas presenciais eu fiquei muito atenta eme encontrei em algumas delas.Minha proposta de investigação na verdade é algo em que já acredito o que a torna uma confirmação e não uma pesquisa...Meu desafio inicial penso,que nesse prisma seja tornar o tema do meu TCC uma "pergunta",já que praticamente vislumbro a resposta da questão por experiências feitas.Estou sem computador em casa e hoje retornou o meu da escola que estava em conserto.Fico um pouco menos ansiosa pois acredito que agora terei mais possibilidade de acompanhar o percurso,já que todas minhas interdisciplinas estão salvas em CD, eixo por eixo e sem computador impossível repassá-las.Pretendo falar da capoeira como uma pedagogia na construção da autonomia das crianças, e já tenho alguns autores como principais:Paulo Freire,Piaget,Aracy Rego mas também do primeiro eixo acredito poder utilizar alguma coisa de Marx.Por enquanto é isso, pois na verdade hoje oficialmente estou iniciando meu TCC,seguindo as orientações do professor Eliseo,como tema de casa estou lendo sobre autonomia...porque da capoeira posso falar sem medo...

terça-feira, 15 de junho de 2010

Encerrando estágio...

Semana bastante complexa no campo das reflexões...terminando o estágio,mas já pensando numa nova etapa do trabalho,afinal continuo a docência em minha turma.O que mais me sensibilizou essa semana foi perceber as modificações em relação aos valores,sentimentos e relacionamentos na turma.Os alunos estão mais solidários,cooperativos entre si e amigos.A sensação de terminar uma etapa é muito prazerosa,dá um certo orgulho,um sabor de vitória!A visita do professor Eliseo causou uma certa ansiedade,não posso negar,embora os anos de magistério (16)...Mas a experiência ajudou bastante e acredito que a naturalidade que vem com ela também!
Tivemos conselho de classe e só tive coisas boas para relatar de minha turma,o que poderia ser uma surpresa ( e foi) para os outros,mas para mim foi muito natural,pois desenvolvemos uma relação de confiança e apoio mútuos,eu e a turma.
Revendo minha proposta inicial do projeto concluo que consegui alcançar todos objetivos a que esse destinava-se,principalmente na questão do respeito as diferenças.E mais que respeito,agora temos uma valorização das diferenças,pois estamos construindo a noção de que é nessa diversidade que crescemos como pessoas.Embora muito pequenos para identificar essa noção,já são suficientemente conscientes dos benefícios que advém de conviver em harmonia,igualdade e solidariedade.
Segundo Aracy Antunes e outras autoras:"Aprendizagem e socialização caminham juntas:uma é condição necessária à outra,pois a vida intelectual e a vida afetiva são partes inseparáveis do mesmo processo de desenvolvimento do indivíduo."
O blog está sendo um sucesso na escola,todos querem visitar e alguns professores pensam em fazer também para suas respectivas turmas.A nossa turma adorou!!!Ficaram surpresos e estavam ansiosos para ver como ia ficar quando estivesse "pronto".Acredito que consegui sensibilizá-los para o uso das tecnologias!Um desafio que pensei não ia conseguir vencer,devido a todas as dificuldades apresentadas durante o desenrolar do projeto.
mas desafio maior essa semana,foi apresentar o teatro de fantoches com a história do Gato Bulunga,pois fiz todos os personagens sozinha e para ajudar a "casinha" do teatro caia todo momento.Mas consegui,porque os alunos foram uns queridos,e estavam bastante interessados na história,que tinha tido a ver com nosso tema central.
Enfim,estou bastante satisfeita com meu desempenho e com as conqusitas de meus alunos!!


Visite nosso blog:
http://quartoanodaescolaananeri.blogspot.com/


Referências:
Aracy do Rego Antunes,Heloisa Fesch Menandro,Tomoko Iyda Paganelli- polígrafo cedido

