sábado, 30 de maio de 2009

Projetos de aprendizagem

Todo ser humano que busca algum objetivo na vida, seja em qual área for se organiza em forma de projetos. Muitas vezes fazemos os projetos mentalmente,prevendo o resultado que poderemos alcançar através da programação de etapas que pretendemos seguir.No caso dos projetos de aprendizagem seguimos os mesmos princípios,quando temos algo em vista para,um objetivo de aprendizagem que queremos desenvolver com nossos alunos.A partir daí,pensamos em etapas,métodos e resultados organizando a construção progressiva dos conhecimentos.Acredito que no cotidiano elaboramos diversos pequenos projetos,no sentido de tempo,mesmo que não os coloquemos no papel.
Entendo o projeto como algo mais amplo, que vise uma construção maior, envolvendo mais tempo, pesquisas, dedicação e interesse.
Esses seriam os projetos de ensino, onde nós escolhemos os assuntos e os solicitamos aos alunos. Quando estava cursando o ensino fundamental,chamávamos esse tipo de projeto de trabalho de pesquisa.Lembro quantas vezes fomos para a biblioteca,individualmente ou em grupo realizar as pesquisas que os professores pediam.Depois fazíamos o resumo do que tínhamos entendido e escolhíamos aquele que tinha a letra mais bonita para passar a limpo e entregar com uma capa belíssima para a professora.Na maioria das vezes ainda tinha o grande dia da apresentação oral para os colegas,onde cada grupo procurava esmerar-se mais que o outro.Realmente é uma recordação muito prazerosa.Hoje em dia não se percebe esse interesse,pelo menos na maioria deles.Muitos estão na escola por causa da bolsa escola,obrigados pelos pais a freqüentarem a aula para não perderem o benefício.Falo aqui da realidade que vivo em minha escola.Qualquer trabalho de pesquisa fica dificultado porque no turno inverso eles estão no SASE ou no Mais Educação,projetos do Governo que proporciona mais uma bolsa.
Ou então não podem sair por causa da violência, por exemplo, na vila que atendemos que está em guerrilha interna, disputa pelo tráfico.
Claro, poderia se pensar que sou pessimista. Mas eu me vejo realista.Numa visão Piagetiana,os projetos de aprendizagem teriam mais sentido para os alunos,talvez assim poderiam demonstrar mais interesse.Só o fator de estimular a escolher um tema já indica que tenhamos confiança em seus conhecimentos prévios.Para os alunos poderia sugerir que o professor valoriza e aceita aquilo que para eles tem importância ou que significa saberes.Algo que estimule a vontade de aprender sobre,a curiosidade em buscar informações e além disso os desafios que surgirão para a conclusão do projeto servirão de incentivo para aumentar os conhecimentos.Na construção das etapas os alunos poderão contrastar e até contrapor o que sabiam sobre o assunto escolhido com o que descobrirão,e assim construir novas aprendizagens.
Fiz um projeto de aprendizagem no ano passado que tratava sobre a consciência negra, a cultura afro brasileira. O assunto foi sugerido pela turma que concluiu saber pouco sobre o tema.Cada grupo selecionou um aspecto para pesquisar e as apresentações foram maravilhosas.Trouxeram artes,história,geografia,música,teatro,linguagem.Mas o mais interessante foi que o resultado apareceu agora que eles estão na quinta série,porque a professora de história ficou impressionada com a diferença dos conhecimentos apresentados por essa turma quando ela tratava da “imigração” africana para o |Brasil.Foi bastante compensador.
Dentro de nosso curso os Pas permitem uma constante troca de informações e conhecimentos, onde são valorizados os saberes e habilidades que cada um de nós traz previamente, como fonte de enriquecimento coletivo, possibilitando um grande entrelace de aprendizagens. Demonstra assim o respeito por nossas experiências,a perspectiva de que através de nossas trocas com os colegas do próprio grupo e os de outros grupos aconteça uma grande integração,onde a busca de novas informações,na conjunta construção de soluções para as questões surgidas indicam a crença de crescimento mútuo pela própria troca dessas experiências.É importante também a questão humana,pois estamos todos envolvidos pelo trabalho,querendo aprender mais sobre um tema que realmente nos interessa,sobre o qual talvez sempre tivemos vontade de conhecer mais e não pudemos faze-lo por “n” motivos.Um vai estar em auxílio do outro,numa cooperação entrelaçada por um objetivo comum mas principalmente pelo sentimento de solidariedade onde todos querem o sucesso de todos,com respeito a divergência de idéias e diferenças nas aprendizagens.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