quarta-feira, 26 de maio de 2010

o livro didático,novas impressões

Bom essa semana resolvi escrever sobre esse que tornou-se um grande aliado nas minhas aulas:o livro didático.
Bem, porquê esse tema...Até pouco tempo atrás eu praticamente não entendia o livro didático.Via como um desperdício de dinheiro público, já que não trazia muitas atividades que pudesse aproveitar.Na verdade, há alguns pontos a serem considerados que reverteram minha opinião.Eu é que estava acostumada ou acomodada aos "velhos" livros, com aquela imensidão de atividades clássicas que utilizamos por muitos anos.Não compreendia a lógica que está inserida nos atuais livros, que seguem propostas diversas e que precisamos escolhê-los de forma criteriosa e de acordo com os objetivos que queremos alcançar.Tenho algumas ressalvas ainda,quando fazemos três opções de livros e o governo manda uma alternativa totalmente diferente.E aí acontece como os de ciências por exemplo,que tem uma linguagem muito além da que meus alunos utilizam nessa etapa e assim levamos mais tempo descobrindo o significado delas, e "traduzindo" o texto.Porém os livros de português e matemática tem sido de grande apoio na cosntrução dos conhecimentos porque estão muito inter-relacionados,parecem até ser do mesmo autor,mas não são.A diretriz, a proposta que apresenta proporciona tarefas que induzem a interpretações diversas,compreesnão,coesão,produção,crítica reflexiva,trabalhos com localização,construção de valores,medidas,quantidades,enfim...No entanto, para poder utilizá-los de forma mais proveitosa,busquei pelos objetivos apresentados no "livro do professor" e também pela parte do procedimento, onde os autores indicam o que estavam pretendendo ao elaborar determinado texto ou atividade e ali posso perceber se faz sentido e se tem proveito no trabalho que vou realizar.Ou seja, entrou em ação o meu "professor pesquisador",passei a estudar os livros.
Por fim, os livros didáticos que estou utilizando têm realmente sido um apoio,um recurso a mais na aprendizagem e de forma mais criativa e interativa.O que acontece é que não está tudo ali, pronto,para os alunos lerem e resolverem sozinhos,ou simplesmente copiarem.Exige auxílio,instrução, orientação constante do professor.Dá mais trabalho que antes e talvez por isso alguns ainda tenham resistência:medo do novo ou medo do esforço...

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Professor investigador

Essa semana pensei mais sobre as minhas atitudes e diretivas do que propriamente sobre os alunos...Dei-me conta de que a cada dúvida que tenho em relação ao desenvolvimento dos alunos , se não imediatamente mas anotando para depois, faço uma pesquisa prá me embasar melhor.Em outras palavras, procuro através de pesquisas entender o processo de aprendizagem, de que forma está acontecendo e de acordo com o estágio que meus alunos deveriam encontrar-se, se está tudo correndo normalmente ou se precisam de ajuda,se preciso empregar outro método.Por exemplo, percebi a dificuldade deles em entender a passagem dos dias, fazendo confusão entre dias da semana e dias do mês, em utilizar as convenções para as medidas de tempo.Fui pesquisar no livro que tenho me apoiado bastante que é o Estudos Sociais,de Aracy Antunes e fiquei mais tranquila ao ler que é perfeitamente normal nesse estágio os alunos terem essa dificuldade e que a construção das noções de tempo e a quantificação de tempo acontecem gradualmente durante todas as séries iniciais,durante o processo de desenvolvimento no período operatório concreto.
Mas essas ansiedades eu fui acalmando com pesquisa, observação, investigação e muita reflexão.Tudo que ouvia no decorrer dos eixos de nosso curso sobre o propósito de nos tornarmos mais e mais investigativos está se concretizando agora.Segundo Hernandez,"alguém aprende quando está em condições de transferir a uma nova situação de formação (por exemplo, a prática docente) o que conheceu em uma situação de formação, seja de maneira institucionalizada, nas trocas com os colegas, em situações não formais e em experiências da vida diária". E como é importante o professor envolver-se,tratar do que está ensinando não só como conteúdo a ser transmitido mas como conhecimento a ser construído.Porque o conteúdo pode ser esquecido no momento seguinte, mas o conhecimento construído é prá vida toda.E os dois caminham juntos se soubermos trabalhar, buscar estratégias e metodologias que proporcionem essa analogia.E é nesse ponto que vejo como aprendemos com o aluno, quando buscamos entender o que e como acontece a aprendizagem, cada vez que pesquisamos, buscamos, estudamos ,cada vez estamos aprendendo pois esse questionamento sanado transforma-se em experiência enriquecedora que poderemos sempre utilizar e compartilhar.Em tempos de internet, google e tal, o professores precisam dar-se conta de que não são detentores de conhecimentos e que precisam estar sempre se atualizando, pesquisando, aprendendo. E mais, estar buscando atrativos e novidades para exercer a prática docente de forma renovada e aperfeiçoada.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Aprendendo mais um pouco...

Essa semana foi bem cansativa, no sentido de manter a perseverança.Cada vez mais percebo que essa é a palavra de ordem para ser um bom professor, mas como é difícil mantê-la. Digo isso porque quando começa-se um projeto é preciso levá-lo ao máximo de possibilidades e muitas vezes a tendência é desistir ou trocar de foco quando as dificuldades surgem.E aqui não venho falar só das dificuldades de aprendizagem que encontrei nos alunos, mas das que se apresentam para executar o planejamento, as adversidades e imprevistos diários e cotidianos de uma escola pública.Mas a barreira maior está sendo mesmo desenvolver a capacidade de pensar.Como assim, todos pensam não é?Lógico, mas pensam por si, tem idéias próprias, tem senso crítico, distinguem o que querem e sonham do que têm de fazer? A escola reproduz o sistema quando proporciona aos alunos cópias, respostas prontas nos textos, um saber pronto, elaborado, fácil de encontrar e de reproduzir.
É como diz Rubem Alves “Ler só para saber o que o autor do livro está dizendo produz erudição: o texto no livro é transferido para dentro da cabeça.isso aumenta os arquivos da memória, mas não desenvolve a inteligência.Há muitos idiotas que têm memória perfeita.Muitos eruditos são capazes de discorrer sobre tudo, mas são incapazes de pensar pensamentos próprios.”
Assim posso reforçar, o que mais me desgastou essa semana e que por vezes me levou a exercitar minha paciência,foi essa imensa barreira que os alunos têm, alunos inteligentes,capazes e criativos mas que não apresentam suas idéias, não expõem suas opiniões e tem um entrave para interpretar.Mas nada que não possa ser revertido, já que se trata de capacidades e essas podemos desenvolver com planejamento e objetivos adequados.
Fui em busca de fundamentos teóricos, pesquisas para relembrar as etapas por que passa a criança no que diz respeito a noções de espaço e tempo.ocorreu que os meus alunos não tem noções de lateralidade, nem de tempo (horas,dias,meses), e me surpreendi com isso.Então fui pesquisar para entender melhor a questão e tentar auxiliá-los nesse sentido, até porque um dos pontos do projeto envolve localizar-se no tempo e no espaço, perceber-se para depois perceber os com quem convivem e as diferenças que existem entre todos nós.Segundo Aracy Rego “saber ler o mundo social e desvendar a sua lógica; conhecer as regras e as leis que regem a organização e estruturação do espaço, desde o espaço cotidiano da criança até o espaço-nação – isso tudo significa educar-se e educar a criança para saber pensar o espaço, para saber nele se organizar, para saber nele combater”.Nesse sentido a dinâmica realizada foi muito útil e estou pesquisando outras que envolvam localização e utilização de relações espaciais para também desenvolver a lateralidade, embora acredite que poderia ter sido trabalhado em etapas anteriores dos alunos.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Motivação!