civilização X barbarie X educação

Lembrei de um fato ocorrido em minha escola essa semana: um grupo de alunos de séries diferentes resolveu “organizar” um “bonde”.Um bonde era inicialmente, um movimento onde várias pessoas se agrupam para dançar e cantar o funk brasileiro.Agora os bondes são utilizados para agredir-se mutuamente,pois um bonde ataca o outro,num confronto/disputa nos bailes funkes. Os alunos da minha escola resolveram reproduzir a violência dos bondes,porém de uma forma muito mais cruel:eles esperavam um aluno passar no corredor entre os pavilhões que eles chamam de “beco” reproduzindo a realidade em que vivem na vila,e aí atacam esse aluno,o grupo todo,em socos,pontapés e o que der.Dando seqüência a leitura do texto vi que Adorno já falava na possibilidade desses movimentos sob uma outra forma,e que da mesma forma como ele relata hoje vemos os arrastões,as gangues e os ataques das torcidas “organizadas”.É um assunto com certeza muito profundo pois exige análise de muitos fatores.Em alguns casos se poderia dizer que as atitudes desses jovens são reproduções do meio violento em que vivem.Mas porque ,se não lhes agrada,reproduzem essa violência?O que os leva a esse comportamento massificado para a crueldade para com outros seres humanos?No caso do nazismo,a violência tinha uma intenção,afinal africanos,poloneses,tchecos e outros europeus foram consideradas raças inferiores que precisavam ser dominadas e os judeus e ciganos raças que deveriam ser eliminadas.Assim ocorreu o massacre de seis milhões de judeus.Que fique bem claro,não concordo com essa idéia nem com as atitudes,apenas tento iniciar uma compreensão dos fatos.Dessa forma o próprio Hitler acreditava estar fazendo o que era certo.Outras formas de violência e crueldade acontecem todos os dias em culturas consideradas civilizadas.desde o tempo da escravidão dos negros africanos que se perpetua numa tortura histórica e permanente através do preconceito e do racismo,às próprias crueldades que vieram à tona com os dalits por causa da novela do momento,as mães chinesas que são obrigadas a abortar seus bebês se forem meninas e já tiverem uma na família...Não são assim também formas de barbárie?E em todos os casos as barbáries provem de pessoas consideradas civis,cidadãos e portanto civilizados,algumas vezes porque as pessoas acreditam que faz parte de sua cultura.Para sermos considerados civilizados é preciso saber viver em sociedade,conviver com os outros,respeitar as regras definidas coletivamente.Então porque essas pessoas agem com tanta frieza desrespeitando o principio ético primordial,da valorização da vida?As pessoas que seguem o nazismo,os bondes e todos outros tipos de violência em massa não enxergam semelhantes mas coisas e talvez se sintam também objetos e podem assim,ser manipulados por outros.Poderia dizer que “Freud explica” com a superposição do id,que não conhece barreiras e se extrapola em violência. Mas e a resignação coletiva,que atende ordens e orientações de um líder completamente bárbaro e cruel,de onde provem,como se instala,como o indivíduo se torna parte disso? “A sublimação pode não ser alcançada e em seu lugar surgir uma perversão social ou coletiva,uma loucura social ou coletiva.” ¹Se os que cometem esses tipos de crimes consideram os que são vítimas como os próprios bárbaros,onde está à compreensão de certo e errado que a sociedade civilizatória nos impõe?Penso que essas pessoas delegam poder a determinado líder por quererem elas serem o próprio líder,porque desprezam a liberdade e a trocam por algo que lhes interesse,nem que seja o poder de dominar.Hitler por exemplo,foi eleito em eleições livres e diretas,para depois dar o golpe nazista e ofereceu para ser eleito à salvação da classe média e da burguesia de uma possível revolução dos operários.Essa é a natureza do ser humano,agir por interesses,com egoísmo vamos utilizando as pessoas e coisas para atender aos nossos desejos.As pessoas vivem constantemente oprimidas na sociedade,pelos princípios éticos,pela qualidade ou pelo modo de vida que são obrigadas a levar,pelas regras que funcionam só para uns,a competitividade exacerbada de uma sociedade que vive pelo ter e não pelo ser,provocada e alimentada por propagandas e uso de meios de comunicação em massa.Esses meio que desvalorizam o refletir,o pensamento crítico,a busca de informações,que desinformam ou transmitem as informações de acordo com os interesses de seus proprietários e de seus interesses econômicos e/ou políticos.Só podemos participar de discussões e decisões políticas se possuirmos informações corretas sobre aquilo que vamos discutir.Todos nós temos uma consciência,a forma própria como vemos,percebemos e valorizamos o que está a nossa volta.Essa consciência desenvolve-se conjuntamente com nossas experiências de vida,é própria,individual e particular.Então a educação em seu sentido mais profundo,formar cidadãos críticos,autônomos e livres tem real importância e valor na formação dessa consciência.Do jeito que nossa sociedade se encaminha não podemos mais negar nossa participação e nem tão pouco querer continuar vivendo de uma visão conteúdista que até cabia quando na nossa cultura as famílias eram “bem estruturadas” e possibilitavam as crianças desde cedo,em sua maioria,aprender valores éticos e nos traziam com sua afetividade a sensação de sermos amados e respeitados pelo que somos.Hoje em dia cada vez mais as famílias estão desestruturadas e aquelas que ainda se mantém criam mecanismos de defesa que muitas vezes fogem à moralidade.Gostemos ou não,temos grande participação na tentativa de evitar novos Auschwtiz porque através da educação para a liberdade de escolha,mostrando por um trabalho que desenvolva a capacidade crítica ao máximo possível das alternativas,do que pode ser certo e errado,da valorização da vida podemos ajudar a formar cidadãos autônomos.Cidadãos esses que não se deixem submeter sem questionar,que tenham responsabilidade por seus atos e que não aceite qualquer tipo de violência contra si ou contra seus semelhantes,enfim que desenvolvam suas próprias regras de conduta e as sigam.A educação reflexiva pode proporcionar essa visão humanizada de nós ‘seres humanos,’o que as pessoas envolvidas nos tipos de crueldade e violência que tanto nos afligem parecem não ter.Quando conversamos com os jovens envolvidos no acontecimento do bonde,alguns culparam os colegas,outros disseram apenas estar acompanhando outro e até disseram que estavam de “arreganho” (brincadeira) como se o aluno agredido não sentisse dor ou não tivesse direito de não querer ser agredido.Acredito firmemente que nossa escola precisa urgentemente rever seus conceitos,no que baseia seu currículo e que objetivos pretende com ele.Porque vejo a cada dia mais e mais alunos sem capacidade de discernimento,querendo extrapolar e externar uma pressão que sofrem em algum aspecto de suas vidas e que a maioria dos professores não oferece outra coisa se não mais e mais repressão,como se a forma de terminar com esse problema fosse simplesmente “conter os alunos” em aula.De nada adianta ficarmos no discurso de que quem tem que dar princípios é a família,se sabemos que ela já não o faz mais em muitos casos e que a educação oferecida na escola seja possivelmente também para muitos casos,a única oportunidade de aprenderem a exercer sua autonomia,conhecerem a afetividade e serem livres para fazerem suas escolhas.

estadios de desenvolvimento segundo Piaget

Estádios do desenvolvimento segundo Piaget
Estádio sensório motor – 0 a 2 anos
Representa a conquista,através da percepção e dos movimentos, de todo o universo prático que cerca a criança.
Tem três estágios:O dos reflexos, o da organização das percepções e hábitos e o da inteligência sensoro motor propriamente dita.
• Construção de esquemas para assimilar o meio;
• Inteligência prática até o aparecimento da linguagem;
• Noções de tempo e espaço construídas pela ação;
• Contato com o meio direto e imediato;
• O sujeito não se conhece nem como fonte de suas ações;
• Começa a se conhecer como fonte de suas ações ou mesmo senhor de seus movimentos,fazendo uma reação circular onde o exercício em lugar de se repetir, incorpora novos elementos, constituindo com eles totalidades organizadas mais amplas, por diferenciações progressivas.Basta que os movimentos atinjam a um resultado interessante para que o sujeito reproduza logo esses movimentos.
• Tendências instintivas;
• Acontecem processos como construções de categorias o objeto e do espaço, da causalidade e do tempo,como ação pura e não como noções de pensamento.
Estádio pré-operatório - 2 a 7 anos
Desdobra-se em dois períodos:simbólico e intuitivo , suplementando a lógica pelo mecanismo da intuição.A característica das intuições primárias é a rigidez e a irreversibilidade.Acontecem novidades afetivas como o desenvolvimento dos sentimentos interindividuais,aparição dos sentimentos morais intuitivos e as regularizações de interesses e valores.
• Período simbólico, a função simbólica se manifesta sob formas distintas – imitação deferida,desenho,imagem mental,jogo simbólico,sonhos e devaneios;
• Pensamento egocêntrico,não é capaz de lidar com idéias diferentes das suas em relação a um determinado tema, permanece inconscientemente centralizado em si mesmo;
• Aparecimento da linguagem através da capacidade de pensar;
• Começa a representação da realidade;
• A socialização das ações,aparição do pensamento propriamente dito,tendo como base a linguagem interior e o sistema de signos;
• A criança não fala só as outras,fala-se a si própria em monólogos variados;
• Não aceita a idéia do acaso,fase dos “porquês”;
• Se deixa levar por aparências,sem relacionar fatos.
Estádio operatório concreto – 7 a 12 anos
Aqui as discussões tornam-se possíveis,porque comportam compreensão a respeito dos pontos de vista do adversário e procura de justificações ou provas para a afirmação própria.Ao coordenar as articulações e retroações chegam a uma reversibilidade suscetível de trazer retrospectivamente o curso do tempo e garantir a conservação dos pontos de partida.É a passagem da intuição a lógica.
• Conversão do egocentrismo primitivo, tornando-se capaz de novas coordenações, que serão da maior importância,tanto para a inteligência quanto para a afetividade.
• Para a inteligência trata-se do início da construção lógica;conquistas do pensamento de tempo,da causalidade,de conservação e esquemas gerais do pensamento;
• Explicações por identificação;
Estádio operatório formal – a partir de 11 a 12 anos
O sujeito terá à disposição instrumentos oriundos do plano das possibilidades, os quais permitem estabelecer relações entre teorias, produzindo nelas transformações. As construções operatório-formais oferecem “uma teoria das relações entre si. A inteligência operatório-formal, ao contrário, cria um mundo de possibilidades de cujo conjunto o real é apenas um setor limitado. O operatório-formal permite trabalhar com o pensamento hipotético-dedutivo e estabelecer relações entre diferentes teorias.
• As operações lógicas começam a ser transpostas do plano de manipulação concreta para o das idéias,expressas em linguagem qualquer mas sem o apoio da percepção,da experiência,nem mesmo da crença;
• Livre atividade da reflexão espontânea;
• Abstração;
• Idade metafísica:o eu é forte bastante para reconstruir o Universo e suficientemente grande para incorporá-lo;
• O adolescente graças a usa personalidade em formação,coloca-se em igualdade com seus mais velhos,mas sentindo-se outro,diferente deles,pela vida nova que o agita,quer transformar o mundo;
• O conhecimento ultrapassa o próprio real para inserir-se no possível e para relacionar diretamente o possível ao necessário sem a mediação indispensável do concreto.

Referências bibliográficas
• Piaget,Jean. Seis estudos de psicologia. Rio de Janeiro: Forense, 1986.
• ___________.A epistemologia genética.Rio de Janeiro:Vozes,1973.
• Elkind,David. Desenvolvimento e educação da criança.Rio de Janeiro:Zahar,1978.

valores éticos

Temos capacidade por conta de nossa consciência para refletir diante de situações e conflitos como esse do professor que aparece no filme “O clube do imperador”, escolhendo uma opção após pesarmos bem nossas motivações pessoais e até que ponto é válido transgredirmos as regras pré-estabelecidas. Digo isso porque me vi no papel do professor,quantas vezes pensei em dar aquele “décimo” para completar uma nota e aprovar algum aluno com base na minha compreensão de que determinado aluno pelo seu esforço já seria merecedor.mas e os onde está a verdadeira aprendizagem desse aluno?E os outros que conseguiram alcançar os objetivos? No que contribuo para o crescimento de um aluno se o ajudo a vencer etapas em que ele não está realmente preparado para passar?A decisão do professor avaliada friamente, como manda a moral, embora carregada de boa intenção, na verdade não foi correta. O professor tomou sua decisão impelido pelo instinto,pelo sentimento e não pela razão.Faltou com a justiça em relação aos outros alunos que tanto esforçaram-se ,desconsiderando seu mérito em detrimento daquele aluno.Falhou na verdade quando escondeu sua decisão e alterou uma avaliação e aqui entra também a questão da honestidade.Agindo dessa forma não foi imparcial e tomou a defesa de um determinado aluno e analisando talvez o reflexo dessa decisão no caráter do aluno mas não percebeu que ele não tinha a dignidade necessariamente desenvolvida para prosseguir se esforçando.

terminologia em necessidades especiais

A discussão sobre a terminologia a ser empregada para denominar os alunos com necessidades educacionais especiais é importante e perpassa os documentos legais que tratam do assunto.É importante porque facilitará o trabalho para a inclusão desses alunos,auxiliando no direcionamento comum de esforços ao se definir quem realmente precisa de atendimento especializado.
Outra atitude valiosa é o estudo de como e de quais modificações e/ou ajustes é passível o currículo escolar para melhorar a educação especial.
A bem da verdade a educação especial está presente nas políticas públicas relacionadas á educação,mas de fato ainda está longe de ser algo concreto.Conheço escolas que inclusive tem cadeirantes e não tem ainda acesso para eles.A verba que é repassada a uma dessas escolas é de trezentos reais (segundo a diretora) e mal dá para a merenda.Os professores precisam compreender que a preparação para melhorar a inclusão dos alunos com necessidades especiais parte deles (de nós) mesmos e não está mais restrita á algum profissional específico ou mais “qualificado” para a função.
O acesso sob forma de matrícula está garantido e acontece realmente,o que ainda falta é melhor preparo das escolas para proporcionar aos alunos com necessidades educacionais especiais que se sintam inseridos,participantes e possam desenvolver plenamente suas capacidades.
A verba que vem do governo federal, por exemplo,na minha escola é utilizada para projetos que visam a maior aprovação e também a permanência dos alunos em turno integral na escola.Enquanto isso as salas de aula regulares vão dia após dia sofrendo com a pressão em que convivem alunos e professores.Os alunos por serem evidentemente excluídos,quer no trato, quer no aprendizado e os professores por não terem apoio nem condições de trabalharem para incluir os alunos com necessidades.Assim cotidianamente vivem uma rotina de inadequação e insatisfação,pois não tem condições para vivenciar o contrário.
Mas como destinar uma verba maior ou específica porcentagem desta para a melhoria das condições de permanência se não existem dados que comprovem o número expressivo de alunos com necessidades educacionais especiais nas escolas,pois não é feito um levantamento das matrículas desses alunos.Aqui volto ao tema inicial,a discussão acerca de quem pode ser considerado como aluno com necessidades educacionais especiais,no que as escolas ainda não o fazem,talvez por ser algo que cause polêmica e que não esteja bem definido,já que as próprias leis e documentos sobre a educação especial ainda usem termos diferentes ou sem uma adequada definição.