Trabalhamos muito a questão da individualidade de características essa semana.Quando falamos de diferenças foi nítida a concepção de que elas são representadas fisicamente, valorizando o exterior.No entanto quando surgiu a questão da “cor da pele” foi muito difícil citarem os indígenas, e por vezes falaram “os brasileiros”, como se os indígenas fossem estrangeiros ou até seres imaginários, algo assim.Surgiu o questionamento porquê as peles são diferentes e foi uma ótima oportunidade para falarmos de melanina e do surgimento da humanidade possivelmente ter começado na África, que tornou possível a ligação entre os diferentes lugares do planeta terra e as necessidades que foram moldando as culturas e muitas de suas características.
Fiquei muita satisfeita com a curiosidade pelos costumes indígenas, todos queriam ver as gravuras e fotos que trouxe e demonstraram muito interesse pelo filme sobre o Marechal Rondon e suas atitudes intrépidas.Logo o caracterizaram como homem heróico por sua história de vida.
Sinto a confiança dos alunos de forma crescente e cada vez mais afetivos e seguros na minha presença e isso tem sido muito bom.Consegui que me contassem sobre suas vidas o suficiente para que eu compreendesse certas atitudes e formas de pensar.Conseguimos estabelecer conceitos importantes a respeito de diversidade, etnia e cultura.Quanto aos conteúdos, estão sendo alcançados os objetivos gradualmente.Alguns alunos ainda apresentam bastante dificuldade e eu ainda busco apoio.Conseguimos que um aluno fosse encaminhado para oftalmologista pois apresenta sinais de estrabismo, devido aos quais desconfiei que estaria copiando coisas trocadas e também escrevendo respostas equivocadas.
Fiquei bastante emocionada com um aluno que não tinha documento nenhum pois a casa dele recentemente incendiou-se e quando conseguimos uma cópia da certidão de nascimento que estava na secretaria ele ficou muito feliz.
A questão da sala de informática tem sido ainda uma dificuldade para usar mas insistindo consegui.Os alunos estão cada vez mais encantados com o uso do computador e já apresentam progressos significativos, pois alguns também utilizam em turno inverso no projeto “Mais Educação”.
Concluindo, foi uma semana muito produtiva e cada vez mais me entusiasmo.Me vejo mais dedicada a docência, preocupada com a questão da interdisciplinaridade como facilitadora da aprendizagem e também na busca de novidades que tornem o processo mais atraente e
Motivador.As idéias afloram naturalmente e é muito bom lembrar também das atividades que realizamos em semestres anteriores e que agora estão sendo de grande valia.

Ainda a segunda semana...

Sinto a confiança dos alunos de forma crescente e cada vez mais afetivos e seguros na minha presença e isso tem sido muito bom.Consegui que me contassem sobre suas vidas o suficiente para que eu compreendesse certas atitudes e formas de pensar.Conseguimos estabelecer conceitos importantes a respeito de diversidade, etnia e cultura.Quanto aos conteúdos, estão sendo alcançados os objetivos gradualmente.Alguns alunos ainda apresentam bastante dificuldade e eu ainda busco apoio.Conseguimos que um aluno fosse encaminhado para oftalmologista pois apresenta sinais de estrabismo, devido aos quais desconfiei que estaria copiando coisas trocadas e também escrevendo respostas equivocadas.
Fiquei bastante emocionada com um aluno que não tinha documento nenhum pois a casa dele recentemente incendiou-se e quando conseguimos uma cópia da certidão de nascimento que estava na secretaria ele ficou muito feliz.
A questão da sala de informática tem sido ainda uma dificuldade para usar mas insistindo consegui.Os alunos estão cada vez mais encantados com o uso do computador e já apresentam progressos significativos, pois alguns tem utilizado em turno inverso no projeto “Mais Educação”.
Concluindo, foi uma semana muito produtiva e cada vez mais me entusiasmo.Me vejo mais dedicada a docência, preocupada com a questão da interdisciplinaridade como facilitadora da aprendizagem e também na busca de novidades que tornem o processo mais atraente e
Motivador.As idéias afloram naturalmente e é muito bom lembrar também das atividades que realizamos em semestres anteriores e que agora estão sendo de grande valia.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Pensando na segunda semana...

A programação feita para a primeira semana foi cumprida quase que na íntegra.na segunda feira quando fomos à sala de informática, todos literalmente adoraram.Muitos já sabiam usar o computador e demonstraram satisfação em ensinar aos colegas.Foi bem gratificante.
Na quarta feira não conseguimos assistir o vídeo sobre os movimentos da Terra porque houveram mudanças nas salas da escola e o vídeo cassete foi retirado da sala de vídeo,estava guardado.Fui buscá-lo e instalarei para semana que vem.
Nas atividades de pesquisa,coleta de dados, com uso de fontes descobri muitas coisas sobre os alunos.Algumas até com as quais fiquei muito triste em ver as situações em que vivem as crianças, familiares, emocionais e sociais.Mas por outro lado fiquei feliz em perceber que estou conquistando a confiança deles e dos pais, que participam com os alunos nas atividades de pesquisa.Alguns poucos ainda não, mas pretendo vencer essa resistência.O trabalho do mural foi muito interessante,mostravam aos colegas as fotos e trocavam informações sobre os documentos.Aproveitamos datas e utilizamos em matemática de diversas formas,foi muito produtivo.Coloquei fontes e documentos meus também e os alunos admiraram-se com isso.
“Na minha pouca experiência com crianças, adultos, educadores, esotéricos e outros "malucos", fui percebendo que as pessoas adoram biografias. Todo mundo gosta de saber o que o outro já construiu na própria vida, o que ele fez, como conseguiu ser bem-sucedido, como obteve seus títulos, como viveu sua infância... Todos têm muita curiosidade em descobrir o que leva uma pessoa escolher o caminho que hoje trilha. Aprendi com isso que uma das maneiras mais interessantes de falar às pessoas de forma agradável é contar-lhes um pouco de minha história, a fim de que possam pensar na própria vida e do jeito que ela está sendo construída. Desse jeito penso que fazer com que as pessoas percebam que somos a continuação de um fio que se constrói no invisível. Pensem nisso... Somos a continuação de um fio que nasceu há muito tempo atrás... Vindo de outros lugares... Iniciado por outras pessoas... Completado, remendado, costurado e...Continuado por nós. De forma mais simples, poderíamos dizer que temos uma ancestralidade, um passado, uma tradição que precisa ser continuada, costurada, bricolada todo dia.”Mundurucu,Daniel - PREFEITURA DE ALVORADA. Secretaria Municipal de Educação. FAZENDO ESCOLA, vol 02, ano 2002, p. 40-42.
O uso da sala de informática realmente tornou-se um novo desafio.O medo de que os computadores sejam estragados pelos alunos é grande por parte de membros da equipe diretiva então agora será elaborado um horário onde um oficineiro do projeto “Mais Educação” ficará presente e receberemos esse horário pronto e de maneira fixa.Estou aguardando para conhecer essa pessoa e fazer combinações que permitam o andamento do meu projeto da forma que planejei e com auxílio dele.

terça-feira, 13 de abril de 2010

reflexão sobre a prática

O que pude observar nesses primeiros dias é que os alunos estão mais próximos a mim, mais interessados e muito mais participativos.Claro que antes do estágio iniciar já estava fazendo um trabalho de sondagem no qual senti a necessidade de ter muita paciência e percebi que seria um crescimento lento, trabalhoso e com muita persistência.Porém em poucos dias com as atividades propostas e sempre com muita atenção, principalmente aqueles que estavam apresentando maiores dificuldades e que trazem poucos conhecimentos “pré requisitos” para esse ano, pude notar uma grande mudança.Os alunos literalmente estão “abrindo a boca”.Participam, dão suas opiniões e não tem mais tanto medo de errar, parecem muito mais seguros. Creio que será possível atender a escola, quanto aos conteúdos programáticos, e a proposta pedagógica que optei, de construir com eles, passo a passo os conhecimentos novos que surgirão.Mas principalmente vejo mudanças nas capacidades, principalmente na criatividade e na criticidade, na formação de opiniões.Alguns vão precisar de mais apoio e talvez, de exercícios diferenciados.penso inclusive que tenho dois alunos que seriam para atendimento em sala de recursos, já os encaminhei ao SOE da escola e aguardo retorno....

Iniciando o estagio

Nessa semana darei início ao projeto que inclui dois desafios: os alunos auto conhecerem-se e também trabalharem com tecnologia de computador. Seguindo a proposta didática de Comenius o respeitando o estágio de desenvolvimento da criança no processo de aprendizagem, a construção do conhecimento por meio da experiência, da observação e da ação, e de uma educação sem punição, mas com diálogo,exemplo e ambiente adequado,buscarei trabalhar de forma interdisciplinar, empregando minha afetividade e criatividade.
Escolhi o livro didático citado por entender que vem de encontro a forma como quero trabalhar,permitindo que o aluno haja sobre esse material porque lhe será significativo.Embora seja um livro para primeira série ele trata os assuntos que proponho de forma coerente, investigativa e proporcionando uma auto análise dos alunos.A partir daí que o aluno faça suas reflexões a partir dos conhecimentos que traz consigo e dos questionamentos apresentados, formulando novos conhecimentos.

“O que me interessa agora, repito, é alinhar e discutir alguns saberes fundamentais à prática educativo-crítica ou progressista e que, por isso mesmo, devem ser conteúdos obrigatórios a organização programática da formação docente. Conteúdos cuja compreensão, tão clara e tão lúcida quanto possível, deve ser elaborada na prática formadora. É preciso, sobretudo, e aí já vai um destes saberes indispensáveis que o formando, desde o princípio mesmo de sua experiência formadora, assumindo-se como sujeito também da produção do saber, se convença definitivamente de que ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua produção ou a sua construção.”

domingo, 4 de abril de 2010

Análise da turma...

Como sou titular da turma que vou estagiar,iniciei o ano letivo pensando numa proposta a longo prazo,perpassando o estágio mas indo além. Como um dos pontos do meu planejamento é trabalhar em grupos porque é estratégia para um dos objetivos,o principal para dizer a verdade,que é melhorar a convivência,estou buscando orientações de como organizar e melhorar essa forma de trabalho.Observei algo que me preocupa mais ainda.Gostaria de organizar os grupos de forma que exista uma boa circulação das informações,uma troca.Mas tenho visto que poucos conseguem expressar suas idéias,interagir mesmo.Estão acostumados ou habituados a cópias,procurar em textos as respostas prontas...Quando tento fazer uma intervenção e questiono prá verificar o que já sabem,não obtenho muitas respostas.Sinto que será um trabalho lento e gradual,o qual terei que iniciar do zero, partindo para estratégias de formação de opiniões,talvez depois em duplas,trios e assim até poder trabalhar em grupos maiores de forma construtiva e produtiva para a maioria.
Ainda estou procurando a melhor forma de agrupar os alunos...ou distribuí-los na sala.Iniciamos com 38 alunos,e agora a escola conseguiu retornar abertura da turma da manhã,dividindo a turma.Já os coloquei em duplas,trios,quartetos,fileiras...Essa última forma tem sido a mais produtiva e proporcionando a troca de informações com colegas dos dois lados.Mas ainda me preocupo com aqueles que não se adaptaram em nenhuma das formações e também em modificar mais uma vez para não ficar na mesmice.
"Em 1930,o psicólogo bielo-russo Lev Vigotsky (1896-1934) já chamava a atenção para a importância da interação entre a criança e o professor e entre a criança e os colegas em situações de aprendizagem.Em a formação social da mente, ele afirma que o bom aprendizado é aquele que foca o potencial que o aluno pode desenvolver com a ajuda dos outros.Trabalhar em grupo,então,não é apenas importante, mas fundamental para ele".¹
estou buscando informações e sugestões para melhorar a participação da turma, são crianças amáveis e cooperativas mas muito apáticas.Como se estivessem anestesiadas.A primeira impressão é que tem medo de manifestar suas idéias.Além disso chegaram com poucos pré requisitos para o quarto ano,alguns em fase silábica,com muita dificuldade para construir uma simples frase...não conhecem sistema decimal,não conseguem fazer adições com transporte e subtrações então...Esse diagnóstico fiz após o período de sondagem,que terminou agora dia 31 de março e a partir daí vou elaborar minhas estratégias.Tenho dois alunos que gostaria de encaminhar ao SOE porque acredito que tenham algum tipo de necessidade especial e precisam de um acompanhamento mais específico.
No momento essas são minhas reflexões, resultado de um diagnóstico inicial e ponto de partida para o trabalho do ano letivo.


referências:
http://revistaescola.abril.com.br/planejamento-e-avaliacao/interacoes/como-agrupo-meus-alunos-427365.shtml

quinta-feira, 25 de março de 2010

Estágio...



Na beira da praia...

Começando a etapa final...Antagônico e real ao mesmo tempo.Mas com certeza nem começando, nem final.Penso que nosso estágio desenvolveu-se ao longo do curso mesmo sem percebermos, sem sentirmos.Em cada experimentação suscitada pelas interdisciplinas que se entremearam tão plenamente, fomos materializando as teorias que estudamos.Em cada atividae que criamos, cada ideia nova que surgia, a cada sensação de confiança no que fazemos foi se construindo a aprendizagem e se concretizando o nosso novo conhecimento.Se não estamos aptos a exercer a docência, como conseguimos então vencer etapas tão exigentes, em que a cada momento precisamos oferecer e porque não, encontrar o melhor de nós...
Vencemos o desafio do trabalho a distância, aliás para muitas de nós um imenso desafio.Acredito que agora é só deixar vir a tona toda essa "navegação" que fizemos, umas remando, outras em motor possante, algumas à nado...Mas chegamos e com certeza:

NÃO VAMOS MORRER NA BEIRA DA PRAIA